Alone

10.7K 859 1.1K
                                    

Atualmente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Atualmente.

Grace

Eu estou caminhando há alguns dias pelos trilhos, depois que eu perdi meu grupo, eu resolvi continuar sozinha tentar sobreviver, não seria a primeira vez de qualquer jeito. Procuro esse lugar que dizem ser um santuário, Terminus. Eu e meu grupo antigo achamos placas com coordenadas que nos levaria até o tal santuário. Pra mim, não existem santuários, não mais. Só há dor, mortes e mortos por ai.

Já perdi a ideia de quantas horas eu devo estar caminhando, mas devem ser bastante desde a hora que eu acordei do meu pequeno acampamento em uma arvore, o sol já esta em seu auge e com ele vem minha cabeça fritando, vem o calor e vem a sede. Eu já estou no fim da minha ultima garrafa de água, logo eu vou precisar parar pra reabastecer elas. Eu também vou precisar de algo pra comer, não cai nada no meu estômago desde que minha ultima sardinha enlatada acabou, há dois dias, estou faminta.

Eu paro um pouco da minha longa e cansativa caminhada para recuperar o fôlego. Tiro a minha mochila que eu carrego nas costas para tentar relaxar meus músculos, o que eu não faria por apenas uma noite em uma cama, troncos de arvores não é o que eu chamo de confortável.

Abro minha mochila à procura da minha garrafa meio vazia ou meio cheia, depende do ponto de vista de cada um, pra mim é meio vazia, como a minha vida tem sido desde que essa merda aconteceu, vazia. Eu encontro algumas peças de roupas meio ralas, um livro de suspense que eu encontrei quando eu e meu grupo limpávamos uma casa e meu coelho de pelúcia, eu ganhei de aniversario quando fiz seis anos do meu pai. Sim, sou uma adolescente de 14 anos em um apocalipse que tem um coelho de pelúcia. Julgue-me se puder.

Tomo os últimos goles da minha garrafa de uma vez só e a jogo de volta para minha mochila, junto com as outras duas vazias. É oficial agora, terei que procurar água de novo, e comida, estou a ponto de comer minhocas!

Adentro a floresta seguindo uma trilha, provavelmente leva até algum rio ou riacho ou algo do gênero. Eu me pergunto como eu nunca me perdi dentro delas, quer dizer, eu me perdi uma vez, quando eu resolvi sair da maldita caminhonete pra procurar meu pai e tio, me arrependo até hoje, pois se não tivesse saído, saberia se eles estavam vivos ou não.

Continuando minha caminhada eu encontrei uma pequena casa com um cercado, a grama estava baixa ainda e aparentemente não tinha ninguém la. Morto ou vivo. Eu dou a volta na casa com minha arma empunhada para verificar se isso não passava de um sonho, pelo menos no lado de fora era.

Eu bato fortemente na porta para ver se alguma coisa aparecia, como não ouvi nada, abro a porta lentamente e continuo minha verificação da casa, primeiro nos cômodos do primeiro andar e depois vou para o anda de cima. Tudo limpo, por agora.
-----------------------------------------------------------
Já é noite e a casa onde estou parece ser agradável. É claro que você se sente solitário, mas entre a solidão e os bichos comedores de carne, prefiro a solidão. O terreno possui um poço então eu pude pegar um pouco de água pra beber e para me lavar, nossa eu não sentia água no meu corpo a semana. Encontrei também umas nozes e pêssegos, não é muito, mas é alguma coisa pra quem não come há dois dias, mas amanha consigo um cervo, eu sei que não tenho a besta do papai, mas minha arma basta, eu acho.

The Lost Daughter- Daryl Dixon - Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora