Tão Intenso - Livro 1 Completo ( Editando )

Capítulo 26 A verdade dói

Segunda n teve capítulo pq o wattpad n queria publicar meu capítulo, tentei tanto mas n ia. Fiquei irritada e desisti de postar, sei que é chato esperar determinado dia o capitulo e ele não chegar, por isso n terei mais dia certo de postagem. Toda semana tera capitulo e qnd n tiver eu aviso. Eu sou leitora e sei como isso é chato mas é melhor do que prometer e não cumprir.

Beijinhos.

*Capítulo sem revisão.*

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Caroline Johnson

Meu olhar paralisou nos colchões. Estou em silencio e minha cabeça esta maquinando sem parar. Tudo faz sentido agora, a forma como ele mudava seu humor escuro perto de mim, a preocupação quando chegou no hospital... Ele estava preocupado dela contar e estragar tudo, por isso a desculpa ridicula. Será que ele acha que sou burra?

O alivio quando soube que Natalye estava sem memoria... Desgraçado! Infeliz! Brincou comigo, mesmo depois de ter aberto meu coração. Eu sabia! Sabia que não deveria ter aberto meu coração novamente, toda vez que me entrego no amor vem alguem e pisa em cima. Por isso eu era dominadora, poder controlar meus sentimentos... Pisar nos sentimentos de homens como Christopher e Eitor era o meu prazer, porque todos são iguais e merecem sofrer como eu sofri, como eu estou sofrendo agora.

Eu prometi a mim mesma que seus segredos não iam mudar em nada, que não iam atrapalhar o que temos. Grande erro! Olho para Natalye ela esta com uma expressão preocupada no olhar.

Você não tem culpa, eu tenho! Isso é pra largar mão de ser trouxa.

Me levanto e com calma caminho até meu quarto. Preciso quebrar alguma coisa e minha linda TV de plasma estava em linha de fogo então vou em direção de algo que realmente precisa ser destruido.

Entro em meu quarto, que até pouco tempo era um quarto normal com uma grande cama encostada na parede do fundo que é preta - enquanto as outras são brancas. Olho em volta, do outro lado do quarto onde esta minha penteadeira vejo meu reflexo no espelho e me vejo acabada emocionalmente. Olho para a direita de onde esta a penteadeira... A porta do closet, meus olhos continuam obsevando meu quarto. Continuo contornando o quarto com o olhar, sempre olhando pra direita. Depois da porta do closet, na parede existem prateleiras com livros e alguns ursinhos que Christopher me deu. Olho para o chão, para o grande tapete branco de veludo e continuo meu olhar até parar na cama com lençóis negros de ceda, criados mudos de cada lado da cama e em cima desses criados abajures.

Meus olhos passam retos pela cama e seguem até a janela onde uma mesinha com meu telefone se encontra e um chaise longue azul esta perto, ali é um lugar que gosto de me sentar e apreciar a vista. Cada cantinho desse quarto tem lembranças dele, meu quarto agora tem a essência dele e isso me deixa com ódio. Olho novamente para a cama e meu olhar se fixa na parede atrás dela. Quadros e mais quadros enchem aquela parede, fotos com Christopher no barco, aqui em casa, na casa dele e até mesmo uma no carro. Fotos nas quais ele esta me abraçando, sorrindo e acariciando meu rosto.

Sigo para o fundo do quarto, pego o meu quadro preferido, o maior de todos que é em preto e branco. Tiro o quadro da parede e olho para o casal na foto, a garota de olhos fechados e sorriso nos lábios não parece mais comigo, essa garota esta feliz enquanto seu amado acaricia seu rosto e a olha com amor. Uma farsa, essa foto é uma fralde! O amor não é bonito, ele machuca, dói e destroi sem pena.

Ergo o quadro acima da cabeça e o jogo no chão com toda a minha força. O vidro do quadro se estilhaça no chão fazendo um barulho alto. Pego cada quadro, um por um e os taco no chão. Jorge e Natalye aparecem na porta com olhares assustados e preocupados. Sinto raiva mais também tristeza. Lágrimas começam a sair e eu volto para minha tarefa de destruir aquelas lembranças falsas.

- Mentiroso! - Tac! Outro quadro estilhaçado - Hipócrita! - Tac! - Falso! Filho da puta desgraçado! - Tac! Tac! - Brincou comigo... Me fez de idiota.

Perco as forças nas pernas e meus joelhos fraquejam. Sinto uma leve tontura e caio de joelhos no chão, sinto cacos de vidro cortarem minha pele, sinto o sangue escorrer mas nada dói tanto como aqui dentro, no meu peito. Nada poderia me causar uma dor como esta.

- Carol... - Jorge vem até mim e me pega no colo. Se senta em minha cama e me aninha contra seu peito. - Anjinho... Não chore por ele, não vale a pena.

- Dói, Jorge. Esta doendo - digo chorosa.

Ouço barulhos de passos e sinto uma mão quente acariciar meu ombro.

- Eu sinto muito - Natalye fala baixinho.

- Não sinta! Ele vai me pagar pelo o que me fez.

- Não, Carol. Nada de vingança, esquece esse cara pra lá e siga sua vida.

- Eu não entendo. O que eu fiz pra merecer isso? Quem realmente é o cara que me apaixonei? - soluço e balanço a cabeça.

- Um canalha que não merece seu amor. Natalye pegue o kit de primeiros socorros.

Natalye se afasta e Jorge me deita em minha cama. Olho para o teto me sentindo fraca, indefesa, uma grande otaria. Naty volta com o kit e entrega a Jorge.

- Vai doer um pouco - avisa e joga soro em cima das feridas em meus joelhos.

Com uma pinça tira alguns pedacinhos de vidros das feridas e começa a dar pequenos pontos para fechar duas feridas que ficaram enormes. Coloca um band aid em cima e guarda tudo na caixinha vermelha. Estou quieta, não sinto nada parece que estou anestesiada e tudo o que sinto é o aperto no peito.

Jorge deita ao meu lado na cama e Natalye ocupa o outro lado. Eles me abraçam juntos e eu fico ali chorando em silencio.

◆◇◆

Chorei até adormecer e quando acordei apenas Jorge estava na cama comigo. Me sento na ponta da cama e olho para o chão. Limpo. Natalye deve ter limpado minha bagunça. Desço da cama e me sinto tonta, ouço um barulho bizarro e percebo que vem do meu estomago. Caminho para a cozinha e encontro Natalye arrumando tudo em cima da mesa. Estou com fome mas não sinto vontade de comer, tudo que quero é me deitar e chorar, chorar até essa dor sumir.

- Olá. Ja de pé? - Natalye coloca um bolo na mesa e vem perto de mim - Como se sente?

- Péssima - respondo.

- Venha, com um suquinho vai melhorar.

Melhorar? Isso é uma piada?

Me sento e Natalye fica me olhando. Pego um pão de queijo e mordo metade, mastigo devagar olhando para o copo com liquido com um tom meio engraçado - não é vermelho mas também não é rosa, uma mistura dos dois - que esta em minha frente.

- Suco natural de morango com leite - Natalye explica.

Jogo o outro pedaço de pão de queijo na boca e olho para Naty. Ela me olha atenta como se eu fosse evaporar a qualquer momento.

- Senta. Come comigo - digo dando um pequeno sorriso.

Ela se senta ao meu lado e pega um pedaço de bolo.

- Esta pálida - observa e balança a cabeça - Jorge ainda esta dormindo?

Ela quer evitar falar sobre ontem a noite eu também quero mas sei que logo terei que encarar Christopher e não estou pronta para isso.

- Esta sim. - bebo um gole do suco e suspiro - Você acha que ele é o que? Algum agente do FBI ou algo assim?

- Eu não sei. Talvez sim.

- O que minha familia tem haver com tudo isso?

- Eu não sei Carol.

Ela não sabe e eu também não sei, só existe uma pessoa no momento que pode me responder isso.

Christopher.