Capítulo 20°

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Arthur...

Minha vida estava completamente confusa mas eu não podia voltar atrás por mais que eu tenha medo do que à por vir, estou com medo de perder Karyna para sempre, medo de ficar anos aqui e não conseguir me reerguer. Bom por eu ter me entregado eu havia pegado pena máxima de 20 anos meu coração doeu ao ouvir essa noticia mas eu irei pagar por tudo que fiz.

__ Mano vai ficar tudo bem - Diz Ramon o amigo que cultivei aqui nesse presídio.
__ Assim eu espero - Passo a mão em meus olhos que ardem por estar segurando as lágrimas.
__ Se você sair primeiro vê se vem me vistar - Fala pra tentar me distrair. Ramon havia chegado no presídio um mês depois que eu tinha sido preso, o mesmo foi acusado de assalto a mão armada e pegara 10 anos de prisão mas se ele tiver bom comportamento ele sairá antes do prazo. Mas duvido se ele não sai primeiro que eu.

{•••}

Chegamos ao pátio onde todos os presos sao reunidos para tomarmos sol, aqui rola muita droga entre outras coisas que em todos os presídios acontece. Jorge o "chefão" não gosta de mim e nem de Ramon e o mesmo sempre cassava confusão, podia tudo o que quisesse aqui dentro e ele aproveita e abusa disso. Saio de meus desvaneios quando percebo que ele e alguns homens vem em nossa direção.
__ Sai dessa área, ela nos pertence - Diz assim que chega próximo a mim ea Ramon.
__ Alguém te perguntou alguma merda aqui? - Falo e o encaro.
__ Qual é doidão, tá achando que aqui é igual lá fora? - Se aproxima de mim e ficamos cara a cara quase se "beijando". - Vaza fora daqui antes que eu te arrebente.
__ Você ta mechendo com a pessoa errada - Digo ja furioso e Jorge da uma risadinha irônica olhando pros dois rapazes que estava com ele e novamente me encara vindo pra cima de mim, não me movo do lugar. Ele tenta diferir um soco em minha face mas seguro sua mão a virando para sua costas em uma velocidade brusca, todos do pátio ficam de boca aberta pois o "chefão" estava gritando pra mim o soltar pois seu braço estava completamente virado o deixando sem ter como reagir.
__ Deixa eu te avisar uma coisa, se mecher mais uma vez comigo ou com meu amigo, não irei ter piedade de você, estamos entendidos? - Continuo segurando seu braço pra trás. Jorge se nega a dizer que não irá mais nos infrentar então aperto ainda mais seu braço o fazendo grita.
__ TA BOM PORRA, EU NEM SE QUER VOU OLHAR PRA VOCÊS NESSE CARALHO - Grita por raiva e dor. Eu o solto e o mesmo corre sumindo de nossa vista.


Cinco anos depois...

Já se passou tanto tempo que estava preso e em des de então Jorge não nos pertubou mais e eu não arrumei mais nenhuma confusão pois sei que isso conta muito na minha liberdade.

Todas as notícias que e recebia sobre Kah era a mesma coisa, seu quadro de saúde havia melhorado um pouco mas não tinha saio do coma o que doía muito meu coração.

Hoje era um dia frio de natal e recebemos uma notícia de que alguns presos teriam semiaberto, só os que tiverem bom comportamento, claro. Eu e Ramon fomos liberados por sete dias para ir visitarmos nossos familiares. Colocamos a tal pulseira eletrônica em nossa perna e assim somos liberados com mais alguns presos.

Chego ao portão e vejo Paul com um sorriso enorme me esperando, me aproximo e ele me abraça forte e retribuo. Minha mãe e Paul sempre que podiam vinham me visitar, minha mãe conseguiu trazer minha irmã algumas vezes pra me visitar no patio mas foi apenas três vezes. Estou morrendo de saudades daquela pirralha da minha casa e principalmente da minha Karyna. Entramos no carro e vamos direto para casa de minha mãe.

__ Então chegamos - Diz Paul com um sorriso enorme - Ai tem coisa - Penso. Saio do carro e vejo minha irmã que já não é mais um pequenina. Ela já estava com 13 anos de idade, estava tão diferente. Me aproximo dela e a abraço, ela retribui e meus olhos ardem denunciando que algumas lagrimas estava por vir, mas logo trato de nos separar e vamos rumo casa a dentro. Minha mãe estava na sala me esperando toda emocionada, a abraço e me permito chorar.

{•••}

Chego na cozinha e vejo Cida a empregada de minha mãe que sempre tratei como segunda mãe eu a abraço forte e ela logo trata de me obrigar a comer algumas delícias que havia preparado especialmente para mim. Depois de algum tempo com minha família eu decido ir tomar um banho para ir visitar quem tanto esta me fazendo falta. Tomo um banho demorado na água quente do chuveiro fazendo relaxar meu corpo que estava exausto e ne permito pensar em como estava difícil ficar naquela prisão.

•••

Chego no hospital e me liberam para ir no quarto de Kah. Chego lentamente e vejo Antônio conversando com Karyna.
__ Oi - Falo preenchendo o ambiente com minha voz.
__ Arthur? - Fala vindo em minha direção que estava proximo a porta.
__ Eu mesmo - Falo o óbvio.
__ Você conseguiu liberdade? - Pergunta se levantando.
__ Só por uma semana - Encaro o chão.
__ Espero que você saia logo - Diz e me abraça. Ele olha em direção a Karyna e me encara sorrindo - Vou deixar você aqui com ela - Fala e sai do quarto. Respiro fundo encarando Karyna naquela cama e caminho até ela, cada passo que eu dava mais meu coração se apertava de saudades de sentir sua pele. Me aproximo dela e a encaro, encosto minha testa na sua e fecho meus olhos sentindo sua pele quente, envolvo minhas mãos na sua e uma eletricidade inigualável percorre por meu corpo quando sinto Karyna apertar sua mão contra a minha, meu coração acelera descontrolável.




Chegueeiii eeeee rsrs Espero que tenham gostado do capítulo e que colaborem me ajudando com votos e cometários. Sempre grata amores. Até o próximo capítulo amores.

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