Detroit

Seven Nation Army

Hey, boa noite.

A música título de hoje é Seven Nation Army, do The White Stripes.

Enjoy :)

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Camila observou as longas e pálidas cortinas que ornamentavam as janelas de sua casa.

Poderia sentir os olhos azuis de Daniel lhe fitando, e sinceramente não poderia mais entender como pôde conviver tanto tempo naquele lugar. Dinah parecia tão desconfortável quanto si.

Sentia falta de Lauren, da sua companhia. Ela era alguém cuja presença lhe trazia paz, segurança. Há algum tempo atrás, ela havia sido a sua doença, mas acontecimentos recentes mostraram que ela era o completo contrário do que pensava.

Girou a aliança em seu anelar, todos na sala pareciam tensos com a visita de uma das representante do FBI. Aparentemente o caso havia chamado mais atenção do que deveria desde a descoberta do esquema de tráfico liderado por James.

A preocupação de Camila era tornar aquilo algo extremamente público e expositivo para Lauren. Poderia destruir sua reputação e tudo que seus pais haviam construído, e a morena sabia o quanto ela valorizava tudo o que tinha. Suspirou.

- Oito minutos atrasada.

Dinah sibilou.

- Ela é uma agente do FBI, Dinah. Nos fará esperar horas se quiser.

Daniel suspirou, levantando-se.

- Adoraria ficar mais, meu bem. Mas tenho assuntos pendentes, então preciso ir. Fique tranquila.

Daniel disse, antes de plantar um beijo casto na testa da esposa e sair. Alguns minutos ainda se passaram antes de batidas na porta serem ouvidas.

- Finalmente.

Dinah proferiu, vendo a amiga seguir até a porta e a abrir.

- Bom dia.

Camila desejou, vendo a bela mulher passar por si sem lhe dar nenhuma palavra. Ela possuia longos cabelos castanhos presos a um coque firme no alto da cabeça, usava roupas sociais e tinha pele extremamente palida. O rosto possuía feições sérias e de certo modo, intimidantes. O som dos seus saltos ecoavam pela sua sala.

- Você é Camila Humbert?

- Cabello.

A bela agente assentiu.

- Sou Sarah Jones, agente do FBI como já deve saber. 

Camila arqueou uma sobrancelha.

- Sim, já sei. Não costumo receber quem não conheço na minha casa.

Sarah riu.

- Já deveria ter se acostumado depois de acontecimentos recentes. Enfim, não ficaremos à paisana. Me conte tudo o que descobriu e me providencie relatórios.

- Pensei que trabalharíamos juntas.

Camila sibilou, recebendo um olhar duro da agente.

- É prepotente da sua parte achar que pode trabalhar comigo sendo uma suspeita.

- O quê? Suspeita?

- Você estava em praticamente todas as cenas de crimes ligados a esse caso. Especificamente durante a morte de Aban Al-Asmar, James Buchanan, Mathew Lee e estava com John Ziemman no mesmo dia em que ele se suicidou.

- Óbvio que estava! Eu sou a responsável pelo caso!

- Bom, agora não é mais.

- Isso é um absurdo, ela foi quase assassinada e é tida como suspeita?