4 Anos atrás, Georgia.
— Apontar!— O homem fardado com roupas do exercito gritava para outros soldados sob o caixão de Anna Bailey. — Fogo!
— Apontar! Fogo! — Os sons dos disparos ecoavam na cerimônia de enterro novamente. Grace estava sentada na primeira fileira de cadeira atônita, olhando diretamente para o caixão de sua mãe enquanto as lágrimas rolavam livremente pelo seu rosto até sumir em seu vestido preto.
— Apontar! Fogo!
— Apresentar armas!
— Em nome de uma nação agradecida e um exercito orgulhoso, lhe entrego essa bandeira em reconhecimento dos fiéis e honráveis anos de serviço de sua mãe a este país. — O homem entregara a bandeira dos Estados Unidos a Grace em sinal de honra.
— Obrigada. — A menina de 10 anos respondeu com voz baixa e rouca, antes de ir em direção ao caixão de sua mãe e depositar uma rosa branca. — Eu sempre vou te amar, mamãe.
Grace se afastou e assistiu os oficiais colocarem o caixão na cova e começarem a jogar terra sobre ele, até que não houvesse nenhuma madeira visível, sua mãe havia ido definitivamente.
— Querida, vamos embora. —Paula colocou a mão no ombro da menina suavemente, retirando-a do transe.
— Vamos. — Ela respondeu antes caminhar em direção ao carro de sua tia.
A viagem de volta a casa havia sido silenciosa, nenhuma das duas teve a coragem de se pronunciar naquele momento.
— Eu quero morar com meu pai. — Grace interrompeu o silêncio.
— O que? — Paula perguntou chocada com o pedido da sobrinha.
— Eu quero morar com o meu pai. — A menina afirmou novamente.
— Grace você sempre soube que se algo acontecesse com sua mãe, quem ficaria responsável por você era eu.
— É, mas eu nunca imaginei que eu a perderia de verdade, sempre foi uma hipótese. — Grace respondeu da parte de trás do carro. — E agora eu só tenho ele.
— Você tem a mim!
— Você não vai se transformar nela! Eu acabei de perdê-la, não posso perder meu pai também, o visitando a cada dois meses.
Paula não respondeu de imediato o argumento da sobrinha, apenas continuou dirigindo até finalmente se pronunciar:
— É isso mesmo que quer?
— Sim...
— Você virá me visitar, não virá? — Paula perguntou com um sorriso leve nos lábios.
— É claro que sim! Você é a melhor tia do mundo. — Grace disse levantando do assento do carro e dando um abraço estranho em sua tia. — Eu te amo.
— Eu também te amo querida.
------------------------------------------------------
N/A: Espero que tenham gostado do capítulo bônus, eu sei que é pequeno, mas eu queria fazer uma ligação com a historia que Grace contou a Carl. E dependendo se vocês gostarem, eu posso fazer outros nesse estilo, mostrando a relação dela com a mãe, com a família e os anos que ela passou sozinha, nada cronológico, apenas um bônus mesmo.
Eu deixei a mesma charada nesse bônus, vamos ver se alguém descobriu rs
Até a próxima <3
-Mia
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Lost Daughter- Daryl Dixon - Carl Grimes
FanfictionDaryl Dixon nem sempre foi o homem fechado que mal se importava com os outros. Havia alguém no passado em que ele morreria e mataria pra proteger. Grace Elizabeth Dixon, sua filha de 12 anos era sua vida até se perder no meio do apocalipse. O novo m...