Capítulo 11°

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Paramos em frente a uma mansão com um portão enorme branco. Arthur fica mais nervoso ainda, não entendo o por que de tanto nervossimo.
- O que houve? - Pergunto realmente preocupada.
- Kah aqui é a casa de minha mãe - Diz encarando o chão.
- Mas por que tanto nervosismo assim?.
- Tem quatro anos que não venho aqui, tivemos uma discussão por conta da máfia, ela nunca aceitou essa paixão que tenho por crimes.
- Mas você acha que ela não tem razão?.
- Ela tem razão sim de não gostar, e contrariar o que sempre gostei de fazer. Mas ela não tinha o direito de me abandonar.
- Você sabe que ela nao te abandonou, entenda deve ser muito difícil pra ela ver seu filho envolvido com coisas desse tipo.
- Eu sei. Eu queria da orgulho para minha mãe, mas não sei se sou capaz.
- Todos somos capazes quando realmente queremos mudar - Ele me olha com um olhar triste então o abraço o fazendo suspirar.
- Vamos entrar - diz depois de algum tempo. Ele abre a porta saindo e logo da passagem para que eu possa passar e assim que saio ele segura em minha mão como ultimamente anda fazendo, mas não me importo, suas maos me passam segurança. Chegamos ao portão e ele liga pelo interfone e somos mandados a entrar. A porta da casa foi aberta por um homem que acredito ser o mordomo da casa, o mesmo nos direciona a sala onde a mãe de Arthur esta a chorar e vem em nossa direção o abraçando e beijando. Vejo que ele também emocionado com toda a situação, percebo que uma lágrima escorre pelo canto do seu olho mas ele logo passa sua mão pelo seu rosto impedindo que caia.
- Ah meu filho sentir tanta saudades, nunca te procurei por medo de você me odiar - diz sua mãe dando beijos em sua bochecha.
- Eu jamais a odiaria - diz abraçando novamente sua mãe.

Depois de algum tempo que Arthur e sua mãe estão abraçados ouço uma voz de uma menininha.
- Athu?, Athuuuu - corre e o abraça. Quando vejo a menina que grita por Arthur, vem em minha mente um rosto de uma garotinha loira linda me gritando "Kah, kah" vejo tudo girar e sem conseguir avisar que não estou bem, minha vista escurece e sinto o impacto do meu corpo se chocar contra o chão.

"- Kaah, acodaaa bola passia.
- Ah não me deixa dormir Lívia.
- A não kah pur favo, papai vai teque sai e não pode me leva no paquinho - fala embolada.
- Ok eu vou sua chata, por que se eu não levantar você nao vai me deixar dormir mais né pirralha.
- Num vô mesmo - diz engraçada.
- Kah eu vou sair a negócios e volto mais tarde - fala meu pai entrando em meu quarto.
- Tá bom - falo e ele logo sai de meu quarto."

Acordo assustada, não sei por quanto tempo dormi. Percebo uma movimentação no quarto onde estou, todos aparentam estar apreensivos e a mesma menina de algum tempo atrás que havia visto antes de apagar vem em minha direção.
- Ei - diz envergonhada.
- Oi - digo e me sento na cama ainda sentindo tudo rodar.
- Vuche ta meor? - pergunta toda fofa.
- Acho que sim - falo colocando a cabeça entre as mãos sentido muita dor. Arthur senta ao meu lado parecendo está preocupado.
- O que você está sentindo kah?.
- Muita dor de cabeça. Eu me lembrei de duas pessoas - Arthur se assusta com minha revelação.
- Como eram?.
- Era um senhor e uma menininha linda dos cabelos loiros e olhos cor de mel. Ele se levanta parecendo preocupado andando de um lado para o outro no quarto.
- O que foi Arthur? - pergunto sem entender sua reação.
- Você... - parece pensar em como falar - você se lembrou de seu pai e sua irmã - fala de uma vez.
- Mas isso é bom, sinal que estou melhorando - Ele me olha e fecha os olhos os abrindo novamente me encarando.
- Sim Kah é bom, mas tenho medo que me deixe - Fala sentando novamente ao meu lado mas não me olha. Não o respondo pois nao sei no momento a minha resposta.

xx-xx-xx-xx

Estava na mesa juntamente com Arthur, sua mãe Bárbara e a irmãzinha de Arthur a Julia "Juju" como ela havia me pedido para chama-la.

Depois de um longo tempo naquele quarto eu havia melhorado e enfim pude curti o resto do dia. Juju era um amor de criança, pediu para que eu brinca-se com ela de boneca, não conseguir negar com tanta Fofura pra uma criança só, nem tinha como negar. Gostei muito da senhora Bárbara, ela era um doce, me tratou super bem e fez questão de me agradar em tudo.

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