Sequestro Para Amar

Capítulo 15°

Acordo com minha cabeça explodindo de dor, olho para os lados e vejo juh desacordada sobre um chão frio. Minhas mãos estão acorrentadas juntamente aos meus pés, juh também está amarrada nas mãos com um corda, me sento e não faço a menor idéia de onde estamos mas o cômodo esta repleto de armas, espadas entre outros tipos de coisas perigosas. Não sei quem nos sequestrou e nem o motivo, a única coisa que sei é que esse sequestro não será como o de Arthur.

Já tinha alguns dias que havia recuperado a memória por completo mas não quis contar para Arthur pois me lembrei muito bem de como ele me tratava antes de perder a memória, então resolvi deixar como estava e eu já não queria mais ir embora. Saio de meus desvaneios quando alguém entra com tudo na sala onde eu e juh estávamos. Juh acorda com o barulho da porta e vem para perto de mim e ela encosta sua cabeça em meu corpo, olhos em seus olhos e ela esta com lágrimas nos mesmos, meu coração se aperta pois infelizmente nada posso fazer. Um homem vem em nossa direção, o mesmo estava sem nada para cobrir seu rosto, o que me intrigou.
__ Tão linda quanto no vídeo - Diz o homem se abaixando wm minha frente e logo passa sua mão nojenta em mim. Desvio bruscamente meu rosto de suas mãos. __ Calma Amorzinho, eu não vou te machucar, a não ser que mereça - Me assusto com o que ele fala e me encolho na parede fria. Depois de algum tempo o homem se retira do quarto e me viro para falar com juh.
__ Juh tá tudo bem? Pergunto preocupada e olho para seu corpo para ver se está machucada mas nao encontro nada.
__ To sim Kah, meu Bacu da duenu pu calsa da coda.
__ Ah meu anjo, pena que não vou poder tira-lá desse aperto em seu pulso.
__ Eu sei - Fala triste.

Que tipo de pessoa sequestraria uma criança indefesa? Eu aposto que o mandante de nosso sequestro foi aquele ordinário que esteve aqui nessa sala. Aquele homem sim é um monstro, quem sequestra uma criança inocente?!, ele não tem coração.

•••

Eu e Juh ficamos três dias naquela sala fria sem sair pra nada. Depois que almoçamos naquele comodo alguns homens entraram aqui e nos levaram para ver seu chefe. O medo toma conta de mim, nao sei o que está por vir mas sinto que não é algo bom. Já no local vejo o mesmo homem que havia tocado meu rosto, então percebi que o mesmo era o chefe disso tudo.

__ Pode deixa-las aqui e saiam todos. Diz o homem que me da medo só pelo seu tom de voz. Os homens se retiram da sala e ele se aproxima de mim e de juh que estávamos sentadas em um sofá que possuía no centro daquela sala. O homem que me causa nojo senta ao meu lado.
__ Eu te quero pra mim - Fala passando as mãos em meus cabelos e os cheirando, viro meu rosto para o outro lado tentando evitar seu toque.
__ Não tenha tanto medo de mim Kah, eu só quero te dar um beijo, e tê-la pra mim.
__ Eu prefiro que me mate do que teque beijar sua boca, eu nunca serei sua, NUNCA - Falo gritando. O homem ao meu lado segura em meus cabelos com uma certa força que me machuca.
__ Me solta você está me machucando - Lágrimas escorrem pelo meu rosto.
__ Olha aqui sua vadia, você não vai falar o que quer na hora que bem entende, não sou um muleque que atura gritarias de uma putinha igual a você - Ele aperta mais ainda meus cabelos e me faz o encarar e mais lágrimas inudam meu rosto. Então ele me solta e sai da sala e logo volta com duas armas e aponta uma para mim e outra para juh, vou para perto de Júlia e a abraço e tento passar tranquilidade para a mesma que esta ao prantos.
__ Por favor não nos mate - Emploro desesperada, mas é em vão. Ele gira o martilho da arma que esta apontada para mim e tranco os meus olhos com força e ouço um desparo e meu coração para de bater.