Tão Intenso - Livro 1 Completo ( Editando )

Capitulo 11 desconfianças

Cheguei ao hospital alvoroçada para ver Natalye, logo minha entrada foi autorizada, subi sozinha pois Naty já estava com uma visita. Entrei no quarto do hospital e encontrei minha ruivinha e meu loirão os dois me olharam ao mesmo tempo, Jorge com uma expressão triste e Naty confusa.

- Naty, amiga que saudade - corri e a abracei, ela me abraçou de volta mais não com a mesma saudade que eu - O que foi?

- Desculpe... eu... eu não me lembro de você. - ela diz sem graça

- Como assim? Que brincadeira é essa? - digo rindo sem emoção.

- Não é brincadeira Carol - Jorge me puxa pra um canto - Natalye perdeu a memória, ela não sabe nem quem é.

- Como... - entro em choque. Não, não a Natalye

- Os médicos irão fazer exames, enquanto isso não devemos sobrecarrega-la com muitas informações.

- Tudo bem - volto até Naty e pego sua mão - Estou feliz que esteja bem.

- Onde nos conhecemos? Qual seu nome? Qual a nosso ligação?

- Meu nome é Caroline Johnson mais todos me chamam de Carol, nos conhecemos em um desfile, somos amigas a 9 anos. - uma lágrima escapou - E você é minha melhor amiga.

- Não chore, isso faz com que eu me sinta mal. Sinto muito não lembrar de você, eu não lembro nem quem eu sou, tudo o que sei foi o que me contaram. Sabe como é acordar sem saber nem seu nome? - ela também chora - Estou confusa, não sei em quem confiar, não sei nada... nada.

- Naty, não se agite - Jorge intervem - Vai ficar tudo bem você vai ver.

- Sim, você vai ficar bem. Estou aqui, pode contar comigo

- Eu sei, sinto que posso - ela sorri mais ainda chora.

◆◇◆

Chego a sala de visita e um Christopher preocupado vem até mim

- Como ela está? - pergunta e eu o abraço forte.

- Sem memória

Choro pela minha amiga, é triste saber o que ela está passando, é triste saber que está sofrendo e pior ainda nem sabe quem ela é.

- Como assim?

- Ela perdeu a memória no acidente.

- Sinto muito.

- Eu também.

Fico uns minutos calada, nos braços dele depois me afasto.

- Vai pra casa agora? - Pergunta Chris acariciando minha bochecha.

- Sim.

- Vamos. - ele pega em minha mão e se vira para andar, como não me mexo ele para e me olha.

- Quero ir sozinha.

- Mais...

- Por favor... Chris...

- E como vai?

- Eu dou um jeito.

Saio sem olhar para trás, andei pensando ontem antes de dormir, o que estou fazendo? Eu não conheço Christopher e ele de certo modo é muito estranho, fechado e eu não gosto de estar atrás em alguma situação. Preciso conhece-lo porém arrancar informações dele eu não vou conseguir, o jeito vai ser descobrir eu mesma. Antes de sair pedi a chave do carro de Jorge, ele vai ficar com Naty o dia todo então me deu a chave, irei seguir Christopher e ver o que consigo, poderia sim contratar um detetive mais quero fazer isso desde já, também não quero ninguem se metendo no meio, se for pra descobrir algo será por mim mesma.

Entro no carro de meu amigo e saio do estacionamento do hospital, paro um pouco a frente do carro de Chris que está estacionado perto da calçada e espero. Olho pelo espelho retrovisor e logo Chris aparece, com seu andar sexy, sua postura mostrando confiança... foco Caroline!.

Ele entra em seu carro, dá a partida e sai cantando pneu. Ligo o carro de Jorge e assim que ele passa por mim eu começo a segui-lo, em uma distância segura, o sigo por um caminho totalmente oposto de onde é seu apartamento. Depois de bem afastados de onde ele mora, Chris para em frente a um prédio, muito lindo por sinal.

Ele entra na garagem, então estaciono na calçada e espero.

O tempo começou a passar e junto foi levando minha dignissima paciência.

Pensei em subir e ir atrás mais de que adianta? Não sei porque ele está aqui. Talvez veio visitar alguem, um amigo, parente... ou a puta que pariu mais que ele não mora aqui eu sei. Esperei, esperei e esperei, anoiteceu e nada de Christopher, já está escuro, meu estomago ronca de fome. Um barulho me assusta, então me dou conta de que é meu celular tocando em minha bolsa. Pego e vejo o nome de Chris na tela, atendo e não digo nada.

- Carol?
- Sim?
- Tudo bem? Onde está?
- No hospital e você?
- Estou em casa
- Hum...

Mentiroso, porque ele mente tanto? Penso em desligar mais ele fala antes que eu o faça.

- Posso passar a noite na sua casa?
- Claro.
- Já estou indo então.
- Estarei esperando.

Desligo e não saio do lugar, Chris aparece depois de um tempo com o carro e sai. Novamente o sigo e ele vai direto para meu apartamento. Levo o carro para Jorge no hospital e pego um táxi, chego em meu apartamento e Christopher está em uma conversa bem animada com Gia, a filha de minha cozinheira. Essa nojentinha tem em torno de seus 17 anos e é óbvio seu desejo pelo MEU Christopher.

- Oi amor - digo e abraço Chris.

- Oi linda - me da um selinho e analisa minhas roupas - Passou o dia fora?

- No hospital.

- Ata.

- Venha amorzinho, porque agora quero me deliciar com seu corpo.

Digo de propósito como um cão marcando território estou marcando Chris na frente de Gia.

- É mesmo? Mal posso esperar. - Chris responde com malicia e Gia some.

- Mais antes vamos comer.

Vamos para a cozinha e nos sentamos no balcão, Gia veio passar o dia com sua mãe e ajuda-la, como minha covernanta não está na cozinha, quem nos serve é Gia.

- Aqui está senhora - diz com cara de bunda.

- Obrigado.

Chris e eu comemos quietos. Se vocês pensam que vou deixar isso pra lá estão enganados, contratarei um detetive para descobrir quem mora naquele apartamento que Chris passou o dia, ele não me escapa. Se não me conta as coisas descobrirei eu mesma!

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Agora sim, Carol finalmente vai tomar uma providencia e finalmente vamos investigar esse homem misterioso.