15 - Derrota

1K 93 72
                                    

Não acreditava no que meus olhos viam, eu não queria. Breu havia nós enviado direto para uma toca de coelho da ilha da Páscoa. No chão estavam milhares de ovos pintados destronado, cestas enfeitadas com lacinhos destruídas. A magia da Pascoa estava estilhaçada, destruída. Breu conseguira arruinar mais uma parte preciosa para os humanos, ele conseguira destruir o encantando de Easter.

—Não, eu não vou aceitar esse fim. — sequei as lágrimas e me ergui novamente —Precisamos encontra-los. Agora a existência de Easter também correr perigo.

—E como os acharemos? Eles podem estar em qualquer lugar.

—Você esqueceu que está comigo? — sorri —Eu posso rastreá-los igual te rastreei e atraí, mesmo que não quisesse fazer esse último. — respirei fundo —Vamos focar no que importa por hora.

Fechei meus olhos e me concentrei, a procura pela essência mágica dos outros. Não foi difícil acha-los, minha magia estava mais forte. Peguei um pequeno globo de neve de meu bolso e o lancei contra o chão. O portal se abriu em instantes. Puxei Jack pela mãos e passamos pelo portal. A primeira imagem que vi, ao deixar o portal, fora uma criança atravessar o corpo de Easter. Ele perdera a crença das crianças, Easter se tornara invisível a elas. Meu amigo caiu de joelhos ao chão e eu apenas corri, deixando Jack para trás. Me ajoelhei a sua frente e apenas o abracei, libertando as lágrimas. Meu amigo me envolveu em seus braços e enterrou seu rosto em meu ombro. De imediato senti a umidade de suas lágrimas.

—Eu sinto muito Easter, me perdoa!

Raiva era o sentimento em maior evidência em minhas emoções. Sentia raiva de mim mesma por não ter feito nada para impedir aquilo, por tem se tornado impotente mediante as circunstâncias. Eu havia falhado miseravelmente como líder, eles não mereciam alguém como eu nesse posto.

—Jack! — meu pai o chamou, sua voz me assustou, ela não era mais amigável.

—Tooth, fique com ele por mim. — falei ao perceber a aproximação dela, enxuguei minhas lágrimas.

—Vai ficar tudo bem Angel. — antes de eu levantar completamente, Easter beijou o topo de minha cabeça —Você ainda não falhou.

Seu olhar era sereno, fraterno, nem parecia que ele estava sofrendo. Mas eu sabia o quão Easter estava quebrado por dentro. Ele queria me consolar, quando era ele quem mais precisava de consolo. As lágrimas insistiam em querer descer, mas chorar não ajudaria meu amigo em nada. Sorri amarelo em resposta e me dirigi para onde Jack e meu pai estão. Prometi a mim mesma que reverteria a situação de Easter a todo o custo. Meu pai estava de costas para mim e não percebeu minha aproximação, mas ele sabia que eu estava ali, mas focara em Jack.

—Onde você estava? — meu pai estava nervoso —Os pesadelos do Breu atacaram as tocas de coelho e destruíram todos os ovos. Não conseguimos salvar nada.

—Receio que a culpa seja minha pai. — toquei em seu ombro —Breu me usou como isca.

—Justamente por esse motivo eu mesmo não fui atrás de você. — nem mesmo minha presença amaciou o tom de meu pai.

—Todos nós tivemos de nós segurar para não resgata-la. — Easter se aproximou —Mas seria um desrespeito com você se eu colocasse a Páscoa em jogo, se eu arriscasse a minha existência. Então nos mantivemos focado. Por que tinha de ser ele?

—A isca era pra ele e não pra vocês. — respondi.

—Onde está a fadinha? — Tooth a procurou atrás de Jack -Ah não Jack, o que você fez? — ela pôs as mãos sobre a boca, horrorizada, e se afastou —Como você pode deixa-la para trás? — o brilho em seu olhar evidenciava as lagrimas prestes a escorrer.

A Origem dos Guardiões - Livro I (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora