Oi queridos amigos leitores. Eu queria agradecer pelas 1.000 visualizações é bastante significante pra mim. Obg a todos mesmo e desculpem-me pela demora. É isso... Boa leitura.
-Acha mesmo que podemos encontrar algo que nos machuque? - Bryan diz preocupado enquanto dirige - Não que eu esteja preocupado, esse lugar já é do Drew, mas sei lá. O jeito como eu os encontrei foi estranho.
É óbvio que ele está preocupado, mas...quem não está? Não sabemos o que é tudo isso, nem quem são aqueles monstros/humanos. Nossos pais simplesmente desapareceram e não temos notícia alguma deles. E Andrew encontrou um mapa que aparentemente tinhas os pontos exatos de onde eu morei.
-Não sei dizer. Mas será rápido, apenas procuraremos no quarto e em um lugar especial da casa. Por via das dúvidas esteja preparado de qualquer jeito... tanto psicologicamente quanto fisicamente. - digo um pouco rígida demais.
Ele apenas confirma com a cabeça e volta sua atenção para o carro. Já estamos na metade do caminho, minha casa não fica muito distante da de Andrew. Encosto minha cabeça na poltrona do carro e foco na paisagem á fora. Casas padronizadas passam, algumas com crianças na frente. Meu pai me vem á mente... Lembro-me quando começamos os treinos. Ele sempre rígido quanto a isso, só agora entendo o porquê de tanto trabalho. Muitas vezes eu reclamei dente treino, apenas queria me sentar e assistir um filme, ler um livro, ou ao menos brincar e conversar com amigas que eu não tinha. Com o tempo comecei a gostar do treino, talvez estivesse apenas me acostumado com tudo.
Sinto-me tão frustrada e impotente diante de toda essa situação. Não temos nenhum tipo de resposta e nem nada que possa nos encaminhar para algum lugar. Estamos às cegas.
-Gwen? Gwen? Eh... chegamos. - Bryan me traz de volta à realidade. Mau tinha percebido que o carro havia parado.
-Ah... desculpe-me estava um pouco longe. - me viro para ele e vejo que me encara - Certo, vamos. - pego a bolsa no banco de trás. Abro a porta do carro e saio.
Percebo que ele ainda não se mexeu. Fecho a porta e pela janela falo com ele:
-Vai sair? Ou está esperando eu abrir a porta para madame? - ele parecia um pouco distante. Logo, se vira para mim, debocha forçando uma risada e finalmente sai do carro.
Coloco a mochila em meu ombro e caminho até a calçada. Ouço o carro apitar e as janelas subirem. Encaminhamo-nos em direção a minha casa. Chegamos à porta branca com pequenos quadrados de vidro. Tiro a chave do bolso de minha calça jeans escura e a coloco na fechadura da porta. Quando estou prestes abrir a porta sou puxada para o lado, deixando a chave lá. Olho para frente assustada e vejo Bryan me segurando na parede levando o dedo até sua boca.
-Shii... - ele sussurra. Estamos de frente um para o outro, tão próximos que consigo sentir as batidas de seu coração, e está acelerada. Seja lá o que ele viu, parece perigoso. Ele movimenta a cabeça a apontando em direção a janela ao nosso lado. Entendo o que ele diz e afirmo com um balanço de cabeça.
Em um movimento devagar e silencioso minha cabeça vai até a janela. Assusto-me com o que vejo e volto minha cabeça. Há dois homens em ternos pretos em minha casa, será a polícia? O CSI? Olho para Bryan, seus olhos castanhos demonstram a mesma confusão que eu. O homem/monstro de ontem usava preto, mas era apenas roupas pretas e esse caras parecem normais.
-Não sei quem são esses. Vem, vamos ver mais de perto. - me abaixo e ando pela parede de minha casa. Viro e chego na janela da cozinha. Olho pra trás e Bryan logo chega. Juntos, movimentamos a cabeça confirmando. Em seguida subimos devagar até a janela, apenas nossas cabeças. A cozinha está toda revirada, há panelas jogadas por todos os lados. Gavetas pra cima, todo tipo de porta existente ali está aberta. Porém não há ninguém ali, mas consigo ver, pela porta da cozinha que está aberta, que tem movimento na sala. Bryan e eu nos entreolhamos e nos abaixamos devagar.
-O que faremos agora? E quem são esses caras? Por acaso você é procurada pela lei? - ele explode em perguntas.
-Não, não sou procurada. Pelo menos não que eu saiba. Não sei quem são essas caras e algo me diz que não vai demorar muito para descobrirmos. E o que faremos agora? Não podemos volta de mãos abanando, então temos que pensar em algo. - respondo as suas perguntas de uma maneira rápida enquanto penso no que fazer.
Meu pai me vem á mente mais uma vez. Sempre tenha uma saída reserva. Uma de suas muitas frases que sempre (três vezes ao dia) repetia a mim.
-É isso! - exclamo mais alto do que devia. Ouvimos algo na cozinha, encaro Bryan assustada. -Por aqui... - sussurro e começa a andar abaixado pela parede.
Chegamos à parte de trás da minha casa. Sorrio ao ver a porta que dá para o porão de minha casa. Bryan apenas me segue calado e olhando constantemente para os lados. Está um pouco velha, com uma madeira atravessada como tranca. Puxo a madeira com muita cautela e a coloco devagar no chão, evitando fazer qualquer tipo de barulho. Bryan fica parado de costas olhando para os lados. Puxo as portas com muito cuidado e delicadeza, por sorte eu não tranquei por dentro da última vez. Estou quase a abrindo por completo quando das dobradiças saem um rangido alto. Bryan me mira assustado, os barulhos em minha casa se aumentam.
Pulo pra dentro do porão, descendo as escadas rapidamente. Bryan desce logo depois fechando a porta rapidamente e trancando-a por dentro.
-Bom não temos muito tempo. - coloco uma mecha de cabelo pra atrás e olho ao redor. Estamos na sala de treino de casa. Se tiver um lugar que meu pai confiaria em esconder algo, este é o local.
-O que eu procuro, exatamente? - Bryan pergunta e ouvimos passos bem acima do lugar onde ele está. Nossos olhares se encontram e juntos começamos a procurar por qualquer coisa.
Bryan fica em um canto e eu em outro. Reviramos tudo muito rápido, mas não obtemos sucesso algum.
-Gwen desculpa dizer... mas não tem nada aqui. Acho melhor irmos pois os caras lá em cima já devem estar procurando o que ou quem fez aqueles barulh... - sua fala é interrompida pela porta do porão sendo balançadas. Ele tira a arma de sua cintura, desajeitado e aponta em direção à porta.
Em um movimento rápido, ajeito a mochila em minhas costas e corro para onde se localiza os equipamentos de treino.
-Me ajude aqui... - digo entre suspiros enquanto empurro um dos equipamentos. Ele guarda sua arma e me ajuda.
Conseguimos deixar os equipamentos aparentando uma barreira. Respiro ofegante, pego na mão de Bryan e puxo para o lado oposto da porta.
-Pra onde estamos indo? Sabe que aquilo ali não vai segurá-los, né?
-Sei... só precisamos de tempo. Como você mesmo disse, eles provavelmente estão pelos arredores da casa, procurando pelos responsáveis dos barulhos. Vamos subir pra minha casa e ir ao quarto do meu pai.
-Subir? Como is... - ele se silencia ao ver a escada que nos leva para cima. A mesma que eu descia para treinar. - E se eles estiverem lá? Não estamos arriscando demais?
-Olha, acho que não temos muitas escolhas de fuga. - olho para trás e ouvimos o som da porta sendo empurrada a força. -E acho que correr todo esse risco e voltar de mãos abanando não vale a pena. Tenho quase certeza que está lá. - volto minha atenção para frente e subo as escadas de madeira.
Chego ao topo e olho para a portinha de madeira no teto. Tiro a trinca em um movimento rápido e silencioso. Olho para Bryan, um degrau abaixo do meu, ele me encara nervoso. Levanto a porta devagar. Por sorte não vejo nenhum pé. Só levantei o tanto suficiente para que eu possa ver.
-Vou subir... - sibilo essas palavras para Bryan, ele afirma.
Sinto a adrenalina no meu corpo se aumentar, passando por toda parte dele. Dou mais uma olhada em volta e não vejo nenhum pé. Subo mais um degrau e levanto a porta de vez, ficando apenas com a parte da cintura pra cima. Olho para os lados da sala da minha casa, não há ninguém aqui... pelo menos não nesse cômodo. Termino de subir com um pule leve, seguro a porta para Bryan, sempre olhando para os lados e arrumando minha mochila. Bryan sobe o mais rápido que pode, fecho a porta devagar e coloco o tapete que havia ali por cima.
Levantamos e observamos todos os lados. Parece que não há ninguém mesmo. Lembro-me dos barulhos lá em baixo, meus olhos vão do sofá até a portinha - agora oculta pelo tapete. Viro-me para Bryan, mas antes que eu fale qualquer coisa, ele já está com suas mãos no sofá. Em passos leves vou até o outro lado.
-1...2...3... - sussurro e juntos empurramos o sofá. Ele faz um rangido quando passa pelo chão, mas o som logo passa quando o colocamos por cima do tapete.
Escuto passos na cozinha, juntos, Bryan e eu pulamos para as paredes contrarias a entrada da cozinha - ele de um lado e eu do outro. Os passos ficam cada vez mais altos. Penso no que fazer e nada me vêm à mente. Não podemos fazer barulho, não sabemos quantos deles estão aqui. Só agora percebo que não consegui prestar muito atenção em como são esses caras que estão aqui. A única coisa que notei foi os ternos pretos.
Estava distraída que havia me esquecido da situação que me encontro. Logo um sapato social passa para sala e logo depois o dono do sapato. Na verdade, a dona do sapato: Uma mulher. O terno preto a envolve. Seu cabelo está amarrado pra trás em um coque. Há também um óculos escuro com ela. Estou a fitando demais que demoro pra notar Bryan saindo para a cozinha. A mulher passou por nós sem nos notar, foi logo olhando para o sofá. Balanço minha cabeça e passo para a cozinha encostando-me na parede.
Agora na cozinha não vejo nenhum deles. Procuro por Bryan mas não o acho. Onde esse garoto se meteu?! Então ouço algo... psiu... olho ao redor e continuo sem ver nada. Psiu... Psiu... procuro novamente. Foco na escada que leva para os quartos, vejo algo agachado na escada. E é de lá que vem o som. Escuto outro som logo atrás... passos. Como instinto, corro nas pontas dos pés até a escada e me abaixo.
-Porque demorou tanto? - ele sussurra.
-Eu... eu me distrai. Vamos, ela ta vindo. - subo a escada engatinhada.
Chegamos ao topo e não temos muito tempo, a mulher de preto lá embaixo pode nos ver. Damos uma rápida olhada em todo o local, não vemos nada. A porta do quarto do meu pai está a poucos centímetros, terminamos de subir e andamos devagar até as portas. O corredor está vazio, Bryan chega à porta antes e coloca sua mão na maçaneta. É como se tudo estivesse em câmera lenta, ele gira a maçaneta. Acho que como eu ele torce para que não haja ninguém dentro desse quarto. Reparo que todas as portas daqui estão fechadas, acho que não tinham começado a procurar aqui ainda.
Bryan finalmente abre a porta, nós dois estamos tensos. Porém nos aliviamos ao não ver ninguém no quarto. Entramos ás pressas, fecho a porta devagar e a tranco por dentro. Só agora percebo que estava segurando o ar. Agora com a respiração ofegante - porém muito melhor - jogo a mochila na Cama e começo a revirar as coisas.
-Não temos muito tempo. Os caras que estavam no porão não demoraram muito pra sair de lá e avisar os outros. - digo revirando a criado-mudo.
-Certo. O que eu procuro? - diz ele abrindo o guarda roupa e mexendo nas roupas.
-Exatamente? Não sei. Talvez algo diferente ou estranho - abro as gavetas e jogo tudo que há nelas na cama. Encaro Bryan e ele joga as roupas de meu pai no chão. - Hey, cuidado.
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O Destino Dos Guardiões - Em Revisão
Fiksi IlmiahEm uma noite comum como todas as outras. Alguns astrônomos detectam um cometa que surgi no céu repentinamente, seu local de queda é uma floresta. Então para assegurar que nenhum civil aproxima-se do cometa, mandaram cinco agentes para o local da que...