capítulo 76: Encontro com o Sol.

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Gritei seu nome e ele me levou a seu encontro.
Me senti como em um sonho, seu rosto iluminado e aquele sorriso que me fazia lembrar de Sun.
- Luna, bom ver você.
- Sem fingimentos, precisamos conversar.
- Estou em sua disposição. Disse Sol me reverenciando.
- Quero que façamos um acordo, um acordo que beneficiará não só a mim, mas como você.
- Isso me interessa muito, mas você realmente mudou de lado?
- Eu estou mudando tudo em minha vida, não me importo mais com nada, já me tiraram o que importava então antes ficar do seu lado e não destruir os poucos que restam ao meu lado.
- Boa escolha, Luna.
- Então me ensine tudo o que você sabe e eu vou lutar por você na batalha.
Selando o acordo Sol e eu apertamos as mãos.

[...]

-A coisa que mais importa é seu brilho, você não é apenas uma estrela, você é a maior e mais poderosa, seu raios tem que se expandir como se fossem uma extensão de seu corpo, como se a uma longa distância seu corpo poderia alcançar seus inimigos, feche seus olhos e sinta os raios saindo de você e avançando até meu corpo.
Eu me concentrei, parecia que algo quente saia de meu corpo e ia de encontro a Sol, mas então algo parecia impedir e tudo aquilo que saia voltava com tanta força que me jogava para trás.
- De novo. Sol gritou furioso.
Eu já me sentia exausta tentar aquilo era o mesmo que perder minhas forças.
- Não consigo. Gritei exausta.
- Mais uma vez. Ele gritou bufando.
- Já disse, eu não consigo.
- Mais uma vez. Ele gritou ainda mais alto, furioso ele se aproximava.
Então naquele campo onde estávamos uma figura surgiu a minha frente impedindo que Sol chegasse mais perto de mim.
- Não se aproxime mais dela. Gritou Morte segurando Sol, mantendo ele longe.
- Mas é claro que você apareceria, eu não vou machucar meu valoroso prêmio.
- Não chegue mais perto. Advertiu Morte.
- Eu estou bem. Disse fazendo com que Morte olhasse pra mim.
- Não vou deixar que ele faça nada contra você.
Vindo por trás de Morte, Sol o atingiu e o jogou para longe.
Morte então se aproximou com velocidade tentando atingir Sol, ele desviou e atingiu Morte.
- Parem. Gritei tão alto que os dois olharam assustados pra mim.
Os dois pararam no mesmo momento.
- Morte, não vai acontecer nada, ele não fará mal nenhum a mim.
- Vou ficar aqui.
- Vá logo, não importune ela. Gritou Sol.
- Não é necessário, vou ficar bem.
Morte se aproximou e beijou minha testa.
- Eu vou estar aqui se precisar de mim.
- Eu sei.
A tosse forçada de Sol e o aparente descontentamento fizeram com que Morte desaparecesse.
- Podemos voltar a seu treino? Indagou Sol.
- Sim.
- Agora tente com vontade.
Me concentrei novamente e fiz o calor que saía do meu corpo com lava quente indo em direção ao Sol, meu corpo começou a tremer, minhas mãos tremiam e eu estava encharcada de suor, comecei a respirar ofegante e então a exaustão novamente me tomou, aquilo que parecia estar se estendendo do meu corpo voltou novamente dessa vez me fazendo ir de encontro ao chão.
- Levante-se e recomponha-se e tente mais uma vez.
- Eu preciso descansar, vou tomar um pouco de água.
Caminhei até uma pequena lagoa e com as mãos levei água aos lábios.
Meus pulmões queimavam, o ar parecia pesado, mas eu me levantei e novamente me coloquei em frente de Sol.
- Fraca. Gritou ele.
- Me deixe em paz. Gritei.
- Tente mais uma vez, se não conseguir vou ter que tentar outra coisa.
Ele se afastou e novamente meus olhos se fecharam, eu tentei me concentrar, mas uma imagem veio em minha mente, era o rosto de Dastan.
Levei um susto e dei uma passo para trás.
- Dessa vez você se superou, conseguiu fazer pior do que antes. Sol riu.
Minha mente me levou a olhar aquela imagem do rosto de Dastan, minha última lembrança dele, aquilo doeu tanto, aquelas lembranças me assombravam mesmo depois de ter passado dois meses desde que ele tinha partido.
Eu não conseguia me mexer estava paralisada com aquela lembrança, apanhei minha toalha no chão e caminhei para longe.
- Onde pensa que você vai?
Não disse nada caminhei até o mais longe que pude sem olhar pra trás, mas senti meu braço sendo puxado e encontrei os olhos de Sol me encarando.
- Me deixe. Gritei o mais alto que pude.
Ele me olhou com ar de divertimento ele parecia estar vendo algo queimar dentro dos meus olhos como se encarasse a minha alma.
- Seu lado sombrio parece queimar dentro de você, por que não deixa que eu desperte ele?
- Não ouse fazer nada.
- Você pode aprender a usa-lo a seu favor.
- Eu não quero.
Saí correndo até que me encontrei longe o suficiente de todos me deitei contra o chão com coberto por grama.
Respirei fundo, deixei que aqueles sentimentos todos invadissem meus olhos e saíssem em forma de lágrimas quentes que escorriam por meu rosto, eu me sentia como um copo, um copo vazio.
Fiquei em silêncio encarando as nuvens acima de mim, mas novamente a imagem do rosto de Dastan vieram em minha mente.
- O que está errado comigo? Gritei em meio a uma forte crise de soluços.
Eu arfava, chorei por um longo tempo até que o sol já estava se pondo.
Sozinha eu tive tempo para pensar no que aconteceria depois da batalha, realmente não sabia se eu lutaria por algo, não sabia se a vida ainda valia a pena, todos os dias as lembranças de Dastan me assombravam, eu estava a um pé da loucura eu o via em tudo, imaginava muitas vezes que ele estava do outro lado da cama, que ele estava do lado de fora do quarto, mas no meio do silêncio eu conseguia ouvir sua voz e aquilo me confortava e ao mesmo tempo me destruía por dentro.
Sequei as lágrimas do rosto e abri um portal de volta para "casa".
Ao chegar em frente a porta fui recebida por Gadriel que percebeu meus cotovelos ralados e o rosto inchado por culpa das lágrimas.
- Você está bem?
- Estou. Disse com a voz falha.
- Venha para dentro, Cam está preparando o jantar.
- Eu vou tomar um banho e desco para o jantar.
Cam escutando minha voz correu até mim e me abraçou.
- Que cara é essa? Indagou ele erguendo meu rosto com as pontas dos dedos.
- O de sempre. Disse eu roubando uma batata frita de cima da bancada e correndo até as escadas.
Eles sabiam o que eu estava passando e não era justo deixar que eles ficassem tão preocupados.
Fui até o banheiro e me despi entrei em baixo da água quente do chuveiro.
Saí do chuveiro e me enrolei na toalha, fui até o armário e coloquei uma roupa confortável, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e desci as escadas tentando parecer bem, mas eu não estava a cada dia eu me sentia mais perto de desistir.
Morte estava perto do balcão conversando com Cam eu me aproximei e o assunto que eles conversavam mudou.
- Como foi seu treino?
- Nada produtivo.
- Eu não acho que você deve continuar com Sol.
- É o único jeito de eu aprender.
- Podemos tentar outra forma.
- Eu vou continuar, vamos conversar mais tarde sobre isso.

O jantar foi silencioso eu mal toquei em minha comida, tentei parecer bem, mas tudo que consegui foi deixar todos ainda mais preocupados.
Fui para o quarto e me deitei tentando dormir, a exaustão era extrema, mas eu não conseguia dormir caminhei até a janela de vidro e olhei para a paisagem lá fora, o topo das árvores balançavam com o vento, a escuridão era forte, a lua minguante não iluminava nada.
Fiquei sentada por um tempo em frente a janela, mas por fim depois de uma luta dentro de mim eu me deitei na cama.
Fiquei em silêncio e levemente meu corpo se relaxou e o sono veio em seguida.

[...]

Eu acordei com o som da minha própria voz, eu gritava tão alto e fui amparada pela mão de Morte que segurava meus ombros.
- Vai ficar tudo bem, respira.
Tremi ainda mais, o que poderia me causar tanto medo?
- Eu estou aqui, vai ficar tudo bem.
Morte colocou força em meus ombros me deitando na cama, ele deitou ao meu lado e acariciou meu rosto.
- Nada vai te ferir, não vou deixar que nada te machuque.
Ele me envolveu nos meus braços até que minha respiração desacelerou, me deitei sobre o seu peito, era estranho não ouvir nenhum som de batidas de coração. Sua mãos puxou meu rosto para si, ele me encarou nos olhos.
- Eu posso te beijar? Indagou ele encarando ainda meus olhos.
Em reposta a sua pergunta levei meus lábios mais próximo aos deles, seus lábios eram frios em contato com os meus, sua língua tocou na minha e suas mãos se entrelaçaram com as minhas, mas eu não sentia nada eu não conseguia sentir nada.
Me afastei e vi o quanto aquilo o feriu.
- Não precisa me beijar por pena. Ele falou contido ele não se afastou, mas me envolveu em seus braços ainda mais como se com aquele abraço eu fosse o amar da mesma forma, mas a vida não era tão simples assim, pelo menos a minha não...

Oi, meus amores! Como vocês estão? Espero que ótimos.
Bom eu retirei o conto que tinha postado porque vou ampliar e transformar em um livro.
A Maldição da Lua está em retas finais, esse vai ser o último livro, mas estou com planejamento de um novo livro, esse que vai abordar outro ser sobrenatural.
Muito obrigado pelos votos, comentários ou por simplesmente estarem lendo ♡♡♡
Beijos e até o próximo capítulo ♡♡♡

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora