Dando um Nome às Vozes Anônimas

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Segui meu caminho até o "Parque".

Quando cheguei, não pude deixar de procurar por rostos conhecidos. Os que eu mais gostaria de ver eram os de Dave e Joshua.

Com um leve desapontamento, constatei que nenhum deles estava lá.

Ora Mary, mande uma mensagem de texto. - Sugeriu Grilo Falante.

Ela veio até o Parque Entre Aspas para ler. - Disse a segunda voz.

Olá, meninas... Como foi o café? - Perguntei.

Agradabilíssimo, obrigada. - Grilo Falante respondeu, como quem quer cortar assunto.

Sabe, Grilo Falante, a segunda voz tem razão. - Eu informei.

"Segunda voz?" Isso machuca, ok? - Ela pareceu magoada.

E você acha que gosto de ser chamada de "Grilo Falante", sua besta? - Legal, ponto para Mary Ann, que conseguiu colocar suas vozinhas da consciência em uma discussão.

Ei, meninas! Parem com isso. Me digam seus nomes e eu começarei a chamá- las por ele.

Meu nome é... - Segunda voz começou, mas como se acordasse de um sonho, disse: - Não temos nome, Mary. Somos apenas seus pensamentos.

Então, eu tenho que dar um nome para vocês? - Perguntei.

Sim, aparentemente. - Respondeu Grilo Falante.

Então, por que se importam se eu chamo vocês de Grilo Falante e Segunda Voz?

Na verdade... Não me importo. Até gosto de Grilo Falante, se quer saber.

Ótimo, você será Grilo Falante.

Então, se Grilo Falante não se importa, não me importarei que me chame de Segunda Voz.

Ótimo. Grilo Falante e Segunda Voz. Agora, vão tomar outro café e me deixem ler.

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