28 - Feliz Natal familia

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A véspera de natal chegou, jantei com o Vítor, a Cristina, os filhos com os cônjuges, claro que foi uma consoada à Portuguesa com bacalhau e bolo-rei, boa comida, boa bebida e muita conversa. Assim que terminei o Vítor fez questão de me ir levar a casa de Dorothy e Robert, quando cheguei ainda estavam nas sobremesas. Juntei-me a eles mas antes passei pela árvore onde coloquei a prenda de Matthew, visto os outros presentes ele próprio deve ter trazido. Jogámos as cartas, rimos, conversámos e a meia-noite chegou num instante, eu estava desejosa de ver Matthew abrir a prenda. Vi a felicidade que a Tara tinha ao abrir cada presente mas realmente a casa de bonecas era a sua preferida. Eu recebi livros, um perfume, uma mala, um desenho da Tara e do meu homem um relógio personalizado; ele pediu para ser desenhado especialmente para mim, eu fiquei muito feliz, era mais do que poderia pedir. Chegou também a sua vez de ver a minha prenda e parecia um menino de 5 anos a abrir aquele presente que sempre sonhara. Tivemos todos direito a uma reportagem fotográfica, quanto ao curso; finalmente iria frequenta-lo sem desculpas. Estava tarde e pedi a Matthew para irmos embora, de repente estava cansada e adormeci na viagem para casa, no dia de natal conseguimos juntar todos os que amamos em nossa casa, exceto o filho do Vítor e da Cristina que por motivos laborais tinha ido embora bem cedo nesse dia. Todos usávamos os novos presentes, principalmente Matthew que não parava de tirar fotos e eu fiz questão de mostrar a todos o meu relógio. O almoço terminou já eram 15:40.

- Atenção por favor! - Estava levantada de mão dada com Matthew - Quero dizer obrigado a todos pelo carinho, amor e amizade, por me fazerem sentir mimada, acarinhada e protegida. Obrigado pelos presentes mas o melhor de todos foi a família que ganhei e que são vocês - uma lágrima teimosa caí dos meus olhos ao olhar para o maravilhoso homem ao meu lado - Obrigado por tudo meu amor!

- Tia põe música para eu dançar contigo. - A Tara adora dançar como eu.

- Ora vamos lá.

Coloquei a playlist com músicas dos anos 70 e 80, os homens afastaram a mesa e todos dançámos. Novamente sinto um repentino enjoo e vou até à casa de banho, a Cristina aparece e o seu rosto assume preocupação.

- Achas que pode ser alguma coisa grave?

- Claro que não! - As palavras e o sorriso contradizem a sua expressão e o seu olhar.

- Não vamos contar a ninguém, não quero ninguém preocupado! - Não quero estragar a festa.

- Sim, mas qualquer coisa dizes-me logo.

- Tudo bem! – Encaminhámo-nos para a sala onde, graças a deus ninguém deu por nada.

Tão depressa como aparece, assim desaparece este mau estar, continuo a dançar com todos até ser horas de parar, às 21:00 estavam todos lá fora a entrar nos seus carros. Não deixei Matthew ficar a dizer adeus muito tempo, peguei na sua mão e levei-o para dentro de casa e beijei-o desesperadamente, a cada dia que passa o desejo mais.

- Assim não vamos conseguir chegar ao quarto!

- Isso é um protesto?

- Uma observação! - Ele nunca se cansa de mim mas sempre finge ser um aborrecimento.

- Toma, põe isto! - Na minha mão estava a venda da outra noite.

- Gosto mais de ver o que me fazes.

- Sim mas de olhos fechados sentes de maneira mais intensa.

- Sofia pensava que esta área não era o teu ponto forte.

- Matthew, com um homem como tu, tenho de estar sempre a surpreender.

- É bom saber isso!

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