Daryl Dixon nem sempre foi o homem fechado que mal se importava com os outros. Havia alguém no passado em que ele morreria e mataria pra proteger. Grace Elizabeth Dixon, sua filha de 12 anos era sua vida até se perder no meio do apocalipse.
O novo m...
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Talvez eu morra amanhã, talvez eu morra hoje ou daqui a anos, mas o que importa é que eu encontrei meu pai e estamos juntos agora e nada além da morte ira nos separar de novo, nada.
Acho que já deve ter se acostumado comigo sempre caminhando ou parando na floresta pra recuperar, mas é o que fazemos agora, caminhamos, dormimos com os olhos abertos e voltamos a caminhar. É como sobrevivemos a esse mundo, não podemos nos dar o luxo de acharmos que estamos seguros, nunca.
O local onde levantamos o nosso acampamento para a noite é agradável na mediada do possível, bem pelo menos não está chovendo, já é alguma coisa. Eu, papai e Carol ficamos com o primeiro momento de monitoramento do perímetro, tudo estava silencioso a não ser os famosos grilos. Eu e meu pai não tivemos muito tempo pra conversar e para ser honesta, não quero ter essa conversa com ele, não quero contar o que aconteceu nesses dois anos afastados. Não quero falar sobre o grupo com qual eu estava antes, não quero falar da Mika, não quero falar sobre nada.
Meu pai estava entre mim e Carol e esporadicamente olhava de canto ora para mim, ora para Carol, como se quisesse perguntar algo, mas não tinha coragem de começar.
-Não quero falar sobre isso. - Carol disse o que nós duas tínhamos vontade de falar. -Eu só quero esquecer.
-Tudo bem. - Papai respondeu solenemente e virou sua cabeça em minha direção, como se esperasse que eu falasse algo.
-Não. - Eu respondi com o meu olhar fixo nas folhagens da floresta, atenta a qualquer movimento a mais que poderia ocorrer.
E foi o que ocorreu, um estralo de galhos chamou minha atenção, assim com a de meu pai o fazendo levantar-se imediatamente e gesticular com suas mãos que eu ficasse atrás dele.
-Não é nada. - Papai disse a mim e Carol fazendo-nos abaixar nossas armas e retomar para o lugar onde estávamos sentados.
-Vá dormir um pouco, Grace, eu e seu pai cuidamos de tudo. -Carol me disse e eu assenti indo em direção onde Lizzie dormia e me acomodei ao seu lado, deixando a exaustão tomar conta de mim.
Já havíamos levantado acampamento e começado a se locomover dali, meu pai não estava conosco, provavelmente tinha ido caçar algo, nunca imaginei que sentiria falta dos esquilos do papai. Meus devaneios foram interrompidos quando ouvimos passos próximos a nos que fez o grupo inteiro levantar suas armas a possível ameaça que não passava do meu pai com os famosos esquilos pendurados.
-Eu me rendo. -Papai disse erguendo os esquilos antes de ir mais a frente para conversar com Rick, provavelmente sobre ontem à noite.
Nossa caminhada foi interrompida quando ouvimos altos gritos com pedidos de socorro e o menino de chapéu bancando o herói da pátria fazendo-nos correr em direção aos gritos. Chegando ao local avistamos um homem vestido de padre em cima de uma rocha, cercadas por errantes, que pessoa sai vestido de padre e sem armamento? Se ele tem o pensamento suicida, não deve sair gritando por ajuda, certo?
