Capítulo 13

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Levantei-me cedo e equipei-me com um fato de treino saindo depois de casa para ir correr. Corri à volta do parque da cidade durante mais de uma hora, seguindo depois fui para casa.
Tomei banho , um dos mais relaxantes que ja tinha tomado ficando imenso tempo debaixo do chuveiro, tempo suficiente para a minha pele ficar enrugada, vesti-me e fui preparar o almoço.
Comi nas calmas sem pressas mas a minha cabeça não estava aqui, estava a pensar em Hilde. Eu tinha de fazer alguma coisa, mas ainda não estava preparada para abrir a Arca, era um risco que eu tinha de correr, não abri-lá. Pelo menos durante mais algum tempo, ate estar preparada para a abrir se é que algum dia estarei.
Fui fazer alongamentos para ver se a minha cabeça parava de pensar na minha verdadeira missao , o propósito de virmos para a Terra, mas não consigo. Fui buscar a Arca e sentei-me à frente dela admirando-a, estava decorada lindamente em cinzas e azuis e com o meu pequeno símbolo na parte de cima e nos lados , o meu símbolo, um pequeno circulo prateado com um pequeno buraco redondo no centro preenchido com pedra de loralite , era o que dizia Hilde dizia que era pedra azul celeste que só cresce em Lorien no seu núcleo,juntamente com a Arca tenho um pequeno amuleto com o meu símbolo prendido ao pescoço, simboliza quem eu sou e apesar de Hilde me ter dito a algum tempo para lá para eu o tirar que dava nas vistas nunca o tirei. É o que eu sou , ainda o tenho ao pescoço, a pedra de Loralite contida no pequeno colar começa a cintilar logo que eu uso um dos meus Legados. Agora brilha com uma pequena suavidade, este colar significa muito para mim e se depender de mim nunca vai sair do meu pescoço.
Voltei a fitar a Arca, se eu a abri-se estaria a reforçar a ideia de Hilde estar morta, que não ia nunca mais voltar e quando eu pressionar os meus dedos contra a Arca e se fizer um clique, Hilde não vinha mais, nem para me treinar, ensinar , contar historias sobre os meus pais, sobre Lorien nem para me dizer que eu estou a agir mal, não me importava que ela entrasse por aquela porta adrento e começa-se a dizer que tinha de me mover, não ficar muito tempo no mesmo sitio pois os mogadorianos sabem a minha aparência , sabem como eu sou. 
Fez-se um clique na minha cabeça, tinha de mudar a minha aparência, sai de casa , guardei a Arca mais uma vez evitando o seu conteúdo, mais uma vez ao longo destes últimos anos em que estou sozinha.
Fui ate ao cabeleireiro da rua, e por muito que me tenha custado....cortei o cabelo pelos ombros e pintei-o de preto. O meu novo eu, o louro foi desaparecendo assim como o meu eu natural, se era guerra que os modadorianos queriam é guerra que vão ter no que depender de mim.
O meu novo visual conseguiu surpreender-me de todas as maneiras possíveis, o meu cabelo preto ate acentava bem na minha pele um pouco morena e nos meus olhos azuis, mas por de trás de tudo isto estava um miúda com apenas quinze anos completamente sozinha neste mundo, sem Cepan, sem ninguém. O visual era um disfarce que me fazia parecer mais durona do que realmente sou. Pus o amoleto para dentro da camisola e levantei-me da cadeira apanhando uns fios louros de cabelo meu, o meu eu que desapareceu completamente. Sai do cabeleireiro a pensar no que Hilde diria deste novo visual, nunca tinha chegado ao ponto de alterar alguma coisa se não o nome que era sempre diferente em cada novo pais.
Fui para o motel e fiquei a admirar -me de longe pelo espelho pondo a minha madeixa de cabelo louro numa pequena caixinha e juntei essa caixa com a Arca na única mala que tinha, preenchida apenas com dois conjuntos de roupa.
Sei o que fazer agora a seguir mais que nunca tenho de ir acomprar roupa e apesar do desagrado de Hilde quando lhe contei a minha ideia...

"Somos guereiras Hide ! Porque não podemos sair e enfreta-los.
-Minha querida Um, ainda não estas pronta ! É imperativo que nos mantenhamos escondidas ate se desenvolverem os teus Legados.
-Bem porque não me pões pronta Hilde, prepara-me !
-Assim o farei! prometo por Pittacus.
-Podíamos fazer um fato sabes ? Como os que têm o exercito...podemos?
-Um, isso e é um grande disparate ! "

Lembro-me perfeitamente que o meu antigo eu ficou ressentida pela resposta. Não consigo dizer a altura em que aconteceu exatamente mas lembro-me perfeitamente que tinha passado pouco tempo desde que chegaramos à Terra, devia ter uma oito anos e numa das nossas viagens passamos por uma base militar e eu fiquei fascinada com os fatos que eles traziam, desejando também ter um. Pelo que garanto essa imagem nem ideia não me passou pela cabeça.
O meu proximo passo ? Fazer um fato para nos Guard, garantir que enquanto lutamos estajamos confortáveis e nem tenhamos frio nem calor, que seja impremiavel e que compra os padraos de Lorien, meu planeta natal em estado de hibernação.
Fui buscar im lápis e uma folha e comecei a desenhar tentei imitar vagamento o fato que vira meu pai usar no dia da invasão, com uma longa diagonal azul cortando o corpo. Decidi entao depois dar apenas um retoques finais e voltei a olhar para a folha, para o fato desenhado nela, o pequeno fato lorico.
Agora que Hilde esta morta tudo mudou, a minha forma de agir, o meu visual, a minha maneira de pensar .
Vou deixa-la orgulhosa, sei que vou. Ela deu a sua vida por mim e agora ? Eu vou dar tudo o que tenho, treinando ao máximo para conseguir derrotar os mogadorianos para acordar Lorien e reconstruí lo mesmo que o preço seja  a minha própria vida.

Eu Sou A Número UmOnde histórias criam vida. Descubra agora