Subi, peguei num livro e fui até ao jardim, sentei-me na relva, abri meu livro e esqueci o resto, ler que era o que mais adorava fazer.
- Sofia são 17:40 vou subir e tomar um banho. - Já?
- Cristina que tipo de jantar é? Quer dizer o que devo vestir?
- É um jantar intimista, vou levar aquele vestido que te falei durante a viagem, vamos? - Eu entro em casa e subimos juntas.
Bem decidi -me por uma saia rodada de cintura subida cor-de-rosa bebé que chegava aos joelhos, sapatos da mesma cor bem altos com o salto forrado com brilhantes e compensados à frente e uma blusa branca sem costa não muito justa. A maquilhagem é simples em tons de rosa, no cabelo levo um coque. Ponho o meu relógio branco e estou pronta. Ok são 19 horas, mesmo a tempo!
Começo a descer as escadas e vejo que já chegaram algumas pessoas, a casa estava cheia de flores, não sei quando aconteceu mas a casa foi transformada – Uau, adorei!
Sinto uma mão no meu ombro...
- Prepara-te miúda a Cristina vai apresentar - te a todos - Vitor sorri divertido - desta vez não te posso safar vais ter de aturar as suas amigas com cara de galinha - gargalhámos os dois.
- Sofia pode chegar aqui? - Cristina dá pela minha presença.
- Pronto, começou! – diz Vítor num sussurro, ele está sempre na brincadeira comigo.
- Claro, Cristina! - Chego perto dela e de um grupo de senhoras.
O seu entusiasmo era contagiante, todos riam e falavam, são todos simpáticos mas ninguém com a minha idade para poder puxar conversa. Os convidados continuam a chegar, a campainha toca e o último convidado a entrar...meu deus que pedaço de mau caminho. Ok estou a babar mas imaginem comigo: um anjo de cabelo castanho-escuro quase negro todo muito bem penteado, olhos verde-esmeralda, corpinho esculpido à mão... Dava para notar pela camisa azul um pouco justa o corpo levemente trabalhado e com a sua calça de ganga... Era notório que gostava de cuidar da imagem e do corpo. A brisa que entrou ao fechar a porta após a sua chegada trouxe até mim o seu aroma e aquele rabo... ai, ai (Deus me ajude a ser bem comportada).
- Sofia?! - O Vítor tira - me do meu devaneio.
A noite foi muito agradável, conheci um monte de pessoas, vi que os meus amigos estão rodeados de amor, respeito e carinho o que confesso que gostei, pois era assim que deveria sentir-me ao lado da minha família. Os últimos convidados saíram já passava da meia-noite e quando subimos estava cansada, tomei um banho rápido vesti e o meu pijama e caí na cama, amanhã os meus amigos começam a trabalhar e eu não sei o que fazer com tanto tempo livre num sítio onde não conheço ninguém... bem amanha trato disso.
Na manhã seguinte o despertador toca às 9h30 da manhã, sim sei que estou de férias mas não quero parecer uma dorminhoca (o que na verdade até sou), saio da cama, desço as escadas e assim que entro na cozinha vejo que a Annie já preparou o pequeno-almoço...
- Bom dia!
- Bom dia menina precisa que traga mais alguma coisa?
- Não obrigado está tudo bem, vai a algum lado?
- Sim vou-me despachar que ainda tenho muito que fazer! - Annie nunca para quieta.
- Quer ajuda?
- A menina está a chamar-me velha ou quer tirar-me o trabalho? - pergunta enquanto me vira as costas para sair da cozinha.
Bolas que feitio! Eu só queria fazer qualquer coisa...Rabugenta!
A Cristina liga por volta das 13 horas para saber se está tudo bem, claro que digo que sim mas na verdade começo a pensar se foi mesmo boa ideia vir para aqui; não conheço ninguém, não tenho onde ir, não tenho nada para fazer. Sei que me deixaram um carro à disposição mas não me sinto a vontade em usá-lo, assim sendo aproveito os dias para apanhar sol e fazer o que mais gosto que é ler.
Os dias foram passando o fim-de-semana chegou, fomos passear ao Central Park (que nem têm ideia do quão bonito e grande ele é), vir para um país enorme como este e não conhecer nada seria pecado, fomos ao museu preferido da Cristina American Museum of Natural History... Finalmente começo a conhecer a cidade e eu que pensei que Lisboa era grande e movimenta, estava errada, comparada com Nova York parece que Lisboa é uma minúscula e tranquila vila.
Acho que o que mais gostava no país não era o que eu via mas sim o eu sentia naquela casa e com aquele casal, eu era como uma filha e eles como meus pais, o significado família estava a mudar. Os meus pensamentos e preocupações também mudaram, não me importo de não fazer muitos amigos e sair para dançar mas sim encontrar um trabalho com futuro que me permita evoluir, será que conhecerei o homem da minha vida aqui? Também terei a minha própria família um dia?
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Dançando para ti!
ChickLitSofia é uma jovem que vai passar férias a Nova York e nada previa que a sua vida ia mudar assim... encontrou uma família, amor e descobriu o sexo! (livro1 de 2) Esta história é pura ficção. Video apresentação: https://youtu.be/bRdbWG2HisA