24

423 23 3
                                    


--------------------- ♥︎ ---------------------


Tento manter a calma enquanto caminho na direção da piscina. Preciso mostrar que estou bem, não vou deixar que aquela maluca perceba que eu já sei quem ela é. Ela pode ser apenas uma lunática, mas também pode ser a pessoa que atirou contra mim, deixando-me entre a vida e a morte. 

O melhor agora é ir até à piscina onde estão todos e esperar pelo John para lhe contar que me lembrei de tudo. Alcanço a piscina onde estão todos divertidos. Eles ainda não me notaram. 

– Olá doentinha. – Uma voz conhecida diz atrás de mim. 

– Olá Rafa. – Sorrio para tentar dar a ideia de que me encontro calma.

– Então já te aproveitaste do fantástico corpo daquele homem? – Ele pisca-me o olho. – Não penses que não notei a tua demora. – Provoca com um tom de voz divertido. 

Como pude-me esquecer da ousadia do Rafa? Mesmo com as minhas memórias de volta o facto de ele não ter um travão na língua deixa-me desconcertada. 

– Não é nada disso que tu estás a pensar. – Respondo envergonhada. 

– Não te preocupes gata que aqui o Rafinha foi o único que percebeu a vossa demora. – Diz a rir. 

– Rafa! Aconteceu uma coisa. 

A sua expressão muda instantaneamente ao ver a minha cara alarmada. 

– Eu recordei todas as minhas memórias. 

– Isso é excelente. – Explode de alegria. 

– Não. 

– Como não? 

– Recordas-te da mulher que me ameaçou no hospital? 

– Recordo sim. Nós tentámos encontrá-la quando levaste o tiro, mas como nunca nos deste uma descrição física a investigação não deu em nada. 

– A questão é essa. 

– O que queres dizer? 

– Eu acabei-a de ver aqui... na casa do John. 

– O quê? – Ele grita. – O que essa desgraçada faz aqui? 

– Não sei. – Faço um gesto para ele falar baixo. – Mantém a calma não quero que ninguém saiba disso ainda. Apenas estou à espera que o John volte do seu escritório para lhe contar. 

– Ela pode ser perigosa Mara. Não podemos ficar aqui parados. 

– Nós estivemos juntas num corredor completamente sozinhas e ela não me fez nada. 

– Não fiquei convencido. 

– Suspeito que o seu objetivo não seja matar-me. Há algo maior por trás disto tudo e acho que não passo de um peão no jogo maior. 

– Não sei se estou a entender.

– O John é um homem rico, com poder. Que recentemente ocupou o lugar do pai que era desejado por tantas pessoas. Desconfio que tenha algo a ver com isso. – Suspiro. – No entanto, não passam de suposições. 

– Suposições ou não, têm lógica. Tens razão o melhor é esperarmos pelo John. 

Quando me preparo para lhe responder sou interrompida pela minha mãe. 

AmaraOnde histórias criam vida. Descubra agora