Intervalo

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Quando saí da sala, Dave me esperava com uma sacola bem cheia, que parecia estar pesada.

- O que é tudo isso? – Eu ri apontando para a sacola. – Vai fugir de casa?

- Não. Esse aqui é o nosso piquenique.

Ele me ajudou a subir até o gramado e sentamos embaixo de um salgueiro bem grande. Seus ramos formavam uma espécie de cabana, e nós nos acomodamos lá dentro. Uma vez que as folhas deixavam passar alguns raios solares, a parte de dentro era bem iluminada. Dave tirou uma toalha de mesa vermelha da sacola e estendeu no chão. Depois tirou dois pratos e dois copos descartáveis e colocou-os em cima da toalha. Depois, pegou alguns sanduíches embalados em um plástico e colocou-os no meio da toalha junto com um litro de suco de laranja de caixinha.

- Bem vinda ao nosso piquenique, Mary.

Eu não conseguia falar. Aquela era outra cena perfeita criada por Dave Jonnes, o garoto perfeito.

Ele me ajudou a sentar na toalha, e depois que se sentou do meu lado, me deu um beijo. Ele me serviu de um sanduíche e um copo de suco, depois se serviu.

Eu só conseguia olhar pra ele e sorrir.

- Tudo bem aí, Mary?

- Como você pensou nisso, Dave? Você é tão criativo!

Ele me deu um beijo, se levantou e foi até o canto da nossa "cabana", onde estava o seu violino. Ele tocou aquela mesma música que havia tocado quando fui à sua casa, e milhões de memórias daquela tarde vieram a minha cabeça. Aquela melodia doce me envolvia, e fazia tudo parecer perfeito.

Quando a música terminou, ele se sentou ao meu lado, e disse:

- I Love you, girl.

- Eu te amo, Dave Jonnes.

Nós terminamos de comer, e Dave começou a recolher as coisas. Jogou o lixo fora e guardou o resto na sacola. E então, quando bateu o sinal, Dave me deu o mais delicado dos beijos, mas pude sentir a paixão. Em seus olhos, vi a confirmação da paixão que Dave sentia por mim quando nos afastamos. Tudo o que ele disse era verdade. Ele me amava.

Demos as mãos e saímos da "Cabana de Salgueiro". Dave segurava a sacola, e deixara seu violino por minha conta. E antes de me deixar na porta da sala de biologia e seguir para sua aula de filosofia, pegou seu violino e me abraçou.

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