Capítulo 11

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O encarei cruzando os braços e ele riu fraco se encostando na parede. Se ele achava que com filmes e sendo uma pessoa gentil e fofa eu iria desculpa-lo, ele estava completamente enganado.

– Você acha que pode me tratar mal e depois voltar como se nada estivesse acontecido? Você é um idiota. – Falei e com um ato fechei a porta me escorando na mesma.

– Darling? Eu sei que você está aí, consigo ouvir sua respiração. – Ouvi sua voz sair abafada pelo o outro lado. Suspirei e me sentei ao completo.

– O que você quer? Não acha que já fez demais não? – Falei brincando com a barra do meu moletom.

– Eu sei que passei dos limit-

– Você acha? – Falei com um tom de irritação.

– Não está ajudando. – Ouvi outra risada fraca e reprimi os lábios.

– Você não tem o direito de fazer isso. – Eu falei olhando para a porta.

– Eu sei, me desculpe. – Senti calafrios pelo o meu corpo por causa de sua voz que saiu rouca e carregada.

– Josh... – Eu indaguei.

– Apenas me dê outra chance. Eu juro que irei consertar tudo.

Chances eu posso te dar inúmeras, mas o que você fez não pode ser consertado. – Murmurei baixinho para mim mesma.

– Ainda está aí? – Ouvi ele sussurrar.

– Sim. – Falei dando um sorriso sem mostrar os dentes.

– Bom, eu não consigo assistir filmes com uma porta na frente. – Ele falou e eu ri me levantando e abrindo a porta. Assim que abri ele sorriu de ponta á ponta e me mostrou os DVDs de novo.

– Ação ou romance? – Perguntou.

– Terror. – Falei e ele franziu a testa.

– Você é uma caixinha de surpresas, garota. – Ele falou rindo e entrando no quarto.

– Um dos meus dons. – Fiz uma reverência e ri.

– Que bom, pretendo descobrir os outros. – Sorriu e eu engoli em seco dando uma risada inalada.

– Eu trouxe comida! – Ele falou animado mostrando duas sacolas com coisas dentro. Meu estômago embrulhou e eu fiz uma falsa animação enquanto ia para o banheiro. Me olhei no espelho amarrei o cabelo e suspirei saindo do mesmo. A primeira coisa que vi assim que saí foi Josh com o notebook nas mãos e um sorriso no rosto, fui em sua direção e me sentei do seu lado na cama enquanto ele colocava o filme.

– Coloquei invocação do mal. – Ele falou e eu dei um gritinho animado fazendo ele rir, eu corei e ele colocou play no filme.

Josh pegou uma pipoca e começou a comer, ele me ofereceu e eu disse que não estava com muita fome. Mas mesmo assim ele insistiu e eu peguei um pouco. Eu irei me arrepender amargamente. Alguns segundos depois ele me encara e eu estava começando a chorar.

– Porque você está chorando? – Ele perguntou confuso. – É um filme de terror.

– A cachorrinha morreu. – Eu falei soluçando e ele começou a rir.

– Sério isso? – Ele falou rindo.

– Ei, em um filme pode morrer todos menos um animal, principalmente um cachorrinho. – Falei dando um soco fraco em seu braço.

– Ok, então. – Ele disse prendendo uma risada. Eu Cruzei os braços e encarei ela.

– Seu insensível. – Murmurei e ele riu.

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