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Assim que as portas do elevador se abrem, apressamo-nos a sair. O que é que acabou de acontecer? Eu não me posso apaixonar pelo filho meu chefe.

Este beijo apenas veio-me mostrar o quanto o meu corpo me trai na presença do John. Eu não posso estar apaixonada pelo John é apenas atração física, eu sei. Tem que ser isso.

Caminhamos até à entrada como se nada tivesse acontecido. Caminhamos em direção ao estacionamento da empresa. Ele vai em direção a um Audi A8 preto, tenho que admitir que é um carro bastante elegante. Abre-me a porta do lado de passageiro e fica à espera que eu entre.

Entro no carro e ele fecha a porta. Contorna o carro e entra no lugar do condutor. Dá inicio à condução até ao restaurante.

Mantemo-nos em silêncio constrangedor. Nenhum de nós proferiu alguma palavra desde o beijo. Encaro a paisagem que passa rápido lá fora, percebo pelo reflexo do vidro que vez ou outra apanho-o a olhar na minha direção.

Ele para num estacionamento de um restaurante. Desliga o carro e olha na minha direção.

— Chegámos. — Anuncia.

— Hmm, sim. — Apenas digo em resposta.

Apresso-me a sair e ele faz o mesmo. Tranca o carro e dirigimo-nos à entrada do restaurante.

Ele coloca a mão nas minhas costas e encaminha-me. Quando entramos fico impressionada com a magnitude do restaurante.

O restaurante é todo decorado num estilo grego, grandes colunas em branco, mesas muito bem decoradas. As pessoas que estão a servir estão vestidas muito bonitas e caras. Abro a boca num grande O.

O John apercebe-se de que estou impressionada com toda aquela magnitude e sorri.

— Tem reserva senhor? — Pergunta um senhor que se dirige a nós.

— Tenho sim. John Hetzel. — Assim que ele termina de dizer o nome, a expressão do homem muda.

— Desculpe senhor, não o reconheci. — O homem diante de nós apressa-se a desculpar-se. — Sigam-me reservamos a melhor mesa para si.

Seguimos o homem até a uma mesa bastante discreta junto à janela. Apercebo-me da maravilhosa vista que nos é presenteada. Lá fora podemos observar um grande lago com águas cristalinas.

O John puxa uma cadeira para eu me sentar. Sento-me timidamente. Ele contorna a mesa e ocupa o lugar em frente a mim.

— É tudo tão bonito. — Digo ainda deslumbrada com toda a grandiosidade do restaurante.

— Sim, é mesmo. Gosto bastante de cá vir. É o melhor local para usufruir de uma boa refeição e refletir sobre os problemas da empresa.

Observo tudo à volta. Um garçom aproxima-se. Olho para o John em alerta porque não sei o que pedir num restaurante deste calibre. Ele entende o meu recado.

— Vamos querer Coq au vin e traga também o melhor vinho da casa. — O garçom assente e sai. Suspiro aliviada.

— Obrigada. Eu não saberia o que pedir. — Digo bastante envergonhada.

— Não te preocupes. — Diz e pisca o olho.

Eu não acredito, este homem só pode ter duas caras! Beija-me pela segunda vez e logo de seguida reage como se não tivesse acontecido nada. Esta atitude começa a deixar-me bastante nervosa.

AmaraOnde histórias criam vida. Descubra agora