Detroit

Magnets

Hey, boa noite.

A música título de hoje é Magnets, do Disclosure e da Lorde.

Enjoy :)

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- Sim, papai. Eu vou.

Ally murmurou, ajoelhada sob o altar. Diferentemente da outra noite, suas roupas agora eram totalmente complacentes com o ambiente que estava: usava uma saia longa, junto a uma blusa clara de mangas compridas, e o cabelo num rabo de cavalo alto.

- Eu sempre estarei disposta, papai.

Ela disse baixo para a escuridão, antes de ouvir um baque forte na porta da frente. Era madrugada, e aquilo certamente a assustou. Fez o sinal da cruz e levantou-se, seguindo cautelosamente.

Espiou pelo olho mágico, mas nada estava lá, entretanto, quando abriu a porta, a cena era assustadora.

Viu a mulher que reconheceu como Normani envolta de uma poça de sangue, o qual ela não tinha ideia de onde vinha por conta da quantidade.

- Normani! Deus!

Gritou, em total desespero, antes de pegar a cabeça da mulher, que sorria debilmente.

- Que ironia...

Normani murmurou, fracamente, fazendo Ally franzir o cenho, confusa.

- O-o que está havendo, Normani? Você consegue falar?

Ally questionou e Normani engasgou brevemente.

- Aquele cretino... nojento... Eu não posso acreditar que ela consegue estar com ele...

Disse, antes de tossir. Ally respirou fundo. Certamente ela estava delirando ou algo do tipo... era realmente muito sangue.

Ally puxou a negra para dentro da igreja, retirando as roupas dela e finalmente descobrindo a origem do sangue, entretando, ainda estava confusa.

- Eu acho que preciso levar você a um hospital...

- Não! Por favor, não!

Normani quase gritou, antes de engasgar novamente.

- Por que?

- Eu preciso que você não diga isso a ninguém, por favor. Pode fazer isso?

- Nós vamos dar um jeito nisso, okay?

Ally disse e Normani segurou sua mão fortemente.

- Diga que não contará a ninguém, por favor...

- Quando se fica em silêncio por tanto tempo, você acaba sabendo como guardar segredos.

Ally disse e a negra concordou brevemente com a cabeça. Normani viu a mulher limpar todo o sangue ao redor de si, e suspirou aliviada ao ver que o sangramento parava aos poucos, a origem dele já não existia mais.

- Normani eu... não sei o que fazer...

Normani assentiu brevemente antes apontar para o próprio celular, jogado no chão.

- Ligue para Raphaella, peça para ela vir aqui.

Ally obedeceu, tendo plena noção de que algo ali estava muito errado.

Lauren observou o fim de tarde pela elegante janela adornada por madeira escura da cobertura que agora, pertencia a si. Não chegava nem perto da luxuosa triplex em Seattle, mas ainda assim era satisfatória. Vestia apenas uma calça jeans preta e uma blusa lisa branca e de mangas longas, o suficiente para lhe isolar do frio.