A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o Sol

capítulo 22

- Só se acalme, tente me encontrar.
Havia uma neblina em volta de mim.
- Gadriel. Gritei em total desespero
- Estou aqui venha até mim siga minha voz.
Eu olhava de um lado para o outro estava me sentindo sufocada.
- Gadriel. Clamava seu nome.
- Estou bem aqui não está sozinha.
O ar era tão pesado que ao entrar no pulmão parecia comprimir meu peito.
- Luna você está bem?
- Não.
- Eu não consigo te encontrar.
Nada podia ser visto nem ao menos um pouco de luz tudo tinha sido envolto naquela neblina não podia ver o céu.
- Eu estou perdendo o controle.
- Não está.
Comecei a escutar uma risada e ela só aumentava nada além daquela risada podia ser ouvida por mim.
Me joguei no chão colocando as mãos sobre as orelhas.
- Ahhhhh. Gritei
- Por que não me matam de uma vez, eu queria tanto poder morrer, queria que alguém desse um fim a essa angústia que está me consumindo. Gritei
A gargalhada era de Sun.
- Venha para mim, venha para mim, fique ao meu lado posso te ensinar a acabar com isso, você será indestrutível ninguém será páreo pra você.
- Me deixe Sol. Gritei.
- Não importa para onde você fugir eu vou te trazer para mim.
- Não. Gritei
A neblina se dizimou mas uma ventania tomou seu lugar.
Vi ao longe Gadriel.
- Luna. Ele gritava
- Se afaste vá para a cabana.
- Não, vou ficar ao seu lado.
- Faça o que eu te disse agora. Ordenei Relutante ele foi até a cabana atravessando a floresta.
O vento formou um pequeno tornado que começou a aumentar e a destruir a floresta, derrubando ás árvores e fazendo com que a neve se espalhasse pelo ar.
Abri meus braços tentando fazer que aquilo tivesse um fim era inútil as inúmeras tentativas faziam tudo piorar.
O céu escureceu nuvens negras cobriam o céu.
Estremecida por meus pensamentos e por aquilo que estava acontecendo fechei meus olhos e ouvia o barulho de trovões e raios senti a chuva caindo sobre meu corpo causando calafrios e arrepios.
- Você é destruição ela é parte de você, parte da sua alma, parte do seu coração é a sua metade, metade luz metade trevas. Ouvia suas vozes impiedosas.
- Escolha sua mãe, escolha a luz querida.
- Me escolha e escolha aprender a lidar com seus poderes com sua escuridão.
Suas vozes se misturavam a cada palavra pronunciadas e unidas penetravam em minha mente.
- Eu quero acabar com isso, me libertem dessa vida, me libertem dessa maldição, me tirem essa angústia e esse medo.
- Seja minha.
- Nunca. Gritei
- Escolha à mim.
- Não.
- Seja...
- Eu escolho meu lado, escolho viver sem essas amarras que vocês me colocaram, quero me libertar e conseguir seguir em frente.
- Minha...
- Vão embora. Gritava e suplicava.
Suas vozes ecoando na minha cabeça.
Caí de joelhos ao chão.
- Ahhhh.
- Se querem fazer de mim um monstro será isso o que terão.
Gargalhei.
Abri meus olhos e ergui as mãos ao céu...

Dastan:

A busca havia sido inútil não achamos nada além de viajantes.
Eu estava exausto mas não conseguia dormir, caminhava pelo castelo ninguém estava acordado.
Todas as noites ficava fazendo ronda junto aos membros dos exércitos que haviam sido chamados para garantir a proteção do castelo, como não conseguia dormir pelo menos garantiria que o castelo não fosse invadido.
A desculpa inventada para a total ausência de Luna havia sido que ela estava estudando para aprender a dominar seus poderes.
Nesse meio tempo que ela se distanciou não houveram nenhum ataque, mas os clãs estão inquietos pedindo reuniões com a presença de Luna e fazendo constantes visitas no castelo.
Fazem cinco dias que ela partiu e os clãs só precionam para que ela se mostre.
Ocorreram muitas mudanças desde de a partida de Luna.
Os anciões ficam desde o amanhecer até o anoitecer revezando entre procurar vestígios de Luna e procurar nos livros como controlar seus poderes.
Ela não dá brecha nenhuma para que o feitiço feito para localizar ela seja realizado com sucesso é impossível rastrear para onde ela foi.
Todos haviam mudado, mas foi Cam que teve a maior mudança passava o tempo todo ou procurando Luna, treinando ou pensando em formas de acabar comigo, ele estava abatido.
Cada um jantava em seu próprio quarto mal conversamos nesses cinco dias.
Vosdred liderava as equipes de busca quatro equipes eram comandadas por Jeb, Roland, Cam e eu.
As buscas por Luna não paravam mais deveriam ser feitas sem que as pessoas suspeitassem que algo estivesse errado.
A tristeza tomou conta do castelo no lugar de sorrisos e conversas há silêncio e infelicidade.
Às vezes vou até o quarto dela olho suas coisas o quarto tem o cheiro de rosas como o perfume que ela usava.
O perfume ainda estava em suas roupas.
Haviam trazido as fotos de sua coroação seu sorriso e o brilho de seu olhar me faziam sentir ainda mais saudade de Luna.
- Sinto tanto por ter feito você partir é a segunda vez que fiz isso, realmente não te mereço, não posso te magoar de novo, mesmo depois que voltar não vou te ter de novo, tudo que tivemos já teve fim.
Repetia para colocar em minha mente que realmente tudo acabou olhando para sua foto.
Fechei meus olhos.
Ela merecia alguém melhor, alguém que não a fizesse sofrer e esse alguém não era eu.
Nunca tinha sido eu.

Luna

Senti braços me envolvendo suas mãos e seus braços não geravam nenhuma forma de calor.
- Feche seus olhos Luna.
Fiz o que ele disse.
- Agora abaixe suas mãos e pense nas melhores coisas que já aconteceram em sua vida.
- Eu era muito amada por meus pais, porém eles morreram.
Fechei os olhos com ainda mais força.
- As coisas boas Luna.
- Eu ganhei um irmão que sempre cuidou de mim.
- Continue.
A chuva parou.
- Eu conheci pessoas maravilhosas morte e vi que não estava tão sozinha no mundo.
- Continue
Ele me segurava com força contra seu peito.
- Eu ganhei uma família e senti o que era amar alguém, confiar e proteger.
Senti a luz aquecendo meu rosto.
- Eu sou amada. Gritei e reconhecendo que aqueles que deixei para trás me amavam.
O vento parou ás árvores caíram no chão.
- Pronto, abra seus olhos.
Ele se afastou.
Um rastro de destruição havia restado.
Ergui as mãos e coloquei as árvores ao mesmo tempo nos lugares certos fiz as raízes se prenderem no chão.
- Está melhor.
- Estou, obrigado morte.
- Se acalme e estude os feitiços estarei aqui se precisar de mim.
Ele desapareceu.
Caminhei até a cabana Gadriel estava a minha espera.
- Você está bem?
- Estou.
O abracei.