Capítulo 24

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Passaram dois anos, eu e Damion temos estado escondidos na periferia de Londres a mais tempo do que alguma vez estive com Hilde em algum sítio. Rina esta connosco e agora é uma cadela forte e saudável mas também muito estranha, ela é mais forte e rápida que qualquer cão e as vezes desaparece nas corridas matinais para depois passado alguns segundos aparecer a nossa frente e é isso que eu gosto nela, o mistério.
Eu tenho agora 17 anos e voltei a pintar o meu cabelo de louro ao vir para este novo país, estou mais forte, mais rápida e também mais alta. Damion um ano mais velho que eu só responde aos mails da família com o essencial encriptando-os para não saberem onde estamos e apesar de ele não dizer sei que está com bastante saudades deles, ele está sem dúvida mais maduro, mais forte e também mais bonito é posso afirmar que mantemos uma relação tipo namorados.
Desenvolvi um novo Legado, consigo transmitir choques elétricos pela minha pele e fora dela e também pela minha voz o que será bastante útil um dia,numa batalha mas o que gosto mesmo neste novo legado é sem dúvida poder ligar ou desligar qualquer fonte de energia elétrica. A minha telecnesia está muito mais desenvolvida tal como o meu Earthquake e a minha voz, agora a poucas coisas que não consigo fazer. Damion e eu treinamos todos os dias menos aos Domingos que decidimos que iríamos passear, visitar este novo país e tradições sem dar muito na vista.


Vivemos numa casa de dois pisos com três quartos, uma cozinha, uma sala e duas casas de banho. Uma casa linda e agradável apesar de estar pouco mobilada. Não temos tido sinais de mog's (mogadorianos) o que também é ótimo apesar de eu achar estranho e por mais que me sinta bem aqui tenho consciência que posso partir a qualquer altura. A minha cicatriz ja está com um melhor aspeto e consigo ver sem dúvida o meu símbolo lorico igual ao que tenho no tornozelo esquerdo apesar de ainda desconhecer a sua origem.
Hoje é Domingo e como tal fomos dar uma volta pelas ruas de Londres, uma cidade lindíssima e uma das minhas preferidas.
-Adoro os Domingos...são sem dúvida os meus dias preferidos da semana.
-Eu também...!- Diz o Damion pondo o braço á volta do meu ombro.
Continuamos a caminhar pelas ruas da cidade agarrados um ao outro, olhei para o outro lado da rua e o meu coração parou juntamente com todo o meu corpo.
-Maya?
Damion seguiu o meu olhar e também elevou o que os meus olhos viam, um mogadoriano. Ele é mais alto, mais magro e parecia mais humano que os outros mas não o confundi-a nem por nada.
Larguei Damion imediatamente e começei a correr atrás dele.
-Maya, não! - Gritou Damion atrás de mim.
Já não é hora para fugir, é hora de lutar e eu vou enfrentar aquele mogadoriano custe o que custar.
Vi-o a entrar dentro de um prédio e fiz o mesmo a correr atrás dele e apesar da distância conseguia ainda ouvir os gritos do Damion a tentar fazer com que parasse.
Entrei no prédio e depois dentro de um apartamento. Consegui ver uma rapariga com os cachos vermelhos e olhos verdes parada junto a parede a falar com o mogadoriano.
-Quem és tu? - perguntou a tal rapariga apreensiva.
-Ele é perigoso por favor afasta-te!
Lancei o mogadoriano contra a parede com telecnesia e consegui ver ver que este tentava-se debater.
-Es uma Guard! -exclamou a rapariga feliz.- Qual é o teu número?
Fiquei um pouco indecisa em dizer mas o mogadoriano não ia sair dali vivo tanto fazia.
-Vamos em...bora....não...te.. mos muito....tem...po! -Tenta dizer o mogadoriano com muita dificuldade devido a ele estar contra a parede e com uma mão invisível no pescoço.
-O que estas a dizer?- pergunto soltando um pouco a minha telecnesia sobre ele para o deixar falar.
-Vêm aí outros...e eles vêm matar-vos...temos que sair daqui agora. -Diz no exato momento em que uma explosão se da á entrada do prédio.
Um mogadoriano com ar arrogante lançasse a mim com um punhal na mão mas desvio este com a minha telecnesia fazendo-o ir contra a parede. Tiro-lhe ainda o punhal da mão e espeto o no mogadoriano seguinte. Ouço o barulho de um carro la fora e Damion a gritar por mim.
Outro mogadoriano vem contra mim e consegue colocar a sua espada no meu ombro direito, felizmente só de raspão. Dou-lhe um murro bem na cara e junto-lhe umas ondas de energia eléctrica que o fazem cair instantaneamente no chão devido ao choque.
-Vamos! - Grito eu pegando na mão da rapariga e pulando da janela a nossa direita. Ouço vários mogadoriano a quebrar as outras janelas e alguns a vir do outro lado da rua. Do tenho tempo de entrar dentro do carro com a tal rapariga e pedir a Damion para arrancar antes que sejamos encurralados. Somos seguidos por pelo menos cinco carros mas Damion não para.
-Que número és tu? - perguntou a tal rapariga um pouco surpresa andando aos solavancos no carro.
-Sou a número um! - digo para ela. -Como sabes que faço parte da Guard ?
-Isso é impossível! Tu morres-te! -disse ela olhando pela janela para ver se eles ainda estavam atrás de nós.
-Não não morri!  Eu estou bem aqui.
-Eu ja posso ser ferida!  Eu recebi a tua cicatriz!
-A cicatriz...!- digo eu.
-O que foi? - perguntou me ela preocupada.
-Apareceu-me uma cicatriz, na verdade o meu símbolo, não sei porque...
-Supostamente tinhas que morrer para isso acontecer e eu ficar vulnerável...a minha arca!
-O que tem? - perguntei?
-Esqueci-me dela na casa.
-Não podemos lá voltar.- digo lamentando a perda da arca dela, mas se ela tem uma arca isso significa...- Que número é que tu és? - digo eu super contente.
O Damion vira o carro numa esquina e eles perdem-nos de vista fazendo com que ele reduza a velocidade.
-Eu sou a número dois! - diz ela esboçando um sorriso na cara.


Eu Sou A Número UmOnde histórias criam vida. Descubra agora