Quédate - VONDY.

Capítulo 04.

--- não acredito que fez isso. --- virando-se de tanto rir sobre a cama --- você é louca!

--- eu disse que seria uma noite interessante. --- ah, obrigado pela maguiagem. Foi perfeita, tinha que ver a cara de espanto do Fernando.

--- continua...

--- eu já estava quase pra voar em cima da bruaca. Parecia que ela não se irritava com nada. --- sentou na cama --- toma --- deu a escova de cabelo para Christian --- até mesmo quando eu derramei molho " acidentalmente" no vestido dela, nem sequer deu chilique como a última namorada dele.

--- você exagerou.

--- meu pai se irritou. - revirou os olhos --- e ela continuou com um sorriso besta na cara. Que ódio! --- jogou longe seu celular.

--- e lá se vai mais um. --- negou enquanto desatava os nós que formaram-se no cabelo de Dulce. --- E se ela realmente for uma pessoa  legal?

--- Christian, não viaja. A melhor parte veio depois --- gargalhou.

--- ah, não. Tem mais? --- curioso.

---- óbvio! Sou Dulce María, não espero tão pouco de mim. --- afastou-se para encará-lo antes de dar a grande notícia. --- meu pai quase infartou. Essa parte foi um pouco assustadora. Mas voltando, eu meio que dei a entender que estava grávida e não sabia quem era o pai --- disse naturalmente.

--- VOCÊ O QUÊ? --- gritou levantando --- você passou dos limites, até para você. --- sabia que a amiga tinha exagerado na brincadeira.

--- ah, desencana. Foi bem engraçado. --- deitou-se apoiando o corpo sobre os cotovelos --- Agora ele pensa que vai ser avô de uma criança sem pai. --- disse divertida.

--- Dulce, será que não percebe? --- não acreditando na tranquilidade dela diante da atitude infantil. --- Seu pai deve estar preocupado, isso vai apenas o deixar triste.

--- mas passa. Só quero dar um sustinho nele --- gesticulou com mão. --- daqui a nove meses ele descobre.

--- Dul, quer tanto ser adulta, mas agindo desse jeito nunca vai conseguir. --- calçou o tênis --- eu já vou.

--- Vai. Eu não preciso de você! - bateu a porta do quarto com força assim que ele saiu. --- Eu não preciso de ninguém! - gritou para que ele ouvisse.

...

--- como foi o jantar mamãe? --- a abraçou e seguiu caminhando até o quarto da mãe.

--- um pouco exótica --- sorriu sem graça para Fernando.

--- a noite foi um pouco agitada, Anahí. É isso que sua mãe quis dizer.

--- mas ela gostou de você, certo? --- perguntou à mãe.

--- ainda é muito cedo para isso.

--- mas vai, todos te adoram, mamãe! Acredita que eu estou curiosa para conhecê-la?

--- acho que ela também.

--- não,  Anahí, você não vai querer conhecê-la. Eu adoraria esquecê-la agora.

--- Fernando! - Jacqueline o advertiu. --- ela é sua filha, não fale assim.

--- ai, meu Pai! --- tampando a boca --- mãe, seu vestido... Está destruído --- arregalou os grandes olhos azuis.

--- foi um pequeno incidente.

--- sim, causado por Dulce.

--- Fernando, por favor! Dulce é um pouco desastrada, nada mais.