Chegando em Casa

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Aaaarghh! Eu não acredito! Maldito Jonas.

- Mãe, cadê o enxaguante bucal? Ou os desinfetantes? Ou um litro de cloro? Ou pinga? Ou ácido sulfúrico?

Minha mãe riu da minha cara quando entrei na cozinha desesperada.

- O que aconteceu, meu doce? - Ela ainda ria enquanto me esmagava em um abraço.

- O Jonas... Eca. Ele veio me pedir desculpas, e a gente conversou a aula de inglês inteira, e quando o sinal bateu ele esperou todo mundo sair da sala... E me beijou. Ai... Que nojo. Onde está o álcool?

- Ora, menina boba! - Ela ria. - apenas escove os dentes, e sei lá... Use o enxaguante. Está na prateleira de cima, no armário do seu banheiro.

Eu corri pela escadaria. Não estava me aguentando de nojo. Escovei os dentes duas vezes, fiz gargarejo com o enxaguante e escovei mais algumas vezes, mas mesmo assim, ainda estava tomada por nojo.

"Eu não acredito que você fez aquilo. Eu te odeio até a minha morte, babaca." - Mensagem para Jonas.

Segundos depois, a resposta:

"No fundo, eu sei que você gosta de mim, Mary. Não como amigo. Você gosta de mim. Se lembre de me agradecer mais tarde."

Oi? Será que ele não entendia que eu já estava muito confusa sem a ajuda dele? Eu não conseguia evitar meu ódio. O que ele fez foi extremamente, absolutamente, inegavelmente muito,muito, muito, muito, muito ruim.

E, como sempre:

- Mãe, vou até o parque. Estou levando celular, tentarei não demorar. - Segurei firme o livro que Joshua me emprestou e saí rumo àquela praça.

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