Parte 15: Amargas verdades

309 16 26
                                    

Atenção gente: quando um parágrafo ou frase estiver entre aspas é continuação da fala da personagem anterior. Sei que muitos já sabem, mas é sempre bom avisar pra ninguém ficar perdido.

E por favor deem uma olhada rápida no capítulo anterior para ter certeza que tá certinho por que o wattpad não está avisando de todas as atualizações. E vamos ao que interessa...

----------------------------------------------------------------------------

Por ser segunda-feira a lanchonete estava um inferno de tão lotada. Greg e eu não fomos o suficiente para servir as mesas então Hilary, por incrível que pareça, de dispôs a ajudar.

Eu estava rodeando diversas mesas segurando pesadas bandejas com devidos lanche e não me importava mais em dar sorrisos. Mal dizia um oi, apenas anotava o pedido no caderno e voltava com o lanche. E, é claro, os clientes não estavam satisfeitos com isso.

Todos berravam inconformados com o atraso e uns três já desistiram e foram embora. A cada freguês insatisfeito Hilary me olhava exigindo mais de mim. Mas não estava nem um pouco a fim de obedecer suas ordens. Queria mais era fugir dali, e fugiria se não dormisse na mesma casa que a chefe.

Então novamente me esquivei de clientes enfurecidos com uma enorme bandeja cheia de sanduíches no alto a fim de chegar aos seus remetentes quando mais uma vez o sininho da porta toca e eu dou mais um suspiro de exaustão. Eram sete e meia da manhã e os fregueses não paravam de chegar.

Quando por fim olho para quem seria o próximo freguês a ser servido por mim meu corpo congela de imediato e arregalo os olhos. Jhonatan, com sua calça e casaco social preto que mais parecia um terno, estava parado à porta observando a multidão de pessoas que se aglomeravam a sua frente.

Imediatamente abaixo-me de encontro à mesa mais próxima e me escondo ali segurando com cuidado a tão pesada bandeja.

- O que está fazendo? – uma garotinha pergunta da mesa vizinha.

- Seria melhor nos servir do que brincar de esconde-esconde garota. – uma senhora da mesma mesa diz parecendo irritada.

Ignoro ambas as reclamações e tento me arrastar pelo chão segurando a bandeja tendo como foco de meus olhos Jhonatan que lentamente se aproximava do balcão. Por sorte ele parecia não ter me visto e com rapidez e agilidade talvez eu consiga chegar à cozinha antes dele.

- Mas o que pensa que está fazendo?! – Hilary exclama quando finalmente atravesso o balcão e me escondo ali embaixo.

- Jhonatan está aqui! – digo baixo o suficiente para que só ela escutasse.

- E daí? – ela pergunta.

- Ele não sabe que eu trabalho aqui, esqueceu?

- Ah Melany, faça-me o...

- Com licença. – a tão melodiosa voz de Jhonatan surge por sobre o balcão e meu coração desacelera quase parando. Começo a sentir a falta de ar.

Hilary arregala os olhos para mim que continuava agachada atrás do balcão e faço sinal para que ela mantivesse o meu esconderijo em total sigilo.

- Pois não? – Hilary diz ao novo freguês que agora me despertava desespero e assim suspiro de alívio e deposito a bandeja no chão.

- Eu te conheço. – Jhonatan diz e de novo entro em desespero – Você não é a amiga da Melany? Estava com ela naquele restaurante.

Hilary olha disfarçadamente para mim e dou de ombros.

- Sim. Sou sim. Hilary. – ela diz.

- Jhonatan. – ele diz e imaginei que estivessem trocando um aperto de mão naquele momento.

Amor de amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora