Mal tenho dormido com esses pesadelos, esse mês não ta sendo fácil. O bom é que está chegando meu aniversário.
Bom, quem eu sou? Meu nome é Andrew, tenho dezesseis anos, daqui a uma semana completarei dezessete. Tenho um metro e sessenta e oito de altura, apesar de me sentir baixo, sou magro, tenho os cabelos pretos e olhos azuis. Estou um tanto ansioso com relação ao meu aniversário, de algum jeito sinto que as coisas irão mudar para mim.
_________________________Termino de me arrumar e vou tomar café. A minha espera está minha mãe, a cumprimento com um beijo na testa e me sento.
— Bom dia filho. Está tudo bem? Seus olhos estão fundos.
Como sempre não consigo passar despercebido por ela.
— Não tenho dormido muito bem, só isso – digo enquanto tomo um gole de café.
— E por que não está dormindo bem Andrew? – olho para meu relógio disfarçando, e percebo que já estou atrasado.
— Mãe, vou indo. Conversamos mais tarde okay?! – pego minha mochila, uma maça da mesa e beijo a testa dela novamente.
— Mas... Certo, filho. Vai com deus e toma cuidado – ela grita enquanto me encaminho para a porta.
— Tchau mãe! – grito de volta enquanto fecho a porta.
Pego minha bicicleta, coloco meu capacete e vou para a escola. Poderia contar aos meus pais sobre os pesadelos, mas o que eles irão dizer? São só pesadelos, nada demais. Balanço a cabeça em negação.
Minha mãe é dona de casa desde que nasci, ela diz que eu precisava de atenção e cuidado mais que o trabalho, e desde então ela é cuida da casa, do meu pai e de mim. Meu pai é administrador de uma empresa famosa de cosméticos, ele, ao contrário de minha mãe, é mais brincalhão, mamãe é o pulso firme da família._________________________
Chego à escola após trinta minutos, já guardei minha bicicleta e peguei os livros que usarei nas aulas de hoje. Como de costume ninguém me nota na escola, exceto por Frank que esbarrou em mim no corredor. Frank é o tipo de aluno fortão, alto, cabelo loiro penteado com muito gel, é aquele que soca os nerds, atrai o olhar de toda garota da escola e a única coisa que consegue pensar é em seu futebol. O conheço desde o primário, desde então ele me irrita e me tranca em armários, a sorte é que fiquei maior que os armários.
Neste momento estou esperando Bryan, meu melhor amigo. O conheço desde o fundamental, antes de conhecê-lo eu era solitário. Parece que nunca fui bom em fazer amizades. Bom, assim que nos conhecemos, nos tornamos amigos.
Estou tão distraído procurando por Bryan, que quando alguém toca meu ombro, acabo me assustando.
— Hey, calma Drew sou eu, seu melhor amigo... – me alivio ao saber que é só o Bryan e não Frank querendo fazer alguma gracinha.
— Só por que é o único – sorrio e nos cumprimentamos.
— Sabemos que isso não é verdade, não é? - quase não ouço o que Bryan fala, todo o corredor está um completo silêncio, isso por que todos observam as garotas mais lindas e populares da escola desfilarem, Lindsey, Ashley e Gwen. Gwen Walker, a mais bonita na minha opinião. Dizem que ela era uma simples nerd, que radicalmente mudou o visual e hoje é uma das meninas mais populares da escola. Gostaria de ter visto ela quando ainda era uma nerd, talvez eu tivesse alguma chance.
Balanço minha cabeça me trazendo de volta a realidade e é neste momento que algo acontece. Gwen olha para mim, nossos olhares acabam se encontrando e um choque percorre minha espinha. E parece que o mesmo acontece com ela. Por que ela volta seu olhar para mim com uma expressão preocupada. Tudo acontece como em câmera lenta, como se nós dois estivéssemos ali.
— Uau, o que foi isso? Gwen Walker olhou pra você cara! – Bryan exclama, quase que chamando a atenção de todos.
Estou muito perturbado com o que houve ainda, que mal consigo responder.
— Que? Não... Não, pare de loucura. E para de gritar essas coisas a todos, sabe que tenho vergonha – começo a andar atordoado.
— Ei, nossa sala é por aqui Drew.
— Eu sei, vá indo na frente, vou passar no banheiro – faço sinais com a mão pra que ele entenda.
Vou desorientado pelo corredor, esbarrando em alguns alunos. Geralmente eu não faria isso e se fizesse sairia pedindo desculpas a todos que esbarrasse no caminho, mas estou atordoado demais.
Chego ao banheiro e paro de frente para o espelho, minha visão começa a ficar turva.
"Encontre-os....juntos....vocês precisam....estar juntos. Encontre todos"
A voz vem a minha mente, a tontura começando a ficar forte.
— Ei! Você está bem? – um cara que estava lavando as mãos me acorda.
— Oh, sim – ligo a torneira, um pouco atordoado, e jogo água em meu rosto. O que me acorda e me trás para o mundo real novamente.
Olho para meu rosto, respiro fundo e vou para a sala.____________________
— Senhora Hant? Posso entrar? – todos na sala me olham e percebo que começo a corar.
— Um pouco atrasado Senhor Park, alguma gravidade que explique seu atraso? – olho para a carteira onde fica Gwen e não a vejo. — Senhor Park?
— Oh... Eu hum... Estava passando mal e tive que ir ao banheiro – falo distraído, tinha até esquecido que a sala toda me olhava.
— Bom... espero que isto seja verdade. Sente-se.
Vou até meu lugar e me sento. Bryan está sentado atrás de mim, como de costume em todas as aulas, ele me cutuca.
— Drew, tá tudo bem cara? Você está estranho hoje.
— Ah sim cara, estou bem – tento esquecer o assunto, não estou muito a fim de conversar agora e não quero deixar ele preocupado.____________________
As aulas passam rápidas, foi estranho quase não prestar atenção nelas. Gwen não apareceu em nenhuma das aulas que temos. Estamos guardando os livros nos armários, para irmos pra casa, quando ouvimos uma algazarra no meio do pátio, fecho meu armário e corro para lá. Bryan vem logo atrás. A rodinha em volta do que quer que seja se aumentou, vou tentando passar por entre eles.
— Me espera cara! – Bryan grita, obviamente ficando pra trás.
Continuo e chego ao centro da roda, no chão e perto da árvore vejo uma macha preta de cinza, este é o local onde os RIPs da escola costumam ficar. As marcas no chão estão espalhadas, como se fosse um forte maçarico que tivesse queimado. O fogo se extingue ali, parece que a coisa que fez isso foi pra cima. Agacho-me e passo a mão nas cinzas, coloco próximo ao nariz.
— Isso com certeza foi fogo – sussurro pra mim mesmo.
Nesse momento, sinto algo passar pelas minhas costas rapidamente, me viro e não vejo nada a não ser os alunos que se viram e saem da roda e Bryan em pé ao meu lado.
— Eai CSI, já sabem quem fez a tentativa de matar a árvore? – Bryan debocha – O que? Estou brincado.
— Okay, vamos embora – me levanto e vamos juntos até onde estão nossas bicicletas.��~��I�Bom gente aqui termina o segundo capítulo, sei que é pouco mas vou melhorar, eu prometo. Peço que votem se gostarem; comenten tbm e adicionem na biblioteca. Obg pela atenção e me desculpem se tiver alguns erros.
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O Destino Dos Guardiões - Em Revisão
Science FictionEm uma noite comum como todas as outras. Alguns astrônomos detectam um cometa que surgi no céu repentinamente, seu local de queda é uma floresta. Então para assegurar que nenhum civil aproxima-se do cometa, mandaram cinco agentes para o local da que...