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Estar aqui diante dos meus amigos, faz-me temer o que a Sara ainda possa ter planeado para nos afetar a todos.

Eu não quero acreditar que ela é má pessoa, porém as suas atitudes são claras. Sinto-me inquieta por saber que ela não vai descansar até prejudicar o John.

Hoje os meus amigos passaram o dia comigo. Foi um dia bastante agradável. Chegou a hora do jantar e todos foram embora deixando-me apenas a mim e ao John.

– Tens a certeza que não queres ir? – Pergunto mais uma vez.

– Eu quero ficar aqui contigo. Eu não vou a lado nenhum.

– E agora? – Pergunto um pouco cautelosa, a verdade é que não queria tocar neste assunto, mas sei que mais tarde ou mais cedo temos que falar disto. – Achas que o que ela disse sobre não seres filho do Sr. Marco é verdade?

– Eu não sei. Quero tirar essa história a limpo... não consigo viver com a incerteza.

– Se ela tiver razão? – Pergunto um pouco relutante.

– Nesse caso eu não sei o que irei fazer. – Ele encara a parede atrás de mim. – Mas o que ela diz é verdade a empresa não me pertence.

– Tu és a pessoa indicada para comandar aquela empresa e não ela que é uma sem noção.

Ele respira fundo.

– Aconteça o que acontecer apenas promete-me que não me deixas. Tu és o meu porto seguro. – Leva as minhas mãos aos seus lábios e deposita lá um beijo suave.

– Não te preocupes. Aconteça o que acontecer estou aqui.

– Quando saíres daqui podes vir comigo a um laboratório fazer o teste de ADN?

– Claro meu amor. Mesmo que tu não pedisses eu iria na mesma.

Após a nossa breve conversa ficamos os dois em silêncio a brincar com os dedos um do outro. 


Acordo e percebo que já é de manhã. Olho à volta e não encontro o John. Toda esta história não deve estar a ser fácil para ele. Não consigo imaginar o que vai acontecer se realmente for verdade.

Porque será que eu nunca ouvi falar nada sobre a mãe do John? Se realmente for verdade apenas ela saberá quem é o pai dele.

– Estás acordada. – Constata o John assim que entra com um café nas mãos.

– Acabei de acordar.

– Desculpa, fui apenas pegar um café.

– Não faz mal.

– No corredor cruzei-me com o médico e ele disse-me que em principio amanhã já poderás ter alta.

Encaro-o estupefacta. Não consigo acreditar que amanhã finalmente sairei daqui. O ideal seria ter alta e o meu bebé continuar aqui, mas é bom poder sair deste hospital.

É doloroso pensar que podia estar a gerar o fruto do meu amor com o John, mas por culpa da mulher que chamei de amiga até há pouco tempo não é mais possível.

– Não penses nisso. Nós vamos superar juntos. – O John simplesmente diz como se tivesse ouvido os meus pensamentos.

– Eu sei que vamos superar, mas é que não pude amar devidamente o ser que crescia dentro de mim.

AmaraOnde histórias criam vida. Descubra agora