A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o Sol

capítulo 5

- Morte.
Olhei para os lados e tudo era escuridão.
- Faz algum tempo desde a última vez que a vi.
- Por que estou aqui?
- Porque quero falar com você.
- Sobre?
- Você abusou de mais de seu poder assim vai perder o controle como fez com aquele garoto. Você salvou muitas vidas hoje, usando seu poder mas com isso não pôde controlar e acabou quase trazendo à morte de seu amigo.
- Eu sei, tudo só piora perco o controle facilmente agora, não consigo controlar, posso sentir que a cada segundo fico mais forte.
- Certamente enquanto fica mais forte eles ficam mais fracos.
- Eles?
- Sol e Lua, por quê pensa que Sol está tão interessado de te ter ao lado dele?
- Nunca parei para pensar nisso aqui está tão escuro.
Ouvi um barulho de estalo e logo não havia mais escuridão e no lugar dela um belo jardim com grandes árvores e um banco surgiram.
- Aqui é lindo.
Olhei para o lado e vi morte com seu corpo totalmente coberto sem que nada dele fosse visível.
- Melhor?
- Sim.
Me sentei no banco e morte ao meu lado.
- Você pode me ajudar?
- Te ajudar?
- A controlar os poderes.
- Eu não posso, só quem pode fazer isso é você.
- Então realmente tenho que enfrentar isso sozinha não posso contar nada a ninguém.
- Terá que fazer isso ache o livro do Sol, Sun o escondeu a muito tempo ele nunca leu aquele livro achava que não iria precisar porque te mataria antes.
- Agora volte, cuidado não perca o controle e se prepare.
Morte segurou minha mão, ela estava muito fria.
Abri os olhos.
Levantei a cabeça e olhei ao redor vi Dastan sentado em uma cadeira dormindo.
Me levantei estava com uma camisola longa, ao lado da cama em um criado mudo estava a coroa não a peguei.
Fui em direção a porta sem emitir nenhum ruído a abri, dei mais uma olhada em Dastan ele continuava dormindo atravessei a porta e a fechei andando pelo corredor.
Meus pés descalços tocavam no piso de madeira emitindo baixos ruídos.
Cheguei na escada e a desci, abri a porta do castelo um vento refrescante invadiu o recinto.
Saí porta a fora o chão era de pedra fui em direção a algumas pedras perto das águas do mar.
Fiquei em pé sobre uma olhando o mar.
Olhei em direção ao céu pude ver as estrelas e a lua.
Ouvi uma voz em minha mente.
- Oi querida.
- Lua.
- Quero falar com você.
- Pode falar.
- Pessoalmente.
A terra abaixo de meus pés tremeu e eu surgi na mesma floresta de sempre.
- Minha filha senti saudade.
- Sério? Não precisa ser falsa fale logo o que quer ou me mande de volta.
- Preciso de sua ajuda.
- Não.
- Não?
- Garota estúpida.
- Você me chamou aqui se já terminou me retiro.
- Me escute primeiro, eu preciso que você me ajude que você lute contra Sol, que lute do meu lado querida.
A lua veio em minha direção tocando com as pontas dos dedos em minha bochecha.
Tirei a mão dela do meu rosto a empurrando.
- Não toque em mim. Gritei
O olhar de lua era de fúria.
- Eu prometo nunca mais te procurar e nada mais te pedir se me ajudar.
- Se quiser resolva isso sozinha vocês parecem duas malditas crianças mimadas, usando outros para fazer seu trabalho sujo.
- Por mim que vocês dois se matem para mim pouco importa.
- Eu juro a você que vou tornar sua vida um inferno você vai voltar rastejando para mim pedir meu perdão e implorar para que eu te acolha.
- Faça o que quiser mais eu te digo uma coisa, não reclame quando eu te matar, se tentar fazer algo contra mim ou contra alguém declaro guerra a você lua e prometo fazer sua morte ser mais sofrida o possível.
- Você agora me teme por isso me quer do seu lado.
Ele me encarava.
- Vejo que os poderes do Sol trouxeram grandes mudanças em você garota.
Ela riu.
- Você acha que não sei que você tem falado com o Sol? Acha que não sei que você está enlouquecendo com o poder? Eu continuo a te observar vi o que fez com aquele exército.
- Cale a boca.
- Você está cada dia mais má.
- Cale se.
Minhas mãos começaram a queimar e uma luz forte foi emitida por elas.
Ergui uma delas enquanto lua me olhava assustada.
- Não vou te matar ainda, víbora traiçoeira.
Sumi da floresta e novamente estava na ilha.
Fui mais para frente da pedra a água batia na pedra e expirava gotas em meus pés.
Fui ainda mais para frente sentia a água gelada contra minha pele.
Pulei na água, deixando meu corpo totalmente submerso.
Não sabia nadar e muito menos sabia por que tinha feito aquilo simplesmente tinha feito.
Eu estava em baixo da água tentava movimentar meu corpo tentando emergir.
Senti a água se mexer meu corpo afundou mais.
Eu não estava me importando mais já estava ficando sem ar.
Senti um braço puxando meu corpo.
Estava com o rosto fora da água.
- Você está louca? Ele gritou segurando meu corpo próximo a ele.
Não respondi eu tremia a água estava fria.
- Luna me responde. Eu só olhava para ele.
- Vou te tirar daqui.
Ele me puxou até a beirada da ilha, me estendeu a mão e me ajudou a sair.
Me pegou em seus braços.
- O que deu em você? Você não sabe nadar e se jogou na água o que estava pensando? Ele gritou.
Estava segurando meu rosto em suas mãos olhando no fundo de meus olhos.
- Fala comigo. Ele gritou
- O que está errado com você Luna?
- Você não é a mesma desde a batalha a cada dia perco mais de você.
- Dastan.
- Não minta Luna, por favor não minta para mim.
Não podia contar a verdade para Dastan mas não me perdoaria se tivesse que mentir para ele.
- Estou com frio.
- Vou te levar para dentro.
Ele me pegou no colo.
- Você vai me contar o que aconteceu ou vou ter que esperar que o pior aconteça?
Ele me levou para dentro do castelo e eu fechei a porta subi as escadas ainda no colo de Dastan ele abriu a porta e me colocou no chão.
- Vai tomar um banho eu te espero aqui.
Ele parecia estar chateado.
Fui até o banheiro e fechei a porta tirei aquela roupa molhada.
Tomei um banho rápido vesti um moletom e saí com os cabelos ainda molhados.
- Agora podemos conversar.
Concordei.
- Me conta o que está acontecendo eu posso tentar te ajudar.
- Dastan não há nada.
- Seu olhar doce não existe mais algo grande e ruim está acontecendo com você.
Ele se levantou e foi em direção a porta.
- Por que está saindo?
- Estou cansado de ver você me esconder o que está acontecendo com você.
Fui até ele.
- Boa noite Luna.
- Boa noite Dastan.
Ele fechou a porta.
Fui até a cama e me deitei.
O que fazer? Se contasse a ele me temeria? Escolher um dos lados era inadmissível.
Adormeci.

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