Capítulo 17.

586 62 18
                                    

Pov's Christopher Von Uckermann.

--- não olha por onde anda, seu idiota? Olha o que fez! Tem uma venda nos olhos por acaso? --- ajoelhou-se para tentar salvar o que havia caido no chão.

--- você derrama suco na minha camisa e eu sou o culpado, é isso mesmo? --- franzi o cenho.

--- se você não tivesse se metido no meu caminho eu não derrubaria nada. Faz alguma coisa, anda me ajuda, seu inútil!

Que gênio do cão.

--- dá para se acalmar?  --- pedi com calma.

--- me acalmarei sim, depois de quebrar toda sua cara de almofadinha!

--- essa é minha camisa preferida para sua informação, e você a estragou! --- a acusei e ela riu.

--- ah, machuquei seu coração, mocinha? --- fez bico zombando de mim.

--- está bem. --- bufei e abaixei ajudando-a a recolher o que havia caído.

Só conseguimos salvar um sanduíche, os outros ficaram enxarcados de suco. Por sorte o pote de sorvete estava fechado.

--- tinha que ser você... --- era a quinta vez que Dulce falava o mesma coisa.

--- está bem, chega. Eu já ouvi. Tinha que ser eu, tinha que ser eu.

--- fácil falar, não é sua barriga que está reclamando.

--- me diz, o que fazia aqui a essa hora? Devia estar dormindo.

--- não te interessa! --- falou com o indicador a minha frente --- Você tem algum distúrbio, só pode. --- passou as mãos pelo rosto. --- Eu estava com vários lanches, suco e sorvete porque ia brincar com as minhas bonecas de a hora do chá --- foi sarcástica e afinou a voz, tentando imitar uma criança.

--- sua simpatia me cativa... --- ironizei.

--- então pare de fazer perguntas estúpidas.

--- espera, seu pai comentou que você iria morar conosco. Onde esteve o dia todo? Não te vi uma vez sequer. --- indaguei.

--- aqui precisamos fazer relatórios sobre cada passo? --- pareceu pensar. --- Quer saber? Eu vou falar... Tenho uns amigos que... Hm, deixa eu ver como te explico... --- deu uma pausa e em seguida continuou. --- são bem animados...

--- animados? --- não sabia a onde ela queria chegar com aquilo.

--- sim, paz e amor, sabe... --- fingiu sugar algo e em seguida soltar o ar.

Aquela garota tinha perdido o juízo por completo.

--- eu estava sobrecarregada e precisava sentir a brisa, se é que me entende. --- deu sorriso cínico de sempre.

--- Vo... Você estava fumando maconha? Está louca? --- foi minha reação.

Como Dulce podia ser tão desmiolada?

--- relaxa irmão, você precisa experimentar... --- gargalhou.

--- seu pai sabe disso? Você é uma irresponsável! Sabe as consequências que isso pode vir a trazer?

--- de boas, colega --- ela estava se divertindo com aquilo, era nítido em seu rosto.

--- quer saber de uma coisa? É Chris, não é? --- se referia ao meu nome, assenti com a cabeça ainda assustado com as informações. --- eu acho que você precisa. É muito careta, parece até meu pai.

--- Dulce, eu não estou brincando! --- minha paciência já se esgotara para suas gracinhas.

--- não disse? Tem quantos anos? 60, 80? --- riu e jogou a cabeça para trás --- até meu avô se estivesse vivo seria mais legal que você. Você é um espirito velho preso no corpo de um jovem. --- mordeu o lábio. --- Isso é um verdadeiro desperdício --- negou com a cabeça. --- anda, me ajuda limpar essa bagunça. --- apontando para o chão.

Assim fiz. Na verdade não a ajudei. Limpei sozinho enquanto ela se divertia e falava umas besteiras, para variar.

Eu me perguntava como uma garota tão bonita podia ser ao mesmo tempo tão vazia, isso era triste.

Ao terminar, lavei a louça que ela havia sujado e tirei a camisa que estava começando a grudar em meu corpo.

--- o que é isso? --- Dulce perguntou. --- Strippertease a essa hora? Você não faz meu tipo, bebê --- segurou em meu queixo firme e gargalhou.

--- que interessante, pois você também não faz o meu. --- retruquei na mesma moeda. --- gosto de mulheres, sabe? Não de garotinhas saindo das fraldas. --- sabia que minhas palavras iam a ofender e fiz de propósito.

Dulce por pouco não soltou fumaça pelo nariz.

--- típico né. Crianças preferem anciões, porque assim os ensinam tudo o que não sabem. --- foi a resposta dela. --- já as garotinhas que estão saindo das fraldas, são mais abertas ao novo, estão prontas para ousar.

Fui até a área de limpeza e a deixei falando sozinha.

Coloquei minha camisa de molho com a esperança de ser salva sem a mancha e tomei um susto ao ver Dulce parada atrás de mim com os braços cruzados e a me encarar.

--- o que quer? --- falei sem paciência.

--- te provar algo.

--- provar o quê?

Fui pego de surpresa quando ela me beijou. Foi um beijo brusco no início, mas aos poucos foi se tornando calmo e delicado. Ela envolveu os braços por meu pescoço e nos aproximou mais. Em pouco tempo o que era calmo e delicado, se tornou desesperado e quente.

Minhas mãos passeavam por debaixo de sua blusa, sem parar um momento sequer. Dulce entrelaçou suas pernas em minha cintura e eu a tirei do chão sentando-a sobre o tanque e fiquei no meio de suas pernas. Nos separamos sem fôlego e logo recomeçamos. Ela arranhava minha costa deixando sua marca por ali. Puxei sua blusa para cima e sorri satisfeito ao chegar no lugar desejado.

Quédate - VONDY.Onde histórias criam vida. Descubra agora