Fodi tudo! Fodi tudo! Repetia isso enquanto corria até o prédio onde estávamos hospedados. Os anos de treino na academia surtiram efeito. Oh Deus, espero não ter feito tanta merda!
- ELISAA!
Caio no chão quando colido com alguma coisa. Ou melhor, com alguém.
- NICOLAS! – oooh Deeeus, porque ele?
Ele cruza os braços e pude notar, que mesmo com seus cinqüenta e poucos, ele tinha braços grossos.
- O que faz no corredor do quarto de Elisa?
Poderia sumir? Enterrar minha cabeça no chão?
Engulo em seco, era melhor colocar tudo pra fora. E ser franco.
- Quero pedir desculpas a Elisa.
Vejo Patrícia caminhar até nós. – O que houve?
Ela, sem notar, enrosca seu braço no de Nicolas. Engulo em seco novamente. – Vim pedir pra Elisa me perdoar.
- Pelo que, Elliot?
- Por ser idiota por tanto tempo. Não sabia que ela era mais que importante para mim. Entendi isso quando falei que não seríamos nada mais que amigos, e vejo que estava enganado! Ela ficou me dando um gelo por quase três anos e... – suspiro. – Vi que minha vida era uma merda quando ela não tava perto de mim. E...
Patrícia sorri para que eu continue. – Percebi que ela é tudo pra mim, desde que éramos pequenos. E quero continuar com ela ao meu lado. Mas preciso pedir pra ela se ela quer continuar. E torço pra que ela aceite.
Nicolas continua a me fuzilar e Patrícia limpa um pouco o olho.
- Não sei se acredito nele...
Patrícia bate nele. – Deixe ele passar, Nic.
Minha respiração saia entrecortada. As mãos dele podia amassar minha cabeça em dois segundos.
Ela dá um paço em minha direção e eu do um para trás. Um dedo estava apontado em minha cara. – Se fizer merda rapazinho, você já tem uma cova, só falta eu te colocar lá.
- Aaah, ok então. – isso era um sim?
Patrícia sorri. – Vai lá.
- Obrigado.
Nicolas me segue com seu olhar. Podia sentir minhas costas derretendo com seu olhar. Bato em sua porta. Quarto 235.
- Elisa? – bato em sua porta novamente. – Me deixe entrar...
Silencio.
- Anda, eu sei que está aí! – não há resposta. – Droga, Elisa...
Empurro a porta com o ombro, um, duas, na terceira a porta se escancara. Vejo a porta do banheiro se fechando ás pressas.
- Mas que droga! Pare de se esconder, eu só quero conversar.
- Eu não estou bem... Eu to tomando banho, Elliot. Volte depois. – vem voz dela atrás da porta.
- Pare de mentir... só... Quero conversar sobre o que aconteceu...
Escuto um soluço.
- MERDA... – praguejo. Arrombo a porta do banheiro. Elisa grita tentando se esconder na banheira. – Oh! Deus! Desculpa!
- EU DISSE QUE TAVA TOMANDO BANHO!
- Mas você estava chorando! Droga! Saia logo daí e venha conversar comigo... – encosto a porta. Sento em sua cama esperando pacientemente a sua saída.
Cerca de 10 minutos depois, ela sai. Não com o vestido da festa, mas com um pijama amarelo. Com calças compridas e blusa de manga.
- Sério isso? – digo incrédulo.
Ela cruza os braços sobre os seios, nunca olhando pra mim. – Olha... Eu estou cansada e com dor de cabeça... Se puder ser rápido...
Toda a fala que tinha gravado em minha cabeça tinha fugido quando a vejo ali, na minha frente com um olhar triste no rosto.
- Eu... Elisa... Ahn... Foi um erro o que fizemos.
Ela se encolhe um pouco. – É... Eu... – sua voz falha – eu sei...
- Não deveria ter feito aquilo. – me aproximo mais.
- Você... tem razão...
Chego mais perto e noto algumas lágrimas descendo. Meu coração se aperta.
Ergo seu queixo para cima, mas ela não faz contato visual. – Olhe para mim...
Ela levanta os olhos e seu queixo treme levemente.
Sorrio. – Eu te amo.
Ela arregala os olhos. – Eu... Não entendi... Desculpe...
Pego seu rosto em minhas mãos. – Te amo, minha cabeça de vento. Você era minha desde quando você colocava sapos em minhas cuecas...
Ela ri com a lembrança.
- Você é minha desde a primeira vez que um menino te magoou e você veio pra mim. E eu estava lá... te abraçando. Sei e fiz muitas coisas erradas, muitas mesmo... Você estava lá quase todas as vezes que minha mãe limpava meus machucados... – limpo algumas lágrimas mais e seu rosto – Você estava lá me ajudando a fazer minhas tarefas enquanto eu não queria... E eu lamento por você estar perto quando me via encostar em outra mulher... Hoje percebi que... Queria você ao meu lado na cerimônia, queria você ao meu lado nas fotos, que você dançasse comigo e só comigo... Mas peço desculpas por só ter percebido hoje... O quanto eu a amo... O quanto você preenche minha vida e conserta minhas falhas... Eu a amo Elisa Alencar Wolfman... Prometo te fazer feliz, ser seu amigo, namorado, seu amante e seu futuro marido...
Ela continuava a chorar, eu a abraço e beijo o topo de sua cabeça.
- Me perdoa?
- Tenho medo... – sua voz estava abafada em meu peito.
- Do que?
- De ser alguma mentira...
Beijo levemente seus lábios. – Não é mentira... Vamos começar aos poucos e ver como fica, hm? Mas primeiro tem que me aceitar como seu namorado... Aceita?
- Mas e se não der certo? Você é meu melhor amigo e...
Beijo sua boca mais forte. – Vai dar certo... Confie a mim?
- Sempre.
- Então teremos muitos filhos... – ela ri. O som da sua risada era lindo... E só parei para escutar agora, quando finalmente entendi o que era se apaixonar, o que era sentir ciúmes... – Preciso de mais de você...
Encosto-a levemente na parede atrás dela e grudo minha boca na sua. Faço o que não pude ter feito na festa. Exploro cada canto de sua boca, sinto suas mãos me puxarem minha camisa para mais perto. Aperto sua cintura para mais perto. Quando ela sente minha ereção, ela se assusta.
Solto uma risada rouca. – Vamos... Coloque sua roupa e vamos voltar... Minha mãe me ameaçou com uma arma caso te machucasse. Tenho que mostrar pra ela que você está bem.
Ela sorri. – Mais que bem.
- Oh deus... – afundo mais uma vez minha boca na sua.
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Gêmeos - Nada Iguais
RomanceSPIN-OFF DE CONTRATO DE CASAMENTO PLÁGIO É CRIME! Depois que seus pais encontraram o Felizes para Sempre, chegou a vez dos adoráveis gêmeos do casal. Eleonora e Elliot encontrarão a felicidade igual seus pais e sua irmã mais velha? Neste conto, El...