Amor de amigo

Parte 16: Confissões de amigo

Acordo irritada com a luz do sol batendo em meu rosto. Não me lembrava de não ter fechado a cortina ontem à noite. Viro-me de um lado para o outro na cama nem um pouco a fim de levantar.

- Pare de se mexer, Mel.

Um grito agudo irrompe de minha garganta quando abro os meus olhos e encaro Jhonatan deitada à minha frente. No meu quarto. Na minha cama!

- O que você está fazendo aqui!? – pergunto com a voz ainda exaltada.

- Juro que tentei te acordar de todas as formas. Chamei você, abri as cortinas. Nossa você tem um sono muito pesado. – ele parecia confortável em minha cama, mas, graças a Deus, ainda estava vestindo uma bermuda e uma camisa cinza enquanto eu continuava debaixo das cobertas vestindo somente pijama de tecido fino e curto.

- Saia daqui, ainda estou de pijama. – puxo o cobertor para me cobrir ainda mais.

- Já te vi de pijama várias vezes. E se somos amigos não tem porque sentir vergonha. – ele diz e é obvio que percebera minhas bochechas enrubescerem.

- É, mas agora é diferente.

- Diferente por quê? Você não quer ter o que tínhamos antes? – ele sorri e relaxa ainda mais na minha cama.

- Como me achou aqui? – pergunto um pouco afastada dele e ainda segurando o cobertor.

- Hilary. Liguei para ela.

- Você tem o número da Hilary? Eu vou acabar com ela. - sussurro a última parte.

Jhonatan ri.

- Quer fazer o favor de sair da minha cama? – pergunto e o empurro um pouco para o lado.

- Por quê? Ta tão confortável.

- Saaaai! – o empurro ainda mais e ele desiste.

Pego meu celular para ver a hora e arregalo os olhos ao perceber que já passavam das dez da manhã.

- Ai meu Deus. Estou atrasada. Hilary vai me matar! – digo.

- Relaxa hoje é sábado. – Jhonatan diz. Agora estava de pé a uma distância da cama enquanto eu tentava me enrolar no cobertor para sair dela.

- Eu trabalho no sábado. Privilégio de ser uma garçonete.

- Não hoje. Eu pedi uma folga pra você. – Jhonatan diz e sorri – De nada.

- Como assim pediu folga? Hilary nunca me dá folga nos sábados.

- Digamos que ela me escute. – ele dá de ombros.

- Por favor, diz que não seduziu a minha amiga.

- Claro que não. Relaxa. Eu só pedi, juro.

- Eu vou acabar sendo demitida por sua causa. – me jogo na cama de novo decidindo então continuar ali.

- Fala sério, sua patroa é sua amiga. Ela não vai te demitir. Agora pode levantando dessa cama que vamos sair agora.

- Sair pra onde? – pergunto erguendo uma sobrancelha para ele.

- Sei lá. Vamos fazer alguma coisa. Pra que você acha que eu vim aqui?

Respiro fundo e reviro os olhos. Tento me enrolar de novo nos cobertores e levantar com eles.

- O que tá fazendo? – Jhonatan pergunta fazendo careta para mim.

- Eu estou sem sutiã. – digo por fim e quase tropeço no cobertor.

- Eu já te vi sem sutiã. Claro, com uma camiseta por cima.

- Eu tinha 12 anos, Jhonatan. E este pijama é muito fino. E você não deixa de ser um homem.