Português

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Minhas preces foram atendidas, a professora passou uma produção de texto. Ela deu um tema e disse que tinha que ter no mínimo trinta linhas. Resumindo, eu fiz duas páginas.

Depois ela leu todas as redações e perguntou quem gostaria de ler. Eu, obviamente, levantei a mão. A professora me deixou ler por último, embora todos pedissem para que a minha fosse a primeira. Quando a professora chamou meu nome, uma menina gritou meu nome e bateu palmas.

O tema da redação era mistério, então eu acho que posso concluir que fui bem, porque no final todos me olharam com uma cara de quem não acreditava.

- Mas a mulher era um espírito? – As pessoas começaram a perguntar, indignadas.

- Você deveria escrever um livro, Mary! – Algumas disseram.

- Parece até filha da professora, de tanto que escreve! – E aí, surgiram inúmeras pessoas me comparando, até fisicamente, com a professora.

A professora Flávia e eu começamos a rir conforme as comparações iam surgindo, mas eu levei em consideração uma coisa: Eu escreveria um livro.

No momento em que decidi escrever um livro milhões de perguntas surgiram na minha mente. Como se chamaria? E a capa? Quem iria querer publicar o livro de uma garota de 15 anos? E para todas essas perguntas, eu já sabia as respostas.



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