Capitulo 5 Quem é você?

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— Porque ela te chamou de "Chris" depois de "Christopher"? — pergunto como quem não quer nada.

— Eu vou saber, mulher doida — ele diz e parece tão sincero, mais por que seu olhar não bate com suas palavras?

Derrepente Henry se coloca de pé e me puxa junto com ele, já saindo do bar ele grita para colocarem minha conta na conta dele. Henry sai me arrastando junto com ele e não sei pra onde vai então bruscamente solto minha mão das suas. Ele para e me encara.

— Onde pensa que está me levando?

— Meu apartamento é a três quarteirões daqui.

— E quem disse que quero ir para seu apartamento?

— Quero que me explique quão complicada é.

   Estende sua mão e eu a pego sem receio. Quer saber melhor jogar de uma vez a bomba, se ele aceitar bem se não a vida segue.

  Chegamos a seu apartamento que fica no 17° andar. Seu apartamento é bem masculino e o que me chamou a atenção é o fato de que tudo é nas cores preta, branco e cinza. Me sento no sofá na cor cinza e Henry vai para o fundo da sala onde existe um tipo de mini bar, ele retorna com duas taças na mão e pela cor chuto ser vinho.

  Ele me entrega uma taça e se senta ao meu lado, bebo tudo em um gole, o vinho desce queimando e me dando coragem para falar. Henry me encara e eu faço o mesmo.

— Sou uma dominadora — digo pegando tanto a mim quanto a Henry de surpresa.

— Como Christian Grey? — pergunta depois de um tempo em silencio.

— Não exatamente mais sim, como o Christian.

— Ah então vai me dizer que não posso te olhar nos olhos, ou te tocar ou...

— Não sou um personagem ficticio, oras essa. — reviro os olhos.

   Henry se levanta e começa a andar de um lado para outro e sem um aviso previo taca sua taça na parede fazendo o liquido que ali estava manchar a parede e quebrando em pedacinhos a taça.

— Por que está tão bravo?  — pergunto me colocando de pé.

— Porque sei o que você quer de mim e não posso te dar isso.

— Ok, foi bom te conhecer — lhe entrego a taça e ele a taca onde tacou a outra — Está louco?!

— Por você! Eu gosto mesmo de você!

— Ah por favor, só nos vimos duas vezes e foi suficiente

  Minhas mãos tremem e soam, minha garganta seca e minha voz falhou. Oras por que tudo isso? É  só uma mentirinha

— Mentira, sei que sente algo por mim, assim como sinto algo por você.

— Mais como você disse não pode me dar o que quero — abaixo a cabeça e dou um risinho triste — Muito complicada?

— Muito.

— Adeus Henry.

   Saio de seu apartamento e vou em direção ao bar. Onde estava com a cabeça? Quando quero um submisso vou a merda do clube. Era óbvio que Henry não poderia me dar o que quero. Sinto uma sensação estranha, minha nuca pinica como que se me avisando de algo. Olho para trás e não vejo ninguem, raramente passa um carro nessa rua, também isso não é hora pra uma dama andar sozinha por ai.

  Quanto mais ando mais o bar parece longe.

— Ei! Gosxtosaa — ai legal um bêbado.

   Começo a andar rapido e o homem também, ele começa a andar rapido e eu a correr. O homem corre atrás de mim e suas mãos asperas puxam meu corpo de encontro ao seu. Ele beija meu pescoço e seu cheiro, seu toque me causam nojo.

— Me solta! Socorro! — grito tentando me afastar dele.

— Calada graxinha.

    Ele me dá uma forte mordida no pescoço e a dor me desperta. Lembro-me de minhas aulas de auto defesa e lhe acerto um chuto com toda força na virilha do cara.

   Começo a correr para o bar onde meu carro está mais minhas pernas estão moles e como um abacate podre caio no chão. Sem forças pra me levantar apenas me viro e encaro o homem nojento vindo em minha direção. Minha visão está turva e não vejo direito, sei que Henry apareceu, gritou coisas que não entendi e deu uma surra no cara o colocando pra correr.

— Você está bem? — pergunta e concordo com a cabeça sem conseguir falar por conta do medo que passei — Consegue se levantar?

  Tento me levantar e caio nos braços de Henry, ele me pega no colo e segue para seu apartamento, estou tão mole que não protesto apenas enrosco meus braços em seu pescoço e apoio a cabeça em seu ombro.

  Henry me coloca sentada no sofá, sai e volta com um copo de água. Pego o copo, que treme em minha mão, e bebo a água. Derrepente sinto uma vontade de chorar e antes que eu pense sobre isso sinto lágrimas molhando meu rosto.

— Obri-obrigado — gaguejo em um sussurro.

— Ei, está tudo bem.

— Pareço uma idiota não é?

— Não, você está mostrando que apezar da máscara de durona é uma mulher sensivel.

  Não acredito que estou chorando na frente dele, os unicos homens que já me viram chorar foi o merda do Eitor e Jorge. Não gosto de envolver as pessoas nos meus problemas, não quero que me olhem com pena, como Henry me olha agora. Afinal porque estou chorando? Por medo? Eu não sei, só sei que não consigo parar.

  Henry me pega no  colo e me beija, começa a andar comigo no colo sem parar de me beijar, me deita na cama e para de me beijar, estamos em um quarto e a unica luz é a do abajur. Henry se livra das roupas e eu lhe ajudo a se livrar das minhas e acabamos fazendo amor, coladinhos, lento, um saboreando o outro.

 Tão Intenso - Livro 1 Completo ( Editando )Onde histórias criam vida. Descubra agora