Matemática

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Quando o sinal tocou, recolhi minhas coisas e segui para a sala de matemática, embora soubesse que daqui a dez minutos ainda haveriam lotes de alunos fora das salas, e que a professora Renata demoraria no mínimo quinze para começar a chamada.

Enquanto entrava, me vi empurrada por braços fortes de um garoto com cabelos negros e olhos castanhos, que há uma semana me encantaram. Hoje, já não me encantavam mais.

- Pare de ser bruto, Dave. Não sou só eu na sua frente. - Olhei para ele revirando os olhos.

- Então empurre estas pessoas também. - Ele sorriu. Eu nem me lembrava de quando havia sido o último sorriso amigável que ele me dera. Eu também sorri, no fim das contas.

No meio da aula de matemática, eu pensava. Não em Joshua, não em mim e nem no meu livro. Eu pensava em Dave Jonnes e sua família.

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