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— E posso saber porquê? — O John pergunta.

— Simplesmente detesto o meu nome. Então os meus amigos tratam-me apenas por Mara.

— Mas o teu nome é tão bonito, tão incomum. Eu gosto.

— Obrigada, mas continuo a não gostar. —Digo com um sorriso.

— Está bem Mara. Queres que te leve a casa? — Encaro-o desconfiada. — Como amigos, claro.

— Nesse caso aceito. Deixa-me apenas ir buscar a minha bolsa e organizar as minhas coisas.

— Quando estiveres pronta dá dois toques na minha porta para eu sair.

Assinto em resposta e entro no meu escritório. Paro para pensar em tudo o que aconteceu no dia de hoje. Primeiro o John é bastante simpático, depois beija-me, depois é novamente um parvo, volta a pedir-me para sermos amigos. Que confusão! Só espero não me arrepender desta amizade.

Recolho as minhas coisas e saiu. Tal como o John me pediu dou dois toques na porta do escritório dele.

— Já saiu. — Ouço-o dizer lá de dentro.

Ele sai e encara-me com um sorriso. Oh meu Deus como o sorriso dele é tão lindo.

— Adeus Maria. — Grito para a Maria que nos encara espantada.

— Adeus Mara. Adeus Sr. Hetzel. — Ela diz sorridente.

— Adeus Maria. — O John responde.


— Sábado tens planos? — Pergunta o John.

— Não, estou livre.

— Vai inaugurar um bar aqui na zona, eu fui convidado e não posso falhar e os meus amigos não podem ir já têm outros planos, portanto não me apetecia muito ir sozinho. Podes vir comigo, por favor?

— Como amigos. Certo?

— Claro como amigos.

— Posso levar amigos? A Laura e o Rafa iam adorar ir. Eles são bastante divertidos, não te vais arrepender se eles forem.

— Penso que eles podem ir. — Ele responde desapontado.

— Boa. Logo já lhes vou dar a notícia... eles vão adorar.

— Então e como são esses teus amigos? — Pergunta realmente curioso.

— Bem, conheci-os na altura que mudei de visual. Foi o Rafa quem me aconselhou a ir ao salão dele para mudar de visual e foi lá que conheci a Laura que é uma excelente estilista... a propósito tenho uma pergunta para te fazer.

— Diz. — Ele sorri. E que sorriso ele não tem.

— Como é que me reconheceste?

— Já te disse. Eu nunca esqueço de um par de olhos.

Não puxo mais assunto, mas sinto que ele não me está a contar tudo. Fazemos o resto do caminho em silêncio.


— É aqui o meu apartamento. — Percebo o seu olhar indignado. — Quando cheguei não era bonita, nem me vestia muito bem então foi complicado arranjar emprego. Grande parte dos empregos tem como base a aparência então como os meus recursos eram escassos tive que me contentar com pouco. — Não sei porquê, mas sinto-me na obrigação de explicar.

AmaraOnde histórias criam vida. Descubra agora