Acordei sorrindo sentindo Kishan abraçado comigo, passando o nariz no meu cabelo, sua perna estava entre as minhas e sua mão em minha barriga. Entrelacei a minha mão na dele e ele a apertou.
-Bom dia, Blaik Parl.
-Bom dia, gatinho.
Ele apertou minhas costas ao seu peito e beijou minha nuca.
-Você não sente fome? – perguntou beijando meu pescoço suavemente
-Não muita. – respondi tentando enxergar o relógio na cabeceira.
-Quer almoçar fora hoje?
-Eu adoraria.
Ele está abraçado comigo na minha cama?
Eu me virei para ele. Seu cabelo estava arrumado parecia que ele tinha acabado de sair do banho. Dei um beijo breve em seus lábios e ele me segurou fazendo o que era para ser breve virar um espetáculo. Fiquei fitando seus olhos dourados lindos e envolventes. Olhei por cima do seu ombro e me assustei.
-Já são 3 p.m.?
Ele assentiu com a cabeça.
Levantei da cama num pulo, corri para o banheiro para me banhar e sai correndo pela escada. Kishan já estava lá embaixo segurando as chaves, mas bloqueava a porta.
-O que foi? – perguntei
-Você pretende sair? Sem comer nada?
Me arrastei até a cozinha bufando, peguei o resto do bolo, dividi para nós e a caixa de suco de laranja.
Entrei no carro e Kishan saiu em direção ao hospital, era sábado e as ruas estavam bem movimentadas de pedestres. Kishan parou em um semáforo e olhou para mim rindo.
-O que foi agora?
Ele passou a mão no meu cabelo.
Droga, esqueci de arrumar a moita.
Penteei o cabelo com as mãos e comecei a trança-lo e ele me deteve com o olhar sério. Desfiz a trança e deixei solto.
Kishan me puxou para perto e me deu um beijo na têmpora.
Chegamos ao hospital e me despedi de Kishan.
Apesar de minha vida estar desmoronando eu me sentia feliz, nas nuvens e apenas torcia para que o paraquedas funcionasse na hora de cair.
Brendon estava igual ao dia anterior, nada mudava. Dallon não estava com ele desta vez, provavelmente estava trabalhando ou se preparando para a faculdade.
Fiquei com Brendon toda a tarde, desmarquei o almoço com Kishan. Fiquei assistindo TV até cochilar. Acordei com Dallon me cutucando. Ele jogou as chaves do meu colo e disse sarcástico:
-Aquela luzinha vermelha no painel piscando significa que está sem combustível. Você sabe que o carro não anda sem combustível, né?
-Sei. – me retesei no sofá.
Dei um beijo e Brendon e fui para casa.
Esqueci que agora morava sozinha. A despensa estava vazia. Eu precisava ir ao mercado.
Liguei o carro e comecei a sair de casa, mas parai para atender o telefone. Era número desconhecido.
-Alô? – atendi o telefone e desliguei o carro
-Oi, filha. Estamos com saudade. Seu pai e eu.
Mamãe parecia estar em uma colônia de férias.
-O que vocês querem? Roupa? Misericórdia?
-Filha, - começou ela – não fomos os culpados por isso. Seu irmão está com algo maligno dentro de si. Seu pai só tentou...
-Algo maligno? – eu a interrompi – o nome disso é amor, não é maligno. Vocês nem sabem o que é isso. Espero que vocês nunca precisem nem de mim nem dele. Vocês precisam entender que o amor não sai na base da porrada. Não tem como interferir no amor deles.
-Bailey, Pague nossa fiança, por favor. Não aguento mais viver aqui – disse papai.
-Bay, nós te amamos. Precisamos desligar.
-Brendon também amava vocês.
Ouvi sua respiração depois não ouvi mais nada.
Fui ao mercado e comprei comida fácil e prática: Pipoca, macarrão instantâneo, pizza congelada e frutas.
Cheguei em casa, guardei a compra e fui ver um filme. Na verdade, eu não prestei muita atenção em "A Noiva Cadáver" pois estava conversando por mensagem com Kishan.
-Boa noite, gatinho. – mandei para ele.
-Boa noite, bilauta.
-Prefiro ser chamada de pérola negra. – mandei um emoction piscando
-Já está com saudade? – não podia nem vê-lo ou ouvi-lo, contudo senti um arrepio.
-Não vou mentir, estou sim.
-Também estou. Está fazendo o que?
-Vendo um filme. A Noiva Cadáver. Já assistiu?
-Você sabe que não.
Respondi com emoction espantado.
-Estou ouvindo música e estudando. Conheci uma banda nova.
-Qual?
-AC/DC. Eles são muito bons.
-É sim. Já ouviu Screamo?
Nós falamos sobre música, suas aventuras enquanto quebrava a maldição do tigre e suas caçadas.
Suas caçadas eram excitantes e vibrantes. Me deu uma vontade louca de fazê-lo. Ele notou minha excitação sobre o assunto e prometeu que me mostraria uma caçada.
E sobre as lutas e aula de violão, seriam depois das aulas.
Contei para Kishan sobre a ligação dos meus pais e ele tentou me aconselhar.
-Eles não estão agindo racionalmente. Isso aconteceu por que eles estão muito apegados a doutrina deles. Acham que o diferente e o novo são divergentes e desprezíveis. Por que você não tenta persuadir eles? Mostrar que o diferente não é maligno e negativo?
-Você acha que isso daria certo?
-A religião em si nunca quer o mal. Ela soma as massas e ensina a perdoar. As pessoas que entendem mal a palavra.
-Isso foi lindo, Kishan.
-Nada mais que a verdade.
Mandei emoction dando gargalhadas
-Você gosta de ler, gatinho?
-Não muito.
-O que você já leu?
-Uns livros de romance que Kells e Ren me obrigaram.
-Oh, tadinho do gatinho. Acho que vai gostar dos contos de Edgar Allan Poe. Vai agradar seu lado obscuro.
-Estou pesquisando aqui, espera.
Ele demorou um pouco para responder e eu aproveitei para me arrumar para dormir.
Deitei na cama e peguei o telefone. Várias mensagens chegaram. Todas do Meu Tigre.
"Amei os contos.", "um melhor que outro.", "Muito obscuro, parece com você, blaik parl" e outras mais e respondi apenas.
-Que bom que gostou. – e adicionei um emoction de coração.
-Vou deixar você dormir, bilauta.
Eu nem acreditava que conheço ele em menos de uma semana e já estava completamente envolvida por ele.
Osentimento de medo de ser magoada me invadiu como uma onda violenta. Estavatudo indo depressa demais. Será que posso recuar ou devo mergulhar de cabeça?
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O Final Feliz Prometido [2014]
Fiksi Penggemar"Não é possível enganar o destino, Pobre Tigre Negro. Você tentou, mas o preço disso será pago. Seu destino é ser o tigre de Durga. Mesmo que você decida seu caminho, o destino sempre será o mesmo." Kishan volta do passado com Kelsey e Ren. O medo...