Capítulo 79

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Meu mundo parecia ter se aberto em um leque de possibilidades, a força emanava do meu corpo me fazendo me sentir viva.
- O que acha que vai fazer? Indagou Morte se aproximando.
- Prender alguém, quem sabe torturar, ou matar, na verdade descido isso mais tarde.
- Luna, pense direito, não acha que tem que descansar um pouco?
- Na verdade não, me sinto muito bem, nos vemos mais tarde.
Me aproximei dele que estava parado em frente a porta e beijei seus lábios, ele ficou surpreso e segurou meu braço.
- Não quer companhia? Indagou ele me segurando.
- Sei me cuidar sozinha, mas pra você não ficar preocupado, levo Gadriel comigo, seus dentes afiados vão ser maravilhosos para o que eu preciso. Disse puxando meu braço de sua mão, sorri e mandei um beijo indo em direção do andar de baixo.
- Está linda. Disse Cam me olhando no pé da escada.
Realmente eu tinha me arrumado, havia rasgado os dois lados de um vestido preto para que esse não me atrapalhasse na hora de atacar, meus lábios estavam volumosos com o batom vermelho e os olhos cintilavam com o lápis preto e meus cabelos estavam presos em uma trança embutida para que não me atrapalhasse.
- Uma garota tem que se arrumar mesmo para a batalha. Disse tirando a maçã que Cam segurava a mordendo e devolvendo a ele.
- Então tá. Disse ele caminhando até a sala.
- Gadriel. O chamei e logo ele se aproximou.
- O que foi, Luna? Indagou ele me analisando.
- Nós vamos sair, temos que ir atrás de algumas pessoas.
Ele pareceu não entender, mas me obedeceu, Morte desceu as escadas e me encarou encostado na parede com os braços cruzados.
- Você tem certeza disso?
- Mais certeza do que tudo, tem alguma arma aqui? Indaguei vasculhando a gaveta de facas.
- Não. Disse Morte.
- Onde está?
- Não tem nenhuma. Disse ele.
- Cam?
- Lá em cima no meu quarto, uma espada, vou buscar.
Morte encarou Cam.
- Ela está me assustando imagina se ela tenta testar se as facas cortam em mim?! Disse Cam subindo as escadas sendo fuzilado por Morte.
Peguei uma faca que parecia afiada e passei sua lâmina por meu dedo o cortando e fazendo gotas de sangue caírem.
- Essa está ótima.
Morte correu, pegando um pano de prato ele enrolou em meu dedo.
- Luna, olha o que fez.
- Foi só um corte, não doeu.
Aquilo não tinha me causado nenhuma dor.
Descendo as escadas rápido Cam viu que Morte segurava o pano sobre minha mão e me entregou a espada, ainda sendo fuzilado pelo olhar de Morte.
- Até mais tarde, logo eu volto. Disse enquanto atravessava o portal que havia criado.
Ao lado de Gadriel cheguei a um lugar que minha trazia lembranças, mas não tinha tempo pra elas, o passado não deveria importar agora.
Eu precisava de armas e ali encontraria, no castelo.
- Por quê estamos aqui?
- Eu preciso de armas. Disse como se aquilo já fosse óbvio.
Fui até o armário de armas que estava trancado.
- Droga, o que vou fazer? Indaguei já pensando em um plano.
Faria barulho? Sim, mas eu me importava? Não, nem um pouco.
Agarrei a cadeira do meio da sala e atirei contra as prateleiras de vidro.
Gadriel ficou me observando.
Peguei mais uma espada, algumas adagas e algumas lâminas.
A porta da sala abriu e então eu vi Roland empunhando uma espada e atrás dele Sebastian e Pedro.
- Luna? Indagaram eles.
- Surpresa. Gritei me virando para eles com uma tom de voz sarcástico.
- O que você está fazendo aqui?
- Desde o funeral não te vemos.
- Você está bem?
Eles falavam ao mesmo tempo, perguntavam ao mesmo tempo, fazendo com que fosse difícil saber quem falava o quê.
- É...É, eu vim roubar armas, sim e não viria até aqui se não fossem as armas e estou ótima, mais alguma pergunta?
- Armas?
- Roubar armas?
- Sim, agora já vou indo, tchau.
- Não, Luna. Gritou Roland.
- Onde você esteve? O que houve?
- Em um lugar e isso não é do interesse de vocês, então até outro dia.
- Não vamos deixar que você vá. Gritou Pedro.
- Hahaha, quem poderá me impedir, qual dos três?
- Luna, temos que te controlar, você não é assim?
- Está fora de si.
Fechei meus olhos e deixei minha força e poder emanar do meu corpo.
- Exercitus sublato calidiores lavacro aquae ferventis animae corpus flammis sanguinem qui invocat relinquis praeter me terram et illi soli servies.
Assim como na primeira vez o chão abaixo de mim tremeu, me senti tão viva e poderosa.
Os guerreiros surgiram em um número melhor, mas sua luz iluminou tudo ao redor.
- Ne in eis ad me , est non nocere.
Disse aos guerreiros que o afastassem, mas não os machucasse, muito.
Eles agiram no mesmo momento jogando com força arrebatadora os três para fora da sala.
Abri o portal e quando olhei para os guerreiros, dentro do portal eu me concentrei e fiz com que eles sumissem.
Junto a Gadriel atravessei o portal.
- E aí quem você quer caçar? Prefere os traidores ou a Dalila?
- Luna, você realmente quer fazer isso?
- Acho que você não quer me ajudar, mas não precisa, volte pra casa eu vou ficar bem.
- Não eu sirvo a você, se quer que eu mate aqueles que te traíram, eu farei.
- Obrigado por ser leal a mim.
- Hoje e sempre, enquanto eu viver.
- Te amarei até o final.
O abracei e me afastei depressa eu não podia perder meu tempo fazendo eu tinha que atacar.
- Acho que vou deixar o melhor para o final, então Dalila vai ser a última, já que quero fazer ela sofrer.
Gadriel me olhava com certo desconforto.
- Ah Gadriel, eu quero torturar Dalila até que ela implore por sua vida e depois matar ela devagar.
- É você pensou em tudo mesmo, até demais.
- Mas eu não tenho idéia de como achar, você tem?
- Não... não.
- Gadriel.
- Eles não estão atacando mais, por alguma razão eles não estão atacando.
Aquilo era frustrante, mas não sairia barato eu queria ela morta, queria todos eles mortos, não estava com pressa, a vingança é um prato que se come frio.
- Eu vou atrás deles, atrás de Dalila...

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora