ELEONORA

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Oi gente. A partir desse, será a história de Eleonora. Espero que gostem! Beijos

***

Prólogo

- Eu já disse. Não quero brincar com minhas bonecas!

Escuto minha mãe bufar. - Eleonora...

- Quero ir com o papai!

Ela suspira, mas logo sorri. - Você é igual a mim. Adora seu pai.

- O que tem eu?

Vejo o brilho nos olhos de minha mãe quando papai chega na sala. Era estranho esse negócio de amor. Eu com certeza não sentirei nadinha disso.

- Ela quer ir com você. Expliquei que terá uma reunião importante.

Ele ajeita a gravata e depois arruma suas calças para agachar. Ele me encara nos olhos. Posso ver os mesmos olhos dele quando me observo no espelho.

- Porque quer ir comigo?

Sorrio. - Gosto de ir lá. Gosto de sentar em sua cadeira...

Ele vira seu rosto para mamãe. Ele sorri de um jeito diferente de como ele sorri para mim. Minha mãe emburra e ela aponta um dedo para mim.

- Ok! Se fizer alguma arte mocinha, estará de castigo. Fui clara?

- Aham!

Meu pai se ergue. Minha mãe cochicha com ele.

- Ela tem sete anos, Jack! Nem toca nas bonecas que deu a ela!

- Eu sei. Mas veja, ela gosta de lá. Elliot odeia quando digo que tem alguma festa para ir. Ele gosta de ficar com Elisa.

- Ta aí outra coisa. Ela não tem amigas caramba. O que ela gosta é de fazer contas! E você só ensinou uma vez pra ela e ela desenvolve contas na parede! Entende isso? Sophia não agüenta mais esfregar a parede do quarto dela!

- Está fazendo alarde por uma coisa insignificante...

- Aé? Pois bem. Comece a se preocupar com nossa filha, ou dormirá no sofá!

- Está sendo infantil...

- Não. É só algo insignificante.

Ele observa minha mãe sair, quando ela fecha a porta de seu quarto com força, papai se vira para mim.

- Pronta?

Faço que sim com a cabeça.

*

5 anos depois

Elisa e Elliot estavam brincando lá fora de novo. Eu descobri algo maravilhoso que se chama Harlequin. Seus livros são fantásticos e apaixonantes.

Tentei escrever alguma coisa em um diário também, mas descobri que é horrível. Percebi que Elliot tentava ler o que tinha escrito, então comecei a pesquisar métodos de tortura e transcrevi nele. Nunca mais vi meu diário desde então.

Terminei mais um livro. Suspiro. Observo a sala de nossa casa. Era grande e espaçosa. Mamãe disse que, antes dela mudar os móveis daqui, a gente não poderia levantar do sofá sem ficar com dores ou sujar ele. Esses são melhores, garante ela. Eles estendem até esticarem minhas pernas. Um lugar perfeito para ler.

Gêmeos - Nada IguaisOnde histórias criam vida. Descubra agora