Capítulo 9

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Espero ela terminar de colocar sua roupa novamente. Quando ela saí do banheiro, ela sorri timidamente.

- Pronta?

Ela confirma com a cabeça. – Sim.

Pouso meus lábios sobre os dela novamente. Não vou cansar disso tão cedo.

- Então vamos.

Entrelaço nossos dedos e descemos para a praia.

A primeira coisa que noto é meu pai dançando com Eleonora enquanto John conversava com minha mãe. Minha mãe sorria.

- Está com fome?

- Faminta. – sorrio.

- Vamos comer então!

Pegamos um prato e servimos das coisas que estavam na mesa central. A maioria era frutos do mar. E nós adorávamos.

- Sede?

Os garçons passeavam perto de nossa mesa com uma jarra de suco de frutas tropicais.

- Sim.

Peço para encher nossos copos e comemos. Muito mesmo. Logo que terminamos, puxo Elisa para dançar comigo. Ela ri e contagio com seu riso.

- Está linda. Já disse isso?

Ela encosta sua cabeça em meu ombro. – Não lembro. Mas gostaria de escutar mais uma vez...

Beijo o topo de sua cabeça. – Está linda. Minha Elisa.

- Elliot.

A voz de minha mãe bem atrás de minhas costas fez meu corpo arrepiar de medo. Desvencilhamos-nos.

- Mãe, nós...

Ela ergue sua mão, me silenciando.

- Sabe, quando soube que ia ter um menino eu pensei: por favor, não seja igual ao pai. Porém, Ele não me escutou e infelizmente você saiu até mesmo com o cérebro dele.

Elisa ri. Vejo meu pai se aproximar e abraçá-la.

- Estamos falando de como nossos cérebros são iguais... – o atualizo.

Ele ergue as sobrancelhas em descrença. – Disse que eles são lindos e inteligentes?

Minha mãe nega com a cabeça. – Exatamente o contrário.

Ele a beija. Ela continua. – Quando seu pai finalmente disse que me amava eu estava prestes a desistir dele.

- Ainda bem que você me esperou alguns segundos mais.

- Sorte a sua, não é mesmo?

Ele ri. – Com certeza.

- O negócio filho é que quando finalmente ele percebeu que gostava de mim, ele foi fiel a mim. Fiel ao nosso sentimento. Fiel ao que eu sentia por ele. E eu fui fiel a ele também.

Elisa e eu sorrimos. – O que quero dizer é... Amem-se.

Ela sorri e nos puxa para um grande abraço. – Agora, vão lá falar para os outros o que descobri aqui.

- Seu pai sabe que estão juntos agora, Elisa? – meu pai coloca suas mãos no bolso de sua calça.

Ela fica pálida. – Não.

Ele sai puxando minha mãe enquanto Nicolas marchava em nossa direção.

- Ainda dá tempo de eu desistir?

Elisa bate com força em meu braço. – Estou brincando, woow!

Ele nos observa com seus olhos de águia. – Então é verdade? Estão juntos?

- Sim, senhor. – coloco meu braço ao redor da cintura dela.

Ele segue o movimento do meu braço. Seu rosto se contorce quando toco nela. Nicolas se aproxima até quase nossos narizes se tocarem.

- Se você fizer merda pra ela, eu corto seu...

- PAI!

Nicolas me fuzila quando caminha até Patrícia que sorri para nós. – Dei meu recado Elliot!

Elisa começa a rir. Ainda não sabia se tinha que ir ao meu quarto e trocar a cueca. – Ele só se preocupa comigo, só isso.

Sorrio, mas com certeza pareceu mais com uma careta. – Eu sei disso.

Puxo para mais um beijo e ouvimos alguns gritos e a beijo mais forte.

*

1 ano depois

- Promete não separar de mim no natal?

Elisa riu. Ano passado brigamos uma semana antes do natal, fiquei arrasado. Agora faltava um mês para a comemoração.

- Prometo. – ela beija suavemente meus lábios. – É só você não fazer merda.

- Prometo não fazer nenhuma merda.

Pego algumas mechas de seu cabelo e enrolo em meus dedos. Estávamos na beira da piscina do meu apartamento. Mudei para um perto do dela, o pai dela foi completamente contra, mas ele não foi páreo para minha insistência.

Fico pensativo alguns momentos. – Elisa.

- Sim? – sua cabeça estava apoiada em minha barriga. Estava um clima agradável, mas levemente quente.

- Fico pensando, Eleonora ficou noiva ano passado. Penso se você não queria que eu...

Ela ri me cortando. Ela apóia suas mãos em meu tórax, uma sobre as outras e seu queixo fica sobre elas. – Elliot, temos 25 anos ainda. É muito cedo pra casarmos.

Ela beija meu peito e volta para a posição inicial.

Observo a caixinha de veludo preta em minha mochila. Comprei seu anel hoje mais cedo. Engulo em seco e tiro a tristeza momentânea de meu peito.

- Sim – concordo. - é muito cedo. 

Gêmeos - Nada IguaisOnde histórias criam vida. Descubra agora