Reencontrando Velhos Amigos

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Era a 13ª vez que o visitante tocava a campainha quando minha mãe atendeu.

- Tudo bem, vou chamá-la. – Visita pra mim? (de novo?) – Querida, tem alguém lá embaixo que quer te ver... – Minha mãe disse, fazendo carinho nos meus cabelos bagunçados. Olhei para o relógio que indicava "8:16 AM".

Desci a escada sonolenta, com as primeiras roupas que encontrei no guarda-roupa e um chinelo de dedos. Quase não consegui acreditar no que estava vendo: Meu melhor amigo de infância estava parado na minha sala de estar! Ele morava em outro estado desde nossos sete anos, e sempre vinha passar uns dias de suas férias em casa, mas nunca sem combinar, como hoje.

- Arth! – Eu corri e abracei-o, em compensação pelos seis meses que não o vi. Aquele abraço matou toda a saudade que a internet só piora. Ficamos abraçados por uns dois minutos. – Vai ficar por quanto tempo?

- Até você enjoar de mim. Ou duas semanas, o que acontecer primeiro.

- Só duas semanas? Enjoar de você não vai rolar.

- Sei disso, sou um cara muito legal, as pessoas nunca ficam enjoadas de falar comigo. – Ele se abanou com a mão, fingindo cansaço.

- Ai, como é modesto! – Eu brinquei, mostrando a língua. – Vamos subir? Vamos até o parque? Ou no shopping? Quem sabe em uma lanchonete? Sorveteria? Cinema, talvez?

- Ei, calma! Temos mais duas semanas para fazer tudo o que você quiser, mas por hora, que tal subirmos pro seu quarto e colocarmos a conversa em dia? Foram longos seis meses...

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