Capítulo 17 Caroline e Christopher

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Ele não responde, apenas me olha, estuda meu rosto e fica me encarando.

— Diz alguma coisa — digo já impaciente

— Eu não posso — suspira e abaixa a cabeça.

— Mas é claro que não — digo ironica e saio de seus braços.

— Por favor me entenda, Caroline... eu não quero perde-la

  Seu semblante está pesado e sinto a verdade em suas palavras, mas como acreditar?  Isso é demais pra mim. E mais uma vez meu coração foi destruido, sou uma burra mesmo.

— Adeus, Christopher — saio de sua sala e passo pela porta sem olhar pra trás.

  Não importa o quanto está doendo, não vou chorar, me recuso a derramar mais uma lagrima sequer por ele, ele não merece minhas lágrimas e hoje mesmo vou ao clube de fetiches para arrumar um novo submisso.

CHRISTOPHER CARTER

Caroline saiu sem olhar pra trás. Ta certo que ela me pegou na cama com outra, mas porra não fiz nada. Se eu tivesse enfiado meu pau em uma mulher gostosa, como a que está no meu quarto, eu saberia. Puta. Que. Pariu. Não sei que porra aconteceu aqui só sei que não posso perder Caroline agora, logo agora que tudo está dado certo. Se eu fizer merda Abraão vai colocar tudo a perder e nesse momento em que tudo está correndo bem não posso correr o risco de perder tudo por causa da Caroline.

   Volto pro quarto e a ruiva peituda está sentada na minha cama, com um espelinho na mão passando um batom vermelho. Está arrumada e muito bonita, mais não tão bonita como minha loirinha é... porra! Ainda não acredito que cai na armadilha do amor, se estar apaixonado é assim, pensar na pessoa a cada minuto... eu to muito fodido

— Aonde pensa que vai? — pergunto encarando a ruiva que nem sei o nome.

— Embora — diz como se fosse simples assim

— Vai porra nenhuma. Vai me explicar quem caralho é você e o que está fazendo aqui!  — digo nervoso e a safada olha pro meu pau e morde os lábios, olho pra baixo e vejo o que ela olha — Para de olha pro meu pau duro, porra!

— Tudo isso foi meu ontem a noite e parece que hoje você quer mais — continua olhando meu pau.

— Não estou duro por sua causa e sim porque acordei quase agora. E duvido muito que tenha trepado com você.

— Como pode ter tanta certeza? Estava tão bêbado ontem que aposto que não lembra de nada — essa porra fala de um jeito... até suspeito eu diria.

— Se eu estivesse muito bêbado ao ponto de esquecer tudo provavelmente estaria muito bêbado e fraco para trepar com você! Então para de sacanagem comigo porque não estou achando graça!

— Querido você estava bem fogoso ontem, como ousa dizer que estou mentindo?! — ela se põe de pé e joga o espelinho e o batom na bolsa

— Porque eu me conheço, sua porra infeliz

— Isso... hmmm — ela gemeu e se aproximou de mim passando suas unhas grandes e vermelhas em meu peito nu — Me xinga que eu gosto. Você me xingou assim ontem.

  Me afastei dela sentindo mais que repulsa e nojo. Mulher asquerosa, como ousa colocar as mãos em mim como se eu fosse tolo para cair nesse joguinho dela.

— Agora me escuta bem, só vou perguntar uma vez.. quem é você?

— Helen... — ronrona seu nome como uma gata manhosa

— O que esta fazendo aqui? E não me venha com essa de " nós transamos "

— Bem... nós trepamos — reviro os olhos revoltado com isso — E foi muito gostoso.

  Abaixo a cabeça e respiro fundo. Mas é uma porra teimosa mesmo um cacete desse. Eu não transei com essa rapariga... eu sei!

— Deveria ter filmado para me lembrar de cada momento com seu pau em mim.

Filmado... ? Mas é claro! Como pude me esquecer das câmeras que tenho por todo apartamento. Lembro de ter colocado cada uma delas bem escondidas, são essencias para com o que venho fazendo.

— Fica ai. — aponta pra Helen e saio andando.

  Vou para meu escritorio nos fundos ( que na verdade não é um escritorio ) abro a porta e procuro as gravações de ontem a noite. Vejo o momento em que chego apoiado em Helen e em um cara que nunca vi na vida. Ele me deixou com a Helen e saiu pouco depois.

  Logo depois Helen me levou pro quarto e tirou da bolsa uma garrafinha de plástico, eu bebo o que tem na garrafinha e logo depois apago. E ai vem o momento de clareza, Helen me despiu pegou meu celular, digitou algo e tornou a coloca-lo em cima do criado mudo, se despiu e deitou-se ao meu lado. Passo a gravação mais adiante até o momento que Carol entrou no quarto, congelo a imagem e fico olhando pra ela.

Minha loirinha linda...

   Saio do " escritorio " e volto pro quarto.

— Você está fodida na minha mão, e não estou falando no bom sentindo.

— Mas o que...

— Me da a bolsa.

— Por quê?

— Me dá a porra da bolsa ou eu mesmo vou pegar — ela não me deu então com facilidade tomei de suas mãos, remexo tudo e acho a garrafinha. Abro e cheiro... como eu imaginava ela me dopou — Isso é crime sabia? E eu vou te denunciar.

— Não por favor, eu só fiz o que me pediram

— Quem te pediu?

   CAROLINE JOHNSON

  Chego finalmente em meu apartamento e me deparo com Jorge e Natalye. Sorrio e vou abraçar meus amores

— Como estão meus melhores amigos no mundo todo?  — pergunto sorrindo ou pelo menos tentando

— Bem — reponde Natalye sorrindo pra mim

— Tô suave, Natalye pode cortar o bolo pra gente? Eu e Carol já vamos para a cozinha.

— Ok

  Naty sai e vai em direção a cozinha. Jorge puxa meu braço e me senta no sofá, me olha e coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— O que aconteceu? Você não parece bem.

— Ele me traiu, Jorge. — digo angustiada

— Como assim?

— Peguei ele na cama com outra! O pior foi ele tentando me convencer do contrario — abano a cabeça frustrada

— Eu vou quebrar a cara desse infeliz... — Jorge diz com ódio

— Você não vai fazer nada, Jorge... por favor
 
   Ele não responde e sei que a proxima vez que Chris cruzar seu caminho Jorge irá cumprir o que disse.

— Eu abro — disse Jorge assim que a campainha tocou

  Ele se levantou, abriu a porta... não é possivel, que porra!

— O que esta fazendo aqui? — pergunto assim que me aproximo

— Preciso falar com você. Dá pra sair da frente? — diz para Jorge que está bloqueando a passagem

— Aqui você não entra. Filho da puta desgraçado — rosna Jorge como um leão prestes a atacar a presa

— Não sei porque ta se metendo no meio, o assunto não é com você

— É a partir do momento que você magoou minha loirinha. Mexeu com ela... mexeu comigo.

  Jorge vai pra cima de Chris tão rapido que nem ele esperava pelo ataque.

Puta.Que.Pariu

 Tão Intenso - Livro 1 Completo ( Editando )Onde histórias criam vida. Descubra agora