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Embalo o meu bebé nos braços. Ele finalmente adormeceu. Estava bastante complicado fazer com que ele parasse de chorar e adormecesse.
Já passaram quatro meses desde o dia em que o Leonardo nasceu e desde esse dia que não durmo uma boa noite de sono.
– Dormiu? – O John entra no quarto e senta-se na cama a observar-nos.
– Sim. Custou um pouco, mas por fim consegui fazê-lo dormir.
– Será que hoje teremos uma noite descansados?
– Eu realmente espero que sim. Quero estar com boa cara quando formos buscar a nossa menina.
– Estou tão ansioso por a termos finalmente connosco.
Caminho com o Leo no colo até ao seu berço. Deito-o com muito cuidado para ele não acordar. Vou para junto do John que me encara com um sorriso.
– És uma excelente mãe. – Ele comenta com um brilho intenso nos olhos. – Eu amo-te.
– Eu também te amo muito meu anjo.
Ele deita-se e puxa-me para o seu peito. Eu adoro estar aqui no conforto dos meus braços. Sinto-me viva. Sinto-me protegida. Acima de tudo sinto-me amada.
– Preparada?
– Sim. Deixa-me só colocar as luvas no Leo e podemos ir.
Entramos no carro e finalmente estamos prontos para irmos buscar a nossa menina. A nossa filhota linda.
Quando acompanhava a Laura ao orfanato para estarmos com a Natália, passamos a brincar imenso com a menina e a sua amiguinha Rita, a menina ruiva que me abordou na primeira vez que lá fui. As duas eram inseparáveis, então quando a Naty foi adoptada pela Laura e foi embora do orfanato a Ritinha ficou muito triste, prometi voltar sempre para a ver e assim o fiz. Todas as semanas visitava a menina. O John decidiu ir comigo um dia e também a conheceu. Assim que viu a pequena ele apaixonou-se por ela instantaneamente.
Passou a acompanhar-me nas visitas, até que um dia ele admitiu que a amava como uma filha e que via que eu também sentia o mesmo. Então concordámos em oficializar isso e adopta-la.
Continuámos a visitá-la sempre sem lhe contar o que pretendíamos fazer. Hoje vamos surpreendê-la. Espero que ela fique tão feliz como nós estamos.
Depois de sairmos do orfanato com ela teremos uma festa de boas vindas na casa da Laura.
Assim que chegamos tocamos à campainha do orfanato e assim que anunciamos os nossos nomes a porta é aberta e somos recebidos com o sorriso da senhora que acompanhou todo o caso desde o início.
– Fiz como me pediram. Disse que hoje chegavam os futuros pais dela, mas não disse que eram vocês. A menina ficou muito triste por saber que tinha sido adoptada. – Parte-me o coração ouvir isso. – Ela queria muito que fossem vocês a adopta-la.
– Vamos lá fazer-lhe uma surpresa. – Digo com um sorriso triste por saber que a minha menina está a sofrer.
Seguimos-a até ao quarto que era da Rita até hoje. Ela dá duas batidas na porta e abre uma pequena fresta.
– Ritinha? Os teus pais chegaram.
Como não obtivemos resposta entramos. Ela está deitada de barriga para baixo percebo que está a chorar. Entrego o Leo ao John e aproximo-me dela. Ajoelho-me no chão e coloca a minha mão sobre os seus cabelos e massajo suavemente.
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Amara
ChickLitLIVRO 1 Chamo-me Amara Abrantes, mas detesto o meu nome portanto chamem-me apenas de Mara. Tenho 23 anos e acabei agora a universidade, formei-me como profissional de Relações Públicas. Sou solteira, não por opção minha, mas sim dos outros. N...