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Sento-me à espera do John. Finalmente poderei sair deste hospital horrível. Tenho pena de não ter sido acompanhada pela enfermeira Isabel. Ela foi realmente muito importante para mim na última vez que estive hospitalizada.
– Vamos? – O John pergunta.
Estou tão envolta em pensamentos que não me apercebo da sua chegada.
– Vamos meu amor.
– O que se passa? Aconteceu alguma coisa?
Às vezes acho que sou demasiado transparente para o John. Ele sabe exatamente se me sinto triste ou contente sem eu precisar de abrir a boca.
– Não. – Suspiro. – Apenas estava com esperança de ver a Isabel.
– Realmente é estranho ela não ter passado por cá. – Diz pensativo. – Mas esquece isso. Agora vamos para casa descansar. – Ele está tenso. – Amanhã será um dia em grande.
Percebo onde ele quer chegar.
– O teu pai concordou fazer o teste de paternidade?
– Sim. Ele tentou tranquilizar-me de que mesmo que não seja filho de sangue, que continuo a ser seu filho. Eu não acredito nas suas palavras. Se eu realmente não for filho dele de sangue muitas coisas irão mudar.
– Não penses nisso agora.
– Não consigo pensar noutra coisa desde o momento em que tu apareceste. – Admite temeroso.
– Eu sei que não é fácil, mas acredita eu estarei aqui para ti aconteça o que acontecer.
– Obrigado. – Ele aproxima-se com os olhos marejados e envolve-me num abraço firme. Antes de se afastar beija-me a testa. – Foste a melhor coisa que me aconteceu. Não sei o que seria de mim se não tivesses aparecido na minha vida.
– Eu sei. – Respondo num tom de brincadeira.
– Modesta é sem dúvida o teu nome do meio. – Sorri e dá-me um leve empurrão. – Anda. Vamos para casa descansar.
Caminhamos de mãos dadas até à saída do hospital, ouço passos atrás de nós. Fico assustada. O John percebe e aperta-me a mão. Olho para trás e sinto um enorme alivio ao perceber que são os agentes que foram destacados para nos proteger.
Chegamos a casa e respiro fundo.
Lar doce lar. É tão bom estar em casa.
– É mesmo. – Percebo que pensei alto. – Fiquei louco quando percebi que tinhas desaparecido. O meu mundo ruiu aos meus pés.
– Eu agora estou aqui. – Lanço-lhe um sorriso tímido.
– Eu sei amor. Percebi que não te posso perder. Tu és o sol dos meus dias. Sem ti é tudo cinzento. Sei que é cliché, mas a verdade é que não sei o que seria de mim sem ti.
– Eu sei John, comigo passa-se exatamente o mesmo.
– Percebi que o que mais quero é passar o resto da minha vida ao teu lado. Se que não é o momento mais romântico e talvez não seja da forma que sempre sonhaste. – Ele ajoelha-se à minha frente e percebo finalmente o que ele quer dizer. – Amara Abrantes queres casar comigo? – Enquanto pede pega uma caixinha de veludo preto do bolso de suas calças. Dentro da caixa está o anel mais bonito que alguma vez vi. É simples. De ouro branco, com um pequeno diamante a adorná-lo.
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Amara
ChickLitLIVRO 1 Chamo-me Amara Abrantes, mas detesto o meu nome portanto chamem-me apenas de Mara. Tenho 23 anos e acabei agora a universidade, formei-me como profissional de Relações Públicas. Sou solteira, não por opção minha, mas sim dos outros. N...