Hey Darling

Capítulo 10

oi lindões
fiiiizzz um trailer e espero que vejam, irei colocar aqui no capítulo e no prólogo beijooos. ❤ ps: preparem os corações para esse cap ❤

-x-

– Ok, então ele é o seu meio-irmão? – Matthew perguntou quinze segundos depois que todos haviam se calado.

– Afirmativo. – Eve balançou a cabeça dando um sorriso largo.

– Ah, então e aí brô. – Matt sorriu e eles fizeram um toque estranho com as mãos.

– Vocês são estranhos. – Sarah disse comendo.

– Nós sabemos. – Mel afirmou e todos riram.

– Prazer em te conhecer, Carter. Mas agora eu já estou de saída. – Sorri abraçando o garoto que riu na curva do meu rosto, e disse que agora ele tinha duas irmãs.

Me virei e comecei a andar na direção contrária do corredor, quando cheguei na portaria assinei os papéis e peguei o meu celular discando o número do Dr. Ryan.

– Amy? – Seu tom era de surpresa.

– Eu só queria saber que dia os exames chegarão. – Funguei parando de andar e me sentando em um balanço de um parque não tão longe. 

– Bom, isso já estava quase á caminho. Está preparada, Amy? – Ele perguntou. – Ainda tem tempo para começar um novo process-

– Eu estou pronta, Mrs. Fletcher. – Falei engolindo em seco tentando soar convincente.

– Eu já disse que poderia me chamar apenas de Ryan. – Ouvi um suspiro. – Amy, pense bem.

– Eu já pensei. – Falei. – Tenha um boa noite.

– Ok, Amy. Saiba que ainda tenho esperança.

– Está criando falsas esperanças, Ryan. – Falei enquanto me controlava para não chorar.

Merda, porque eu tinha que ser tão fraca?

– Não estou criando, Amy. – Ele riu fraco. – Estou tendo. Tenha uma boa noite, Mrs. Grace.

Ouvi um bip e a chamada havia sido desligada. O que ele estava querendo dizer com aquilo? Ele estava mesmo tendo esperanças sobre uma coisa que nunca irá dar certo? Isso não daria certo, seria como algo impossível. Eu já fiz vários tratamentos – sem restrições – e tinha tomado todos os medicamentos possíveis, e com todo o meu conhecimento sobre esse transtorno isso não iria dar certo mesmo. Eu não aguentava mais conviver com aquilo. Era tudo horrível para mim. As coisas que todos comem e amam eu sinto medo e sentimentos diferentes – esse é um dos sintomas temporários –, como eu poderia viver sabendo que eu nunca iria conseguir comer uma pequena fatia sem colocar tudo para fora? Eu não me sentia um lixo, eu sentia como se eu estivesse me substituindo nele. E isso era uma coisa que eu teria que conviver pelo o resto da minha longa e perfeita vida.

Não era como se estivesse um grande prato de comida em minha frente dizendo: COMA TUDO!
Porque em outros sentidos, eu sentiria nojo e vomitaria apenas com o cheiro. Se eu comesse em grande quantidade eu vomitava tudo, se eu comesse em pequena quantidade o meu estômago reviraria pedindo mais e mais e eu não tinha controle disso. Eu não tinha controle de nada que estava acontecendo comigo.

Era como se eu vivesse em uma pequena bolha trancada no centro de tudo e todos. E aquela pequena bolha não tinha uma saída, e nem uma salvação.