Capítulo 25.

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Pov's Dulce María.

--- dá pra me soltar? --- pedi pela terceira vez.

--- dá para ser menos egoísta? --- retrucou me irritando mais.

--- me responde, que culpa tenho eu se sua prima é lerda e seu amigo um imbecil?

--- Dulce, você poderia se colocar no lugar das pessoas ao menos uma vez na vida? É pedir demais?

Odiava quando Christopher começava com esse papo. O que era quase sempre.

--- eu já disse, me tire dessa história!

--- você está tão envolvida quanto nós. --- falou firme. --- Ou vai me dizer que seu pai ficará feliz em saber que a filha chegou bêbada em casa?

--- estou morrendo de medo. --- bocejei.

--- ok, não importa. --- veio até minha direção. --- Mas temos que tirar Maite dessa confusão.

--- ela já é bem grandinha. --- o lembrei.

--- poderíamos juntá-los de verdade.

O olhei incrédula e logo cair na gargalhada. Mas Christopher não viu tanta graça quanto eu.

--- eu tenho cara de cupido ou o quê?  Além do mais você é surdo? Maite deixou bem claro que não sente nada por seu amigo babaca.

--- sim, eu lembro, mas e se isso muda-se? --- questionou esperançoso.

--- o quê? Não brinca! --- ri por um instante. --- quem se apaixonaria por um idiota daquele? Maite tem cérebro, ou pelo menos aparenta ter, nunca iria cometer crime.

--- você julga demais as pessoas. --- acusou-me irritado.

--- e você fecha os olhos, Christopher.

--- me diz, o que acha falam a seu respeito?

--- eu não ligo, quero mais é que todos se fod....

--- Dulce! --- me repreendeu.

--- quer saber? Me erra! --- puxei o braço com força e saí andando em passos firmes.

Nunca gostei de receber ordens e nem opiniões --- Muito menos contrárias as minhas ---, não seria agora que isso aconteceria e muito menos Christopher as ditaria.

Um choro abafado me chamou atenção. Aproximei-me para ver de quem se tratava e me surpreendi ao ver Zoraida.

Pensei em seguir adiante e ignorar, afinal não era comigo. Foi o que tentei fazer, mas algo me fez  dar meia volta e seguir até ela.

--- dia ruim? --- agachei a sua frente.

Ela levantou a cabeça e pude ver seus olhos vermelhos e sua boca tremula.

Algo grave devia ter acontecido.

--- precisa de algo? --- tratou de enxugar as lágrimas.

--- sim, preciso saber o que aconteceu.

--- Dulce, eu te peço, pelo menos essa vez... Não fala nada. Só me deixa sozinha. --- pediu suplicante e voltou a baixar a cabeça colocando-a no topo do joelho.

--- posso fazer isso, mas depois que você me der uma explicação. --- insisti.

Eu não entendia o por que de estar agindo assim, não era da minha natureza.

Não mesmo.

--- não é nada, eu estou bem. --- repetiu Zoraida.

--- e eu sou a Beyoncé, prazer --- estendi a mão e ironizei.

Quédate - VONDY.Onde histórias criam vida. Descubra agora