Capítulo 16°

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Meu coração para...
Sinto o impacto da bala penetrando em minha barriga abro os meus olhos e vejo sangue por toda minha blusa, tudo a minha volta começa a girar, meus joelhos se chocam contra o chão frio juntamente com meu corpo. Ouço barulhos de tiros e olho para a porta e vejo Arthur atirando contra o homem que me atingiu com uma bala, está uma completa confusão, vários homens começam a se agredirem e olho no canto dos meus olhos e vejo Júlia olhando para mim sem saber o que fazer. Minha boca está completamente seca, não consigo nem falar só lagrimas descem de meus olhos.

Não consigo entender o por que de ter acontecido tantas coisas trágicas assim em minha vida, o que será que eu fiz para merecer tanto sofrimento?! Em desde criança a minha vida nunca foi muito boa, dês do dia que minha mãe nos abandonou minha vida virou um inferno. Logo depois de conhecer Arthur todos os meus sonhos e projetos foram totalmente jogados para o ar, não que eu me arrependesse de ter me entregado completamente a ele, mas desde o dia que me senti cuidada como muitos anos não me sentia, eu havia percebido que eu já não queria mais a vida que levava, tinha a certeza que ao lado de Arthur era meu lugar e queria permanecer ali para sempre, mas hoje eu já não tenho, mas tanta certeza se eu irei viver por muitos anos ao lado dele e de minha família. De repente a imagem de meu pai vem em minha memória.

Flashback on:

- Filha você promete para mim que nunca vai partir - Diz meu pai com lágrimas nos olhos me empurrando em um balanço que possuíamos no fundo de nossa casa.
- Prometo sim papai, eu não irei te abandonar, eu não sou igual a mamãe - Desço do balanço e abraço meu pai que está completamente acabado. - Eu te amo papai - Digo e beijo sua face que está coberta por lágrimas.
- Eu também te amo muito, minha filha.

Flashback off.

Meus olhos se inundam e percebo que não fui diferente de minha mãe, apesar de não enganar a ninguém eu infelizmente abandonei meu pai, não fui capaz de cumprir minha promessa, eu estava em total consciência de tudo e poderia sim ter ido embora, se eu tivesse implorado ao Arthur em nome de nosso amor eu sei que ele me deixaria ir, mas eu fui uma ordinária e pensei somente em minha felicidade e me esqueci do resto do mundo. Meu amado pai deve ter sofrido muito sem saber do meu paradeiro e eu não fiz questão nem de ligar para dizer como eu estava bem, que tipo de ser humano eu sou?! Talvez realmente eu mereça a morte, pois lá no fundo eu sou um ser humano ruim que só pensa eu si mesma.

Meus olhos param nos de Arthur e me perco por alguns segundos nos mesmo. Ele vem em minha direção, mas não aguento manter meus olhos nos seus e então os fecho e tudo se torna um completo silêncio de uma imensa escuridão.

Sequestro Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora