Capítulo 11

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Era um jantar com toda a família. Os pais dela e seu irmão Lucas estavam em casa para esta ocasião. Emily estava com Erick, e Eleonora estava com John. Sua barriga estava pequena ainda, mas visível.

Meus pais estavam conversando com Nicolas e Patrícia, pais de Elisa. Parecia que a caixinha em meu bolso estava queimando.

- Hei. – Eleonora chega ao meu lado. – Nervoso?

Respiro fundo. – Sim, não vou negar. E se fizer algo errado? E se ela repensou sobre isso e desistiu?

Ela ri. – Ela é louca por você a séculos. Ela não seria boba de desistir depois de todo esse tempo.

Ajeito minha gravata. – Ainda me sinto culpado por não perceber isso antes.

- Claro! Sua mente estava em brigas, pegar mulheres fáceis... Mais brigas e pegação.

- Chega, ok?

Ela sorri. – Vai dar certo se você não fizer merda com ela a partir de agora.

- Prometo isso.

Ela sorri. – Lembra quando vocês brigaram no natal?

Resmungo. – Sim.

- Você fez ela ficar muito brava. Também, conversou com uma amiga Elliot? Sério?

- Era uma amiga Eleonora, só isso.

- Ah! Mas era uma amiga que sempre deu em cima de você.

- Eu teria a mesma reação quando ela conversasse com seu ex.

Ela ri. – Oh Deus. Nunca existiu namorado, idiota.

- Como não?

Ela revira os olhos. – As vezes penso que você não tem cérebro. Ela nunca postou nenhuma foto com ele e nem falou quem ele era. Tudo não passou de uma brincadeira.

- Quer dizes que...

Ela me cutuca. – Sh ela está vindo.

Viro e encontro Elisa. Maravilhosa com um leve vestido azul marinho. Seu cabelo estava preso em um pequeno coque.

- Ela vai ser minha perdição.

Eleonora ri e volta para John. Elisa caminha até mim com seu sorriso no rosto.

- Oi.

Beijo seus lábios e a levo para a mesa. Queria dizer que comemos de maneira civilizada e com conversas baixinhas. Maaas foi totalmente o contrário e fico feliz que fizemos isso.

Depois que comemos e tomávamos nossa sobremesa, observo todos na mesa. Meus pais rindo de alguma coisa que Sofia e Jorge disseram, Emily conversando com Nicolas, Lucas conversando com Erick e John, e Elisa sorrindo para algo que Patrícia disse. Encontro com Eleonora sorrindo para mim e indica com a cabeça que estava na hora.

Assinto e Eleonora bate em sua taça com água para chamar a atenção de todos. Quando todos ficam em silêncio, eu fico em pé.

- Oi, boa noite. Eu... Todos sabem o motivo de estarmos aqui hoje. – engulo em seco. – Bom... Certo dia minha mãe me apresentou uma menina. Eu achei tão estranha com seus cabelos loiros e grandes olhos verdes. – Elisa e outros riram. – Fiquei pensando, por que ela estava brincando com minhas coisas? Logo cheguei perto dela e perguntei. Ela respondeu que não tinha nenhum nome, então continuou brincando. Eu sentei ao seu lado e brincamos. Meu pai me disse uma vez que devemos sempre proteger a quem amamos, e eu tentei fazer isso todos os anos. Tentava proteger Eleonora, mas descobri tardiamente que ela é suficiente forte para não precisar de minha grande ajuda.

- Você queria sempre bancar o herói... – Eleonora comenta. Sorrio.

- Verdade. Sempre quis ser o herói da história, de ganhar crédito e fama por isso. Mas percebi que ganhava tudo o que queria de todos, menos de uma única pessoa. Ela estava lá em todas as situações, ela era e é meu anjinho em meu ombro até hoje. Sempre pensei que essa pessoa também precisava de minha ajuda, mas o que não sabia era que EU precisava dela.

Viro para Elisa e seus olhos estavam vermelhos.

- E ainda preciso. Não existe uma cota que avise o limite do meu desejo por ela. Ela vai ser infinita, ela É infinita. Então...

Fico de joelhos e retiro o anel da caixa. – Esse é um pequeno símbolo do quanto a amo. Tenho meus defeitos sim e são milhares, mas espero que os aceite porque é um pacote só. – ela ri. – Vou te dar segurança, apoio, carinho e amor. E principalmente ser fiel a ti. Vai me aceitar como seu esposo?

Ela ri e se jogo em meus braços. Aperto seu corpo sobre o meu e inalo seu cheiro. Sinto seus pequenos soluços.

- Droga, eu falei alguma coisa errada?

Ela encara meu rosto e sorri. – Não bobo. Só coisas certas.

Ela me beija e entendo como um sim. Pego sua mão e deslizo o anel sobre seu dedo. Todos aplaudem e a beijo mais uma vez.


Gêmeos - Nada IguaisOnde histórias criam vida. Descubra agora