Parte 42: O momento mais importante da minha vida

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(Melany)

Meus olhos tremem ao tentar abri-los. Meu estômago logo se contorce ao tentar me mover para levantar.

- Melany? – a voz de Hilary atravessa a porta acompanhada de uma leve batida. Em seguida minha visão é preenchida por sua forma ao abrir a porta e me encarar com espanto. – Não melhorou né.
- Não. – o meu "não" mal saiu pela boca que tive que travá-la para não vomitar de novo. Hilary atravessa o quarto e senta na cama ao meu lado.
- Vou ter que te dar folga de novo? Quem vai servir as mesas? Greg não faz isso muito bem. – diz.
- Tudo bem, eu posso servir. Mas os clientes terão ensopado de vômito como acompanhamento. Podemos dar isso de graça. – tento me levantar.
- Não, deixa. Eu me viro. – Hilary gesticula com as mãos abertas à sua frente me fazendo deitar novamente. Em seguida se levanta. – Pode ficar. Mas sugiro que você vá ao médico porque, não importa como você esteja amanhã, não te darei folga de novo.– levanta o indicador à sua frente como se estivesse dando uma ordem. Apenas assenti.- Ah e vê se come alguma coisa. – ela diz a caminho da porta.

- Não dá. Tudo o que eu como boto pra fora em seguida.

- Tá. – Hilary bufou.– Vou ver se trago alguma coisa pra você quando voltar.

- Valeu Hy.

- Depois te mando a conta. - E com uma piscadela ela voltou a fechar aporta. E eu me afundei ainda mais entre os travesseiros.

***

- Que barulho é esse?Melany? – a voz de Hilary surge no corredor enquanto eu, mais uma vez, punha minha cabeça para dentro da privada e vomitava tudo o que eu não havia comido.- Ah meu Deus, Melany! Que merda! – Hilary reclama enquanto abaixa ao meu lado pondo uma das mãos em minhas costas.

- Pelo menos não foi no seu tapete. – respondo sentando-me no chão frio ao lado da privada. – Porque chegou tão cedo? – levanto os olhos para ela.

- Saí mais cedo pra comprar umas coisas pra você. Fiquei preocupada.

- Que bonitinho. –faço uma cara fofa e logo fecho os olhos e gemo com o enjôo.

- Não começa. –Hilary diz e começa a revirar as coisas em sua sacola. – Tem certeza que não quer ir ao médico?

- Não precisa, é só um enjôo passageiro. – me estiquei e dei descarga ainda sentada no chão ao lado da privada.

- Tá. – Hilary diz ainda olhando sua sacola. Olho para ela curiosa. – Trouxe alguns bolinhos para você comer, suco de caixinha, remédios para enjôo e isso aqui. – a observo mexer na sacola e tirar uma caixinha rosada. Estica o braço para mim me entregando a caixinha. Estreito os olhos para ela e pego a caixinha.

- Teste de gravidez?– pergunto lendo o rótulo. – Fala sério Hilary. É só um enjôo. – olho para ela.

- Não custa nada fazer. Vai que... – vejo Hilary dar de ombros.

- Tá, sai do banheiro.– me levanto do chão e a empurro porta afora. Fecho a porta e observo a caixinha em minha mão. Será? No fundo eu torcia para ser mais um dos exageros de Hilary, mas e se...

Abro a caixinha e leio as instruções. Suspiro e faço tudo o que o rótulo mandava.Minutos depois eu me encontrava de novo sentada no chão do banheiro esperandopela mudança da cor do teste. Rosa positivo, azul negativo. Por favor, que seja azul. Encaro o aparelho por um tempo e o observomudar de cor lentamente. Começou a ficar azul o que me fez suspirar de alívio.Mas o azul começou a clarear se tornando um rosa fraquinho. Arregalo os olhos esinto minha respiração ser cortava. Não havia o que pensar, nem o que sentir.Só permaneci ali de olhos arregalados para o teste de gravidez sentindo meusolhos arderem de modo que deixassem as primeiras lágrimas caírem em meu rosto.Fungo e abaixo a mão com o teste encarando a parede à minha frente sem ver.Aquilo não podia estar acontecendo. Levanto-me do chão e seco as lágrimas. Saiodo banheiro e dou o teste á Hilary que ainda me esperava do lado de fora.- Isso aqui estáerrado. Vc comprou um teste de gravidez quebrado. – digo e passo por ela indoem direção ao meu quarto. Sento em minha cama e observo Hilary se aproximar devagar olhando para o teste.- Ai meu Deus! Vocêestá grávida! – levanta os olhos para mim e sorri.- Não, não estou.Isso está errado.- Melany, pelo amorde Deus! Você não é virgem. E têm tido enjôos. Há uma boa chance para vocêestar grávida. E a chance está bem aqui. – a vejo erguer o teste diante de meusolhos.- Não, Hilary, vocênão está entendendo. – olho para ela – Eu não posso estar grávida! Eu mal tenho onde morar, meu salário mal dápara me sustentar, minha vida não é estruturada. Não posso cuidar de umacriança Hilary. – começo a sentir meus olhos arderem de novo.- Você estáesquecendo de uma pessoa importante nessa história. - Não. Não vou falarcom o Jhonatan. Não quero mais nada com ele.- Mas ele é o pai! Ouvocê teve alguma coisa com outra pessoa? - Hilary ergue uma sobrancelha para mim enquanto começo a mexer minhaperna de nervoso.- Não, claro que não.- Então, Melany. É deuma pessoa que você ama. – ela se aproxima de mim e senta ao meu lado enquantoeu começo a encarar o chão.- Uma pessoa que metraiu.- Há para depalhaçada. Aquilo nem é considerado uma traição. Começo a ignorar o que Hilary dizia econtinuo encarando o chão. Eu não queria acreditar naquilo. Em hipótese alguma.Eu nunca me preparara para ser... mãe. E agora era o pior momento possível.- Ei, Melany. – sintoo toque da mão de Hilary em meu ombro. Minha visão é embaçada pelas lágrimas eminha mão sobe automaticamente para minha barriga enquanto ainda encaro o chão.- Melany? Está tudobem? – ouço a voz de Hilary ao meu lado, mas não olho para ela.- Pode sair, porfavor? Quero ficar sozinha. Hilary suspira.- Tudo bem. Mas seprecisar de alguma coisa, qualquer coisa, eu vou estar aqui. Tá bom? Apenas assinto ainda olhando para a frente esinto a cama se movimentar ao meu lado e logo depois ouço a porta ser fechada.Finalmente eu estava sozinha. Permaneço por um longo tempo imóvel eencarando a parede à minha frente até que sinto meus dedos se moveremautomaticamente em minha barriga num leve carinho. Abaixo os olhos para a mesmae tiro a mão me levantando da cama. Ando um tanto hesitante até o espelho decorpo inteiro que havia em meu quarto e me ponho de frente para ele. Levanto umpouco a minha blusa expondo minha barriga. Fico de lado olhando meu reflexo noespelho. Era óbvio que ela não estava grande como essas barrigas enormes degrávidas. Mas... Levo novamente a mão à minha barriga, um pouco abaixo doumbigo, ainda olhando meu reflexo no espelho e sinto uma firmeza naquele local.Como se estivesse se adaptando para sustentar alguém. Arfo. Eraverdade! Permaneço com a mão ali olhando meu reflexono espelho e acaricio mais uma vez aquela área desta vez por vontade própria.Sinto um sorriso se formar lentamente em meus lábios enquanto presencio omomento mais importante da minha vida.

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Volteeeeeiiiiii!!!!

Sei que morreram de saudades ;) SQNunca. kkkk

Desculpem pelo meu sumiço de séculos, mas estou de volta e farei o possivel para terminar este livro. Em nome de Jesus!

Espero que eu não tenha perdido todos os meus leitores :'(

Bom, e para os novos que estão chegando agora SEJAM BEM VINDOS E NÃO ME DEIXEM!

Xau e até a próxima *-*

Amor de amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora