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Passei o fim de semana na casa do John. Ele está neste momento a insistir levar-me para a empresa. Estou tão frustrada que apenas vejo os lábios dele mexer.
Que homem teimoso! Será que lhe custa muito compreender que se chegarmos juntos à empresa, estamos a dar espaço para a Morgana espalhar mais rumores.
– Mara o que importa o que os outros pensam? – Pergunta frustrado. – Não tem jeito nenhum tu ires de autocarro ou de taxi quando vamos os dois para o mesmo sítio.
– John entende, por favor. Eu não quero que os outros me vejam chegar contigo. – Respiro fundo para me acalmar. Que teimoso!
– Nós somos amigos, não somos?
– Claro. – Confirmo o óbvio.
– Então o que importa se nos vêem juntos. – Eu não acredito que caí na sua armadilha.
– Importa porque... – Importa porquê? Sei lá porque é que importa. Não sei o que lhe responder. – Não sei porque importa, apenas não quero que me vejam chegar contigo. – Amuo.
Boa Mara! Excelente resposta! Quantos anos tens? Reviro os olhos mentalmente em resposta ao meu consciente.
– Anda Mara. – Ele insiste. – Não importa o que os outros pensam. Nós somos amigos. – Concluí enquanto se aproxima de mim e deposita um beijo na curva do meu pescoço.
– Como queiras! – Respondo baixinho derrotada.
– Disseste o quê? – Ele pergunta matreiro.
– Sei que tu ouviste. – Olho-o com raiva. – Vamos os dois juntos.
Mal termino de falar ele beija os meus lábios com paixão. Este homem vai ser a minha perdição, sobretudo quando me beija desta forma.
– Obrigada. – Diz entre beijos a sorrir vitorioso. Vê-lá se não engoles esse sorriso.
Assim que entramos pelas portas da empresa os olhares dos funcionários caem sobre nós. Embora todos tenham noção da nossa amizade, continuam a olhar-nos de forma estranha. Isso irrita-me, mas vai-se fazer o quê?
– Eu disse-te que eles iam olhar feio para nós. – Puxo-o pelo blazer para chegar ao seu ouvido. – Não devia ter-te dado ouvidos. Eu devia ter vindo de autocarro. – Completo furiosa.
– Tu preocupas-te demasiado com a opinião dos outros.
– Eu preciso. Não passo de uma mera funcionária e tu em breve serás meu chefe.
– Já sei disso. – Ele revira os olhos. – No entanto, isso não muda em nada a nossa amizade.
– Espero que não. – Respondo baixinho, mais para mim do que para ele.
Aproximamo-nos do elevador e esperamo-lo, assim que ele chega ao nosso piso as portas se abrem revelando a Morgana, que nos olha com desdém. Ignoramo-la e entramos no elevador. Assim que as portas se fecham sou atacada pelos lábios do John. O seu beijo é cheio de luxúria e desejo. Afastamo-nos para recuperar o fôlego e sorrimos um para o outro.
– Temos de parar com estes ataques repentinos, alguém pode aparecer. – Acuso-o.
– Ninguém vai aparecer. – Diz e pisca-me o olho.
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Amara
ChickLitLIVRO 1 Chamo-me Amara Abrantes, mas detesto o meu nome portanto chamem-me apenas de Mara. Tenho 23 anos e acabei agora a universidade, formei-me como profissional de Relações Públicas. Sou solteira, não por opção minha, mas sim dos outros. N...